RES: [forum-prof] (no subject): letra da "introdução do hino"

Mauricio Lissovsky lissovsk at visualnet.com.br
Sun Jan 31 10:45:40 BRST 2010


Essa parte sempre teve uma letra e desde anos 1930 cantava-se assim:
"laranja-da=china, laranja-da-china, laranja-da-china/abacate. Limão verde e
tangerina".

Existe toda boa história aqui de porque uma parte suprimida da letra do hino
é trocada popularmente (por crianças e adolescentes, me particular) por um
pregão de feira.

Porém, o mistério atual para mim é: O que foi feito da laranja-da-china?

		EM Mário de Andrade, podemos ler ("O Domador":

"Laranja da China, laranja da China, laranja da China!
Abacate, cambucá e tangerina!"

Com a presença deste "cambucá", que como meu pai não devia saber o que era,
trocava por "limão verde"

Ainda que toda laranja -diz-se - tenha vindo da China (e torna esta falsa
introdução, provavelmente vingança de português), a verdade é que fora de
Portugal, parece só ter havido laranja-da-china em São Paulo.

O MISTÉRIO PERMANECE...





-----Mensagem original-----
De: forum-prof-bounces at if.ufrj.br [mailto:forum-prof-bounces at if.ufrj.br] Em
nome de coelho at if.ufrj.br
Enviada em: sábado, 30 de janeiro de 2010 15:47
Para: forum-prof at listas.if.ufrj.br
Assunto: [forum-prof] (no subject)

Não sabia dessa parte do hino, Lilia! Acabei de ver na Wikipídia e esse
parte
existiu mas foi retirada:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hino_Nacional_Brasileiro
. Só aqui mesmo...

Pensando bem em Portugal houve algo pior. Começa que o lindo hino "Heróis de
mar, nobre povo/nação valente, imortal./Levantai hoje de novo/o esplendor de
Portugal!" tem três partes mas só se canta a primeira, essa era a que eu
conhecia quando pequeno pois sou de família portuguesa:
http://pt.wikipedia.org/wiki/A_Portuguesa .

A segunda coisa é que, igual ao hino da mocidade acadêmica de São Paulo, ele
queria lutar contra os bretões. Isto acontecia devido a um conflito sério no
que é hoje Zimbabwe e Zâmbia,que os portugueses consideravam parte dio
Império, ligando Moçambique a Angola. Enquanto isso os "bretões" queriam
essas regiões, eram mais fortes e as conquistaram, com os portugueses tendo
que se dar por satisfeitos por não terem perdido também Angola e Moçambique.

O estribilho, repetido ao fim de cada parte, era:

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela patria lutar!
Contra os Bretões marchar!

Numa nova versão da letra o estribilho ficou:

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

Marchar contra os canhões sempre me pareceu idiota, mas só hoje descobri que
isso era uma maquiagem.

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