[forum-prof] debate sobre a Reforma do Ensino Superior nesta quinta passada

Luiz Felipe de Souza Coelho coelho at if.ufrj.br
Sun Jan 30 11:10:25 BRST 2005


Prezados Lilia e Ribas
Prezados colegas

Obrigado pelos comentários, Lilia, a sugestão de ir lá na mesa-redonda foi tua, 
eu é que te agradeço! Devia ter anotado, a minha descrição de memória foi bem 
falha.

Não vejo dicotomia entre haver autonomia e um conselho comunitário (CC). Esse 
conselho deveria ter no meu entender representantes dos governos estaduais e 
municipais, da Assembléia Legislativa, de federações sindicais, do SENAI, do 
SENAC, do SESC e de instituições culturais relevantes. Ele seria um conselho da 
universidade e teria o papel de fazer pontes. Como parte da universidade a sua 
existência não feriria a autonomia. Poderia haver a necessidade do CONSUNI 
homologar os nomes indicados para o CC. O Consuni deveria escolher 
periodicamente quais seriam as federações sindicais ou as instituições 
culturais mas, a meu ver, o peso desses conselho deveria estar nos governos 
locais. Estes precisam conhecer os nossos recursos e ajudar na nossa expansão.

Por exemplo temos redes enormes de escolas municipais e estaduais e é um 
consenso que a má qualidade do ensino nelas é extremamente prejudicial para as 
universidades públicas, até mesmo porque estabelece um padrão para o ensino 
privado. Porque essas redes não podem ser usadas escolhendo algumas escolas 
para serem franquias dos CAp's das IFES? Elas poderiam receber apoio didático 
dos atuais CAp's, com alguma complementação salarial por parte dos governos 
mantenedores. Na minha idéia o projeto a longo prazo teria o objetivo de trazer 
toda a rede pública de primeiro e segundo grau para o padrão CAp.

Num outro exemplo as atividades de extensão ganhariam muito se pudessem ser 
feitas em cooperação com governos locais e de associações e instituições 
culturais, que tem profissionais competentes e estão mais distribuídas pelo 
estado (a UFRJ se concentra num estreito eixo Norte-sul no extremo leste do 
município do Rio). Num exemplo UFRJiano poderia haver cursos de extensão usando 
em parte os nossos professores em instituições como a Biblioteca Nacional, o 
Teatro Municipal e as Bibliotecas Regionais.

Quanto ao uso do termo "Ensino Superior" versus "Universidade" acho uma questão 
importante. A lei se dirige para a totalidade das IES e não apenas para as 
universidades. Hoje a vasta maioria dos alunos de terceiro grau está em 
instituições não-universitárias. A questão que o Prof. Luiz Antônio colocou é 
que a palavra "Universidade" é tão atraente que um programa lidando com vagas 
de instituições na quase totalidade não universitárias, ganha o nome 
de "universidade para todos", o pro-uni. 

Abraços, Felipe

Cópia lilia at ov.ufrj.br:

> 
> 
Obrigada Felipe pelo relato ... acho muito importante alguem nao so ter ido aa 
mesa redonda como nos mostrado o quadro geral da apresentacao... 
Concordo que e' fundamental fazermos um debate como voce sugeriu, na ufrj. 
Alias brevemente virao instrucoes da reitoria sobre a necessidade dessa 
discussao bem como a de elaborarmos sugestoes para melorar o projeto. 
Quanto aa denominacao preferida por alguns de lei organica, creio que tem mais 
uma origem historica. Talvez o Ribas possa esclarecer qual seria o nome mais 
adequado para a futura lei e se juridicamente e' correto chama-la de
organica (e' mais uma curiosidade minha)
 
lilia



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