RESAZ: [forum-prof] Universidades e instituições de pesquisa
coelho at if.ufrj.br
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Tue Jan 12 14:47:00 BRST 2010
Oi Abraham
Quem tira patentes em geral são empresas, pois a patente é tirada para ser
divulgada, comercializada para o setor produtivo e transformada em produtos ou
serviços. Comercializar envolve identificar os possíveis compradores e
convencê-los da importância da patente. Tirar uma patente custa caro e fazer
isso sem comercializá-la é desperdício. Universidades não tem esses
objetivos de comercializar e produzir, embora possamos até fazer isso.
Nossa colega ajudou a convencer o CEPG a ter programas multi-intitucionais,
propôs um programa de propriedade intelectual e esta participando dele, além
de ser responsável pelo escritório de patentes da Fiocruzm. Não digo que é
excepcional na escala brasileira ou mundial, mas é bem razoável para alguém
que terminou o doutorado há menos de 10 anos.
Abraços
uoting Abraham Zakon <azakon2 at globo.com>:
>
> No exterior, é frequente as empresas manterem seus próprios grupos de
> pesquisas e financiarem a mesma pesquisa com equipes universitárias. Por
> isso, elas patenteiam muito.
>
> O meu destaque refere-se a "catedráticos educadores versus doutores
> publicadores".
>
> E o LE colocou muito bem a questão: nem tudo que leva o rótulo de "trabalho
> científico ou tecnológico" possue conteúdo inovador, pois constitui trabalho
> de rotina referente a controle da qualidade de algum sistema.
>
> Não entendi a necessidade de citar e elogiar a colega abaixo, pois não ficou
> claro qual foi a sua grande contribuição educacional ou científica.
>
> Qual o impacto das atividades dela na formação de equipes docentes e na
> graduação dos alunos da UFRJ?
>
> Seria importante discutirmos como formar novas equipes docentes ao invés de
> incentivarmos a competição ilimitada entre doutores ou a formação de
> parcerias localizadas.
>
> AZ
>
>
>
>
> -----Mensagem original-----
> De: forum-prof-bounces at if.ufrj.br [mailto:forum-prof-bounces at if.ufrj.br] Em
> nome de Luiz Felipe Coelho
> Enviada em: terça-feira, 12 de janeiro de 2010 13:06
> Para: FORUM-prof at listas.if.ufrj.br
> Assunto: [forum-prof] Proteção e exploração econômica da propriedade
> intelectual em universidades e em instituições de pesquisa
>
> Colegas
>
> Acompanhando à distância o que se diz, gostaria de referir a tese de
> doutorado na Engenharia de Produção da COPPE da professora Claudia Chamas.
> Ela fez graduação em engenheira química na UFRJ, o professor Abraham talvez
> a conheça. A tese, defendida em 2001, tem o título "Proteção e exploração
> econômica da propriedade intelectual em universidades e em instituições de
> pesquisa".
>
> A Claudia trabalha na Fiocruz exatamente nisso, proteção e comercialização
> da propriedade intelectual, e além disso foi uma das principais
> organizadoras da nossa pós inter-institucional em propriedade intelectual.
> Além disso é uma pessoa muito gentil e me deu uma cópia da tese dela.
> Pelo que me lembro na introdução ela fala que nos países desenvolvidos a
> vasta maioria das patentes é gerada fora das universidade e institutos de
> pesquisa mas nestes lugares acadêmicos há mecanismos institucionais de ajuda
> na obtenção de patentes.
>
> Aqui vai o resumo do Lattes: "Claudia Inês Chamas é pesquisadora do
> Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz, Ministério da Saúde) e, desde 2007,
> professora do quadro permanente do Programa de Pós-Graduação em Políticas
> Públicas, Estratégias e Desenvolvimento, do Instituto de Economia da
> Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE/UFRJ).
> Nesse Programa, coordena a área de concentração em "Inovação, Propriedade
> Intelectual e Desenvolvimento" (em regime de associação parcial entre o
> IE/UFRJ e a Fiocruz), lecionando a disciplina "Propriedade Intelectual em
> Saúde". Na Fiocruz, desde 2007, coordena o Centro de Documentação em
> Inovação e Propriedade Intelectual da Fiocruz. Possui graduação em
> Engenharia Química pela UFRJ (1990) e é doutora em Engenharia de Produção
> pela UFRJ (2001).
> Efetuou trabalho de pesquisa (2000) e
> pós-doutorado (2002) no Max-Planck-Institut für Geistiges Eigentum,
> Wettbewerbs- und Steuerrecht.
> Realiza atividades de pesquisa, ensino
> (pós-graduação stricto sensu) e assessoria técnica em propriedade
> intelectual, com ênfase para os seguintes campos: propriedade intelectual e
> ambientes de inovação; propriedade industrial e saúde pública; padrões de
> apropriação em fármacos e biotecnologia; e aspectos internacionais da
> propriedade intelectual."
>
> Sem demérito algum aos intelectuais e aos catedráticos dos anos de antes de
> 1968, que viveram outra fase do Brasil e da universidade, quando produzir e
> divulgar o conhecimento era infinitamente mais difícil, ela é um dentre
> centenas de milhares de intelectuais que hoje temos no Brasil, devemos nos
> orgulhar deles pois somos parte!!!
>
> Abraços, Felipe
>
> PS: Medir qualquer coisa é sempre difícil, desde uma grandeza ou um fenômeno
> qualquer até o comportamento profissional/escolar de uma pessoa (se um aluno
> aprendeu ou se um professor realizou atividades de pesquisa...). É difícil
> mas temos que tentar. A defesa de uma monografia de fim de curso, de uma
> dissertação de mestrado ou de uma tese de doutorado no fundo também são
> medições do candidato, do orientador, da banca e do programa/curso...
> PS2: O Lattes é um auto-retrato útil mas com a limitação de qualquer
> auto-retrato. Já o Qualis tem muitas distorções, em especial na comparação
> entre áreas, mas não está claro que não possa ser aperfeiçoado. Está rolando
> uma discussão disso na SBF.
>
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