[forum-prof] RES: A UFRJ e o paralelismo com o edifício Avenida Central
Abraham Zakon
azakon2 at globo.com
Thu May 5 23:08:45 BRT 2011
Felipe.
Mais uma vez, uma análise muito bem colocada.
Acrescento, apenas, uma indagação.
Quantas comissões existem na UFRJ que executam tarefas que deveriam ser
atribuições de funcionários, chefes, diretores e funcionários?
São centenas de comissões por decania?
AZ
-----Mensagem original-----
De: forum-prof-bounces at if.ufrj.br [mailto:forum-prof-bounces at if.ufrj.br] Em
nome de Luiz Felipe Coelho
Enviada em: quinta-feira, 5 de maio de 2011 16:26
Para: forum-prof at listas.if.ufrj.br
Assunto: [forum-prof] A UFRJ e o paralelismo com o edifício Avenida Central
Prezados colegas
Acabo de ler um artigo no Globo de hoje sobre os
50 anos do edifício Avenida Central. Doze mil pessoas trabalham no prédio e
cerca de 160 mil pessoas passam por lá diariamente. Na recente consulta
eleitoral da UFRJ mencionou-se termos
3500 professores e 9000 funcionários, ou seja, o número total é similar aos
12 mil do Av. Central.
Temos 48 mil alunos, incluindo os dos polos do CEDERJ, o que é um número
muito menor que o dos visitantes do Av. Central. Os números de usuários do
Avenida Central são assim menores que os números respectivos da UFRJ (o site
do Edifício fala em só 140 mil visitantes diários).
Em seus 37 andares há 1061 salas. O edifício tem
18 elevadores, dos quais 15 são para 20 passageiros. Esses números são
também similares aos da UFRJ (6 elevadores no CT, 6 na EBA, outros tantos no
HU), só que lá os elevadores funcionam.
Há um sistema pioneiro anti-incêndio e há 12 escadas rolantes (não temos nem
um nem outro).
Para manter tudo isso o orçamento mensal do condomínio (iluminação,
segurança, 18 elevadores, escadas rolantes, limpeza, etc) é de 1,6 milhões
por mês (19 milhões por ano).
Duvido que com um orçamento que é um décimo do da UFRJ haja lá lixo e
equipamento inservível nos corredores, goteiras, ratos e elevadores parados
e com funcionamento precário. Aqui no bloco A do CT só 1 dos 4 elevadores
sociais funciona, e neste que funciona a ascensorista tem ordem de deixar
entrar menos que os 16 previstos. No prédio da FAU (dou aula lá) a situação
é menos dramática, mas só 3 dos 6 elevadores funcionam.
No prédio do CCS (onde também dou aula) o problema crônico dos elevadores da
UFRJ é resolvido não tendo elevadores, só escadas tradicionais, as
não-rolantes...
Essa é a diferença de ter gestão ou não ter.
Na UFRJ a administração dos prédios é
terceirizada pela Reitoria para as decanias e unidades, que não tem recursos
para tal, aí ocorre isso, elevadores enguiçados ou funcionando
precariamente. No Avenida Central o síndico que deixasse esse caos de
elevadores ou seria deposto ou ouviria críticas ferozes na assembléia do
condomínio. Aqui administrações sucessivas culpam o neoliberalismo, a falta
de verbas, a tradição de caos da UFRJ, a lei das licitações públicas, o TCU,
o Governo Federal, etc, etc, culpam qualquer um menos a elas mesmas. É a
mesma questão da luta pelo metrô no Fundão (há uma estação ao lado do
Avenida Central) e dos estacionamentos da UFRJ, cada um pertencendo não à
UFRJ mas a uma unidade ou a um centro. Precisamos ter uma administração na
UFRJ desde as grandes questões da universidade no século XXI até as muito
pequenas, como engarrafamentos, estacionamentos e elevadores enguiçados
eternamente. Precisamos cobrar nos colegiados superiores que, se a Reitoria
delegar funções, delegue as verbas para cumprí-las.
Abraços, Felipe Coelho
--
PS:Da página do Edifício Avenida Central:
"Construído a partir de 1958 e inaugurado em 22 de maio de 1961, o edifício
de 110 metros de altura, inspirado nos arranha-céus dos Estados Unidos e
Chicago já foi considerado o mais moderno do mundo e o mais alto do
Brasil. São 34 andares, 18 elevadores, 12 escadas rolantes, 6 usinas de ar
condicionado e um heliponto. Por mês, o consumo de água atinge os 20 milhões
de litros, suficientes para abastecer uma cidade de
25 mil habitantes. Os números revelam a grandiosidade da obra que possui
1.061 salas de escritório e 194 lojas e que ganhou fôlego extraordinário, em
1981, com a inauguração da estação do metrô do Largo da Carioca. Diariamente
exceto aos domingos cerca 140 mil pessoas circulam em suas áreas. Com
tranqüilidade e segurança garantida 24 horas, por câmeras e 80 seguranças.
Além da equipe da Brigada de Incêndio. "
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