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Carlos Frederico Leao Rocha
fred at ie.ufrj.br
Thu Jul 8 10:57:03 BRT 2004
Luiz Felipe, depois me dá um informe sobre o Edital de
Transferência. Vou cobrar também posição de nossa representante
(IE) no CEG. Mas gostaria mesmo de falar sobre seu comentário do
Vestibular. Sempre tive uma percepção parecida com a sua no que
se refere a importância para complementação da remuneração de
alguns grupos. Aliás, creio que o CEG deve questionar a não adoção
do ENEM como referência. Os dados apresentados pela Pró-reitoria
mostram que a maior exclusão social no vestibular é auto-exclusão.
Os alunos de escolas públicas nem se inscrevem. O que ocorreria
se o processo acesso fosse completamente feito a partir do ENEM?
Pense no caso de uma família de três filhos cuja renda gire entre 10
e 20 salários mínimos (portanto, não sujeita a isenção de taxas) e
que seu filho queira se inscrever em quatro ou cinco processos
vestibulares (UFF, UFRJ, UERJ, UNIRIO e PUC). As taxas podem
representar uma parcela substancial da renda familiar. Vamos
democratizar o acesso começando pela prova de acesso!!
On 8 Jul 2004 at 1:16, Luiz Felipe de Souza Coelho wrote:
> Prezados Bruno, Luciano, Lilia, Respicio, Carlos Frederico, Lucia,
> Luiz, Ribas e demais colegas
>
> Puxa, a lista animou! Todas as colocações feitas ajudam a entender ou
> a UFRJ, ou a ADUFRJ, ou nossa carreira.
>
> Tenho estado um pouco ausente por 4 razões (e vou ficar ainda mais).
>
> A primeira é que fui eleito representantedo CCMN no CEG, hoje foi a
> primeira reunião. Foi rediscutido o problema da transferência de
> alunos, levantado pelo Carlos Frederico, mas a votação foi contra a
> proposta do IM, levada pelo Miguel Jonathan. Depois faço um informe
> melhor. Houve também uma proposta boa de edital para o próximo
> vestibular, levada pelo coordenador do Vestibular. Infelizmente os
> três alunos votaram contra, junto com 4 professores, e só 6
> professores votaram a favor (1 se absteve). Ela reduzia o número de
> dias de prova, as provas seriam menores e mais concentuais e a
> exigência de nota diferente de zero em cada prova não-específica
> passaria para a soma das notas dessas provas não-específicas. Só para
> localizar a questão, a razão de ser dessas provas é a pressão que elas
> fazem sobre o segundo grau mas isto só em prin´cípio porque na prática
> o segundo grau hoje está igual ou pior do que 20 anos atrás, quando so
> havia as provas específicas. Claro que um monte de gente ganha
> dinheiro preparando, tomando conta e corrigindo provas e que o
> Vestibular é pago, mas não! Um aluno veio dizer que estas provas são
> fundamentais para uma formação humanista e que um médico, pelo fato de
> estudar geografia, irá seformar em Medicina Social e não em
> Cardiologia. Alguém tem que fiscalizar se o dioploma de Segundo Grau
> que escolas privadas e públicas emitem vale alguma coisa, mas isso
> certamente não é papel da universidade, que mal se fiscaliza a si
> proprias. Um terceiro ponto da pauta era o caso de um aluno que passou
> no vestibular da Economia mas só cursou disciplinas da Comunicação,
> durante 7 semestres! O caso dele só foi detetado pelo SIGA. Nós
> decidimos por grande maioria que a transferência deveria ser aceita,
> mas que deve ser aberto um inquérito chamando dirigentes das 2
> unidades.
>
> A segunda razão da minha ausência é que estou mantendo atualizado um
> boletim de eventos acadêmicos do Rio de Janeiro, com ênfase na UFRJ.
> Esse boletim está na página do CCMN www.ccmn.ufrj.br, na parte
> central, e está aberto para a divulgação de qualquer evento que me
> mandem, da Paleontologia à Filosofia da Arte. A terceira razão é que
> sábado morreu a maior poeta de língua portuguesa, Sophia Andresen, aos
> 84 anos, e estou organizando uma página com a ajuda inestimável das
> professoras Carlota e Gilda, da Faculdade de Letras. A quarta razão é
> comum a todos, o final de meu curso.
>
> Abraços e dois poemas da Sophia (que foi uma voz que durante décadas
> se opoz à ditadura do Salazar, além de escrever muitos poemas
> fantásticos sobre diversos temas), Felipe
> ---------------------------------- O Rei da Ítaca
>
> A civilização em que estamos é tão errada que
> Nela o pensamento se desligou da mão.
>
> Ulisses rei da Ítaca carpinteirou seu barco
> E gabava-se também de saber conduzir
> Num campo a direito o sulco do arado.
>
> O Nome das coisas (1977)
> ------------------------
> Tradução de Kleist
>
> Dizem que no outro mundo o sol é mais brilhante
> E brilha sobre campos mais floridos
> Mas os olhos que vêem essas maravilhas
> São olhos apodrecidos.
>
> Livro Sexto (1962)
> _______________________________________________
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