RES: [forum-prof] (no subject): letra da "introdução do hino"
coelho at if.ufrj.br
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Sun Jan 31 13:25:03 BRST 2010
Boa lembrança, Maurício.
E tem ainda o besteirol politicamente incorreto do Hino da Independência, que
aprendi no Pedro II nos anos 60: "Japonês tem quatro filhos/Todos quatro
aleijados/Um é surdo, o outro é mudo/E os outros dois são barrigudos/Um é
surdo, o outro é mudo/Um é surdo, o outro é mudo/E os outros dois são
barrigudos.". Ser barrigudo não é ser aleijado, mas como disse Drummond, é
uma rima mas não uma solução...
Decorávamos muitos hinos, não sei se por herança estadonovista e
desfilávamos no dia do soldado, 25 de agosto, cantando o hino do soldado: "A
paz queremos com fervor/A guerra só nos causa dor/Porém se a pátria
amada/for um dia ultrajada/lutaremos sem temor.
Havia uma versão dele também: Cachaça queremos com limão...
A verdade é que no Brasil se acha que patriotismo é ensinar a crianças um
monte de hinos, cheios de palavras e imagens incompreensíveis, ou entâo
torcer pela seleção brasileira na copa do mundo, ou pior ainda, pelo
Barrichelo na Fórmula 1. Patriotismo é fazer que o país seja livre terra, de
livres irmãos, como diz o meu hino favorito.
Mais concretamente, a UFRJ pode até ter hino mas preferia muito mais que a
Reitoria usasse sua energia para ter bancos de dados públicos que permitissem
sua gestão e a prestação de contas à sociedade, para ter um boletim de
eventos, para ter uma lista telefônica, de endereços e de e-mails, para ter
uma estrutura de funcionamento com regras claras e sensatas do Departamento
até a Reitoria, e para não termos mais pardieiros como o HESFA na Presidente
Vargas ou a metade abandonada do HU. Acho que todos nós preferiríamos!
Abraços, Felipe
Quoting Mauricio Lissovsky <lissovsk at visualnet.com.br>:
> Essa parte sempre teve uma letra e desde anos 1930 cantava-se assim:
> "laranja-da=china, laranja-da-china, laranja-da-china/abacate. Limão verde e
> tangerina".
>
> Existe toda boa história aqui de porque uma parte suprimida da letra do hino
> é trocada popularmente (por crianças e adolescentes, me particular) por um
> pregão de feira.
>
> Porém, o mistério atual para mim é: O que foi feito da laranja-da-china?
>
> EM Mário de Andrade, podemos ler ("O Domador":
>
> "Laranja da China, laranja da China, laranja da China!
> Abacate, cambucá e tangerina!"
>
> Com a presença deste "cambucá", que como meu pai não devia saber o que era,
> trocava por "limão verde"
>
> Ainda que toda laranja -diz-se - tenha vindo da China (e torna esta falsa
> introdução, provavelmente vingança de português), a verdade é que fora de
> Portugal, parece só ter havido laranja-da-china em São Paulo.
>
> O MISTÉRIO PERMANECE...
>
>
>
>
>
> -----Mensagem original-----
> De: forum-prof-bounces at if.ufrj.br [mailto:forum-prof-bounces at if.ufrj.br] Em
> nome de coelho at if.ufrj.br
> Enviada em: sábado, 30 de janeiro de 2010 15:47
> Para: forum-prof at listas.if.ufrj.br
> Assunto: [forum-prof] (no subject)
>
> Não sabia dessa parte do hino, Lilia! Acabei de ver na Wikipídia e esse
> parte
> existiu mas foi retirada:
> http://pt.wikipedia.org/wiki/Hino_Nacional_Brasileiro
> . Só aqui mesmo...
>
> Pensando bem em Portugal houve algo pior. Começa que o lindo hino "Heróis de
> mar, nobre povo/nação valente, imortal./Levantai hoje de novo/o esplendor de
> Portugal!" tem três partes mas só se canta a primeira, essa era a que eu
> conhecia quando pequeno pois sou de família portuguesa:
> http://pt.wikipedia.org/wiki/A_Portuguesa .
>
> A segunda coisa é que, igual ao hino da mocidade acadêmica de São Paulo, ele
> queria lutar contra os bretões. Isto acontecia devido a um conflito sério no
> que é hoje Zimbabwe e Zâmbia,que os portugueses consideravam parte dio
> Império, ligando Moçambique a Angola. Enquanto isso os "bretões" queriam
> essas regiões, eram mais fortes e as conquistaram, com os portugueses tendo
> que se dar por satisfeitos por não terem perdido também Angola e Moçambique.
>
> O estribilho, repetido ao fim de cada parte, era:
>
> Às armas, às armas!
> Sobre a terra, sobre o mar,
> Às armas, às armas!
> Pela patria lutar!
> Contra os Bretões marchar!
>
> Numa nova versão da letra o estribilho ficou:
>
> Às armas, às armas!
> Sobre a terra, sobre o mar,
> Às armas, às armas!
> Pela Pátria lutar
> Contra os canhões marchar, marchar!
>
> Marchar contra os canhões sempre me pareceu idiota, mas só hoje descobri que
> isso era uma maquiagem.
>
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