[forum-prof] A análise da UFRJ está sendo feita neste Forum-prof

Luiz Felipe Coelho coelho at if.ufrj.br
Mon May 9 19:08:42 BRT 2011


Amigo Abraham

Obrigado pelo estímulo, tenho um texto sobre 
universidade cuja escrita foi interrompida há uns 
dois anos, mas tudo o que foi dito no forum-prof 
está arquivado, desde o início: 
http://webmail.if.ufrj.br/pipermail/forum-prof/ 
Olhando as pessoas que escreveram e o que 
escreveram a única certeza é que há grande 
diversidade de opiniões neste forum. A 
diversidade infelizmente diminuiu (várias pessoas 
bastante ativas saíram) mas ela é fundamental, 
pois universidade é debate! Adoraria que essa 
diversidade estivesse presente nos colegiados 
superiores e na reitoria, e que estes não apenas 
administrassem o dia-a-dia da UFRJ mas que 
pensassem para onde querem que ela vá.

Quanto a conseguirmos discutir melhor do que no 
processo eleitoral, não sei mas não duvidaria 
pois nenhum de nós está preso à limitação de 
dizer apenas coisas rentáveis em termos de votos. 
Essa preocupação de não dizer nada chocante ou 
inovador leva ao discurso do pensamento único. E 
este não nos leva a lugar algum, só ao status quo, e aí não tem discussão.

Abraços, Felipe


At 20:25 6/5/2011, Abraham Zakon wrote:
>Luis Felipe e demais colegas.
>
>Não sei se Você possui cópias de todos as mensagens analíticas que emitiu
>além dos registros de outras mensagens que nós expusemos ao longo dos
>últimos anos sobre a UFRJ.
>
>Nenhum candidato à recente consulta eleitoral foi capaz de "olhar para trás
>e para os lados" e apresentar propostas em cima de algum diagnóstico da
>nossa universidade.
>
>A sucessão de debates eleitoreiros que nos envolveu foi fraca e envolveu até
>mensagens caluniosas ou injuriosas totalmente desnecessárias.
>
>Sugiro que Você reúna seus melhores escritos e  as contribuições de alguns
>colegas para que possamos formalizar um texto diagnóstico capaz de resultar
>em propostas concretas para que essa universidade cresça sem o espectro da
>especulação imobiliária assolando nossos destinos.
>
>Parece-me que foram abordados aspectos educacionais, operacionais e
>administrativos que possibilitariam a qualquer docente ou funcionário e
>membros do MEC refletir sobre os caminhos que, pelo menos, a UFRJ poderia
>trilhar.
>
>Parece-me muito claro que navegamos ao sabor dos ventos e tempestades, com
>uma tripulação mais atônita do que decidida a empenhar-se para escolher um
>rumo certo.
>
>Sem algum tipo de consenso, que é o se delineia em nossas discussões, o
>desgaste interno será crescente.
>
>Uma primeira opção seria publicar a coleção de textos (devidamente
>organizada) em arquivo "pdf" e a segunda seria no modo impresso.
>
>Está muito claro que precisamos de edificações adequadas para o ensino e uma
>estrutura qualificada, numerosa e atuante de funcionários, com salários
>valorizados em função das sua diplomação assim como ocorre com os docentes.
>
>Abraços.
>
>Abraham Zakon
>
>-----Mensagem original-----
>De: Luiz Felipe Coelho [mailto:coelho at if.ufrj.br]
>Enviada em: sexta-feira, 6 de maio de 2011 19:39
>Para: Abraham Zakon; forum-prof at listas.if.ufrj.br
>Assunto: Re: [forum-prof] RES: A UFRJ e o paralelismo com o edifício Avenida
>Central
>
>Oi Zakon, Luiz Eduardo e todos
>
>Há muitas comissões em todos os âmbitos mas o pior é que muitos professores,
>por não terem apoio administrativo e técnico eficiente/suficiente, fazem
>atividades administrativas e técnicas. Isto inclue não apenas os chefes de
>departamento, os diretores, os decanos, a equipe da Reitoria e os membros
>dos colegiados e comissões superiores, mas (a) os membros das COAA, (b) os
>coordenadores dos cursos, (c) os coordenadores de disciplinas com mais de
>uma turma (essas são comuns no Básico mas a função é ignorada pelo SIGA),
>(d) os coordenadores da Jornada de IC, (e) os responsáveis pelos LIG, (f) os
>chefes de laboratórios e de projetos de pesquisa, (g) os assessores
>diversos, (g) os dirigentes de seções da Reitoria, (h) a Prefeitura, (i)
>etc.
>
>Paralelamente, como não há uma estrutura administrativa clara, há duplicação
>de esforços, perda da memória do que foi feito e conflito de competências,
>sem falar numa profunda desconfiança quanto à legitimidade de qualquer norma
>interna ou externa à UFRJ. Há uma enorme boa vontade em fazer coisas mas há
>muita descoordenação. Aí, se ficamos imersos no dia a dia de micro problemas
>e de acordos de cavalheiros extremamente complexos, não conseguimos pensar
>os grandes.
>
>Um exemplo de problema grande é a arquitetura dos prédios e o urbanismo da
>cidade universitária.
>Alguns prédios do porte do edifício Avenida Central, com 30 a 40 andares,
>seriam o suficiente para conter toda a UFRJ e poderiam estar vizinhos o
>suficiente para haver um grande prédio administrativo e de convivência,
>incluindo uma biblioteca central, restaurantes, comércio e centro de
>convenções. A UFRJ precisa adensar e ter prédios legitimamente
>universitários.
>Deveríamos fazer como foi feito nos anos 30 e chamar grandes arquitetos para
>apresentar projetos. Como estamos a arquitetura e o urbanismo impedem não
>apenas a convivência entre as unidades mas até dentro das unidades, pois
>unidades espalhadas em prédios com cem mil metros quadrados, divididas em
>blocos distantes uns dos outros ou divididas em andares desconectados são
>intrinsicamente desunidas.
>
>Outro exemplo é a gestão do patrimônio. É essencial termos centros de
>pesquisa da Petrobras, da Eletrobras, da CPRM e futuramente de outras
>empresas, mas me impressiona que cobremos aluguéis irrisórios por uma área
>nobre para centros de pesquisa (junto dos laboratórios da universidade,
>junto do aeroporto, das linhas vermelha e amarela, da avenida Brasil, a
>poucos minutos da Rio-São Paulo, da Rio-Petrópolis e da ponte Rio-Niterói.).
>Pode ter mudado mas alguns anos atrás esse pagamento era de alguns milhões
>ao ano por uma área imensa, menos de 1 real ao mês por metro quadrado. O
>Canecão pagava o aluguel de cerca de 6 mil reais por 5 mil metros quadrados,
>o que era ofensivo, mas duvido que os centros de pesquisa paguem mais que
>isso. Eles TEM que estar aqui mas precisam pagar um aluguel razoável, pelo
>menos 10 ou 20 reais por metro quadrado, pois duvido que alguém alugue
>qualquer lugar por menos que isso no Rio de Janeiro.
>
>O Banco do Brasil que concentra a nossa folha de pagamento de cerca de 1
>bilhão de reais não paga nada à universidade por esse privilégio, ele
>deveria pagar no mínimo 1%. Temos que loicitar a folha de pagamento e
>colocá-la no banco que pague melhor retorno à UFRJ, providenciado um
>atendimento de qualidade aos professores e funcionários. Novamente é
>essencial ter funcionários de alto nível e bem pagos fazendo a gestão de
>nosso patrimônio imobiliário e de nossos contratos, da mesma forma que esses
>funcionários são necessários para os nossos contratos de manutenção de
>elevadores. Gostaria de ter esperanças, mas o que vejo é uma universidade
>sem gestão e onde a prática em geral é montar  comissões com docentes para
>fazer o trabalho técnico... O que podemos fazer é tentar buscar o consenso
>da necessidade de mudança.
>
>Abraços
>Felipe
>
>
>
>
>.
>At 23:08 5/5/2011, Abraham Zakon wrote:
> >Felipe.
> >
> >Mais uma vez, uma análise muito bem colocada.
> >
> >Acrescento, apenas, uma indagação.
> >
> >Quantas comissões existem na UFRJ que executam tarefas que deveriam ser
> >atribuições de funcionários, chefes, diretores e funcionários?
> >
> >São centenas de comissões por decania?
> >
> >AZ
> >
> >-----Mensagem original-----
> >De: forum-prof-bounces at if.ufrj.br
> >[mailto:forum-prof-bounces at if.ufrj.br] Em nome de Luiz Felipe Coelho
> >Enviada em: quinta-feira, 5 de maio de 2011 16:26
> >Para: forum-prof at listas.if.ufrj.br
> >Assunto: [forum-prof] A UFRJ e o paralelismo com o edifício Avenida
> >Central
> >
> >Prezados colegas
> >
> >Acabo de ler um artigo no Globo de hoje sobre os
> >50 anos do edifício Avenida Central. Doze mil pessoas trabalham no
> >prédio e cerca de 160 mil pessoas passam por lá diariamente. Na recente
> >consulta eleitoral da UFRJ mencionou-se termos
> >3500 professores e 9000 funcionários, ou seja, o número total é similar
> >aos
> >12 mil do Av. Central.
> >Temos 48 mil alunos, incluindo os dos polos do CEDERJ, o que é um
> >número muito menor que o dos visitantes do Av. Central. Os números de
> >usuários do Avenida Central são assim menores que os números
> >respectivos da UFRJ (o site do Edifício fala em só 140 mil visitantes
>diários).
> >
> >Em seus 37 andares há 1061 salas. O  edifício tem
> >18 elevadores, dos quais 15 são para 20 passageiros. Esses números são
> >também similares aos da UFRJ (6 elevadores no CT, 6 na EBA, outros
> >tantos no HU), só que lá os elevadores funcionam.
> >Há um sistema pioneiro anti-incêndio e há 12 escadas rolantes (não
> >temos nem um nem outro).
> >Para manter tudo isso o orçamento mensal do condomínio (iluminação,
> >segurança, 18 elevadores, escadas rolantes, limpeza, etc) é de 1,6
> >milhões por mês (19 milhões por ano).
> >
> >Duvido que com um orçamento que é um décimo do da UFRJ haja lá lixo e
> >equipamento inservível nos corredores, goteiras, ratos e elevadores
> >parados e com funcionamento precário. Aqui no bloco A do CT só 1 dos 4
> >elevadores sociais funciona, e neste que funciona a ascensorista tem
> >ordem de deixar entrar menos que os 16 previstos. No prédio da FAU (dou
> >aula lá) a situação é menos dramática, mas só 3 dos 6  elevadores
>funcionam.
> >No prédio do CCS (onde também dou aula) o problema crônico dos
> >elevadores da UFRJ é resolvido não tendo elevadores, só escadas
> >tradicionais, as não-rolantes...
> >
> >Essa é a diferença de ter gestão ou não ter.
> >Na  UFRJ a administração dos prédios é
> >terceirizada pela Reitoria para as decanias e unidades, que não tem
> >recursos para tal, aí ocorre isso, elevadores enguiçados ou funcionando
> >precariamente. No Avenida Central o síndico que deixasse esse caos de
> >elevadores ou seria deposto ou ouviria críticas ferozes na assembléia
> >do condomínio. Aqui administrações sucessivas culpam o neoliberalismo,
> >a falta de verbas, a tradição de caos da UFRJ, a lei das licitações
> >públicas, o TCU, o Governo Federal, etc, etc, culpam qualquer um menos
> >a elas mesmas. É a mesma questão da luta pelo metrô no Fundão (há uma
> >estação ao lado do Avenida Central) e dos estacionamentos da UFRJ, cada
> >um pertencendo não à UFRJ mas a uma unidade ou a um centro. Precisamos
> >ter uma administração na UFRJ desde as grandes questões da universidade
> >no século XXI até as muito pequenas, como engarrafamentos,
> >estacionamentos e elevadores enguiçados eternamente. Precisamos cobrar
> >nos colegiados superiores que, se a Reitoria delegar funções, delegue as
>verbas para cumprí-las.
> >
> >Abraços, Felipe Coelho
> >--
> >PS:Da página do Edifício Avenida Central:
> >"Construído a partir de 1958 e inaugurado em 22 de maio de 1961, o
> >edifício ­ de 110 metros de altura, inspirado nos arranha-céus dos
> >Estados Unidos e Chicago ­ já foi considerado o mais moderno do mundo e
> >o mais alto do Brasil. São 34 andares, 18 elevadores, 12 escadas
> >rolantes, 6 usinas de ar condicionado e um heliponto. Por mês, o
> >consumo de água atinge os 20 milhões de litros, suficientes para
> >abastecer uma cidade de
> >25 mil habitantes. Os números revelam a grandiosidade da obra que
> >possui
> >1.061 salas de escritório e 194 lojas e que ganhou fôlego
> >extraordinário, em 1981, com a inauguração da estação do metrô do Largo
> >da Carioca. Diariamente ­ exceto aos domingos ­ cerca 140 mil pessoas
> >circulam em suas áreas. Com tranqüilidade e segurança garantida 24 horas,
>por câmeras e 80 seguranças.
> >Além da equipe da Brigada de Incêndio. "
> >
> >
> >_______________________________________________
> >forum-prof mailing list
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