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Denúncia de perseguição a professor da UFAC
Em novembro de 2005 a história e a tradição do Movimento Docente foram duramente
agredidas pela expulsão de professor da Associação de Docentes da Universidade
Federal do Acre, sob
a alegação de ser filiado ao Fórum de Professores das Instituições Federais de
Ensino Superior –
PROIFES. Esta ação de caráter inquisitorial envergonha a todos os professores
que tem uma referência
política no Movimento Docente. A ação foi inquisitorial porque realizada de
forma violenta, sem
garantir as mínimas condições para que o companheiro efetivamente se defendesse,
e baseada em
argumento que contraria profundamente todos os princípios e fundamentos que
sempre regeram as
ações do Movimento Docente.
Passado um ano o professor Manoel Coracy Sabóia Dias ainda não foi reintegrado
aos quadros
da ADUFAC e continua sendo perseguido e ofendido por todo tipo de
constrangimentos promovidos
pela ação da diretoria da referida AD.
Que tipo de exemplo estes dirigentes, professores da UFAC, estão dando para seus
alunos?
Que país e universidade querem construir com a prática da prepotência e da
intolerância que
julgávamos banidas do país desde o fim do regime autoritário?
A Universidade se constitui a partir da diversidade e do respeito às diferenças
de opinião e de
concepção política e ideológica. A cultura do pensamento único destrói a
diversidade necessária ao
trabalho acadêmico. Estes princípios foram inscritos na Constituição e na Lei de
Diretrizes e Bases da
Educação Nacional como resultado da luta dos educadores, da qual o Movimento
Docente foi um
importante protagonista.
A recusa da diretoria da ADUFAC em reintegrar o professor Manoel Coracy a
desqualifica
como representante da tradição do Movimento Docente e compromete sua
legitimidade como
representante dos professores da Universidade Federal do Acre.
PROIFES – Fórum de Professores das Instituições Federais de Ensino Superior.
Brasília, 14 de dezembro de 2006.