[forum-prof] boletim especial do MEC informa que o governo propõe acabar a GED
Felipe Coelho
coelho at if.ufrj.br
Fri Jul 23 14:45:20 BRT 2004
Prezados colegas
Acabou de sair uma edição especial do boletim on-line do MEC, número 224,
Brasília 22/7/2004. O boletim informa que o governo "acaba com a
gratificação produtivista".
Abraços, Felipe Coelho
Edição Especial
Governo apresenta proposta de gratificação fixa para os professores
O governo federal apresentou hoje, 22, ao Sindicato Nacional dos Docentes
das Instituições Federais do Ensino Superior (Andes), uma nova proposta de
reajuste, extinguindo a Gratificação de Estímulo à Docência (GED) e
instituindo gratificação fixa. A nova proposta, apresentada pelos
ministérios da Educação e do Planejamento, estabelece paridade entre ativos
e aposentados, acaba com a gratificação produtivista e representa um novo
marco nas relações do governo com os professores, que estão há mais de dez
anos sem reajustes.
A simulação apresentada pelo governo federal prevê um impacto financeiro
anual da ordem de R$ 372 milhões. Caso seja aprovada a proposta, ela
representará, por exemplo, para os professores adjuntos com dedicação
exclusiva e com doutorado, da ativa, um percentual de aumento da ordem de
15,71% a 17,08% e, para os aposentados, de 32,92% a 36,27%. Pela proposta,
todos os professores com dedicação exclusiva que tenham doutorado passarão
a ter uma gratificação fixa de R$ 2.222,88 mensais, independentemente de
serem titulares, adjuntos, assistentes ou auxiliares. O mestrado garantirá
uma gratificação de R$ 1.212,44; especialização e aperfeiçoamento
assegurarão um valor de R$ 683,45; e apenas a graduação terá gratificação
fixa de R$ 533,45. Os valores serão retroativos a 1º de maio.
O documento foi apresentado à diretoria do sindicato pelo diretor de
programas da Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão, Vladimir Nepomuceno. Representaram o MEC Jairo Jorge da
Silva, secretário executivo adjunto, Sylvio Petrus, subsecretário de
Assuntos Administrativos, e Godofredo de Oliveira Netto, diretor do
Departamento de Política do Ensino Superior da Secretaria de Educação
Superior (SESu).
Extinção De acordo com Vladimir Nepomuceno, a nova proposta traz algumas
especificidades, como a opção pela extinção da GED. "Agora, acaba a
diferença entre ativos e aposentados, que possibilitava uma distorção
gradativa, principalmente no último período. Com o dinheiro conseguido,
chegaremos próximo da inflação para alguns, enquanto, para outros, o
percentual de aumento ultrapassa a inflação.
Na reunião de hoje, ficou acertado que os dirigentes do Andes discutirão a
proposta do governo com suas bases e, na próxima quarta-feira, 28, darão
sua resposta para que o governo possa encaminhar o processo de liberação do
aumento salarial. Depois de selado o acordo, será elaborada uma medida
provisória que garantirá que o pagamento dos valores retroativos a 1º de
maio seja feito junto com o salário do mês de agosto. Para que isso ocorra,
todos os procedimentos burocráticos têm de ser tomados até 18 de agosto,
dia em que é fechada a folha de pagamento.
Proposta bem-aceita Os representantes dos professores mostraram-se
satisfeitos com a proposta de reajuste apresentada pelo governo. A
presidente do Andes, Marina Barbosa, elogiou a atuação do MEC e,
particularmente, da SESu na negociação salarial. "Reconhecemos o especial
esforço da SESu que se colocou à disposição para auxiliar a solucionar um
problema histórico." Segundo ela, a proposta contempla a reivindicação da
categoria de isonomia entre ativos e aposentados e será avaliada pelas
diversas assembléias, que serão realizadas de hoje até terça-feira em todo
o País, para que o acordo possa ser fechado.
O governo federal iniciou as negociações com os professores em 21 de maio,
prazo final estipulado pelo governo para as entidades se manifestarem em
relação à proposta da recomposição salarial para 2004. Até agora, foram
feitas 13 reuniões do Andes com o Ministério do Planejamento para discussão
dos índices de reajuste da categoria. Ficou acordado que o reajuste seria
calculado sobre as gratificações de desempenho, a Gratificação de Incentivo
à Docência (GID) e a GED.
Atendendo a solicitação da entidade, o governo federal produziu algumas
simulações de cálculo com a GID e a GED. O resultado desse estudo
apresentou números bem inferiores aos da proposta original do governo, que
tinha sido apresentada em meados de abril, com reajustes variando entre
9,5% a 27,37%. Uma outra simulação previa a extinção da GED e da GID e a
sua transformação em gratificação fixa. Também nesse caso, o resultado
final dos números mostrou que os reajustes para os docentes do ensino
superior ficavam muito aquém da proposta original.
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