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lilia at ov.ufrj.br
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Wed Jul 7 19:13:50 BRT 2004
nos tempos das noticias quasi-instantaneas, levou quasi-uma-semana para a andes
noticiar de forma curta e grossa a decisao da UFRJ. Claro, nao sem, em
conjunto, dar detalhadamente a noticia que segue (abaixo). Como ja dizia
Chato, se voce quer ter uma opiniao, compre um jornal. No nosso caso e' um
pouco diferente ... nos contribuimos com nossa cota salarial para a existencia
jornal. Sao as ironias do destino ... com nossa tambem colaboracao.
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http://www.andes.org.br
Docentes da UFRJ resolvem aceitar a proposta de abril
Data: 7/7/2004
Fonte: ADUFRJ
Docentes da UFRJ resolvem aceitar a proposta de abril
Reunidos em assembléia no último dia 01/07, os docentes da UFRJ aprovaram os
seguintes encaminhamentos:
1 - Aceitar a proposta de abril do governo;
2 - Rejeitar o indicativo de greve proposto para 15 de julho.
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Docentes da UFPE podem entrar em greve no dia 27
Data: 7/7/2004
Fonte: ADUFEPE
Docentes da UFPE podem entrar em greve no dia 27
TUDO SOBRE SEU SALÁRIO
O governo Lula diz, através da página do Ministério do Planejamento, Orçamento
e Gestão (MPOG) e de contracheques enviados aos professores, que apresentou uma
"proposta" salarial aos docentes, mas que estes se recusaram a aceitar.
Que tal conhecer a realidade dos fatos?
Após um pífio reajuste de 1% e abono de R$ 59,87 em 2003, os servidores
públicos federais não aceitavam mais suportar perdas salariais. A Mesa Nacional
de Negociação Permanente (MNNP), criada com toda a pompa e circunstância em
fevereiro de 2003, transcorreu aquele ano sem que o governo apresentasse uma
proposta sequer aos servidores. Como chamar de negociação um conjunto de
reuniões em que o governo não apresentava proposta alguma?
No início de 2004, os servidores públicos federais protocolaram sua pauta
de reivindicações, que incluía a reposição das perdas salariais desde 1995,
cujo índice calculado pelo DIEESE foi de 127%; a reposição salarial
emergencial: 50,19%, que corresponde a nossas perdas desde 1998, quando a
Emenda Constitucional 19 instituiu a obrigatoriedade de revisões anuais de
salários e a incorporação das gratificações nos seus valores máximos.
Procurava-se construir um movimento unitário, para que a capacidade de
pressão fosse maior. Exatamente por compreender que a unidade dos servidores
representava uma ameaça seus planos de não conceder reajuste algum, o governo
apostou na tática divisionista, acenando com negociações em separado. Foi assim
que acenou com o plano de carreira para a FASUBRA, aumento na gratificação para
o IBGE, incremento da GED dos docentes (a famosa "proposta de abril"), dentre
outras negociações por categoria.
Ao apreciar tal proposta, as assembléias dos professores rejeitaram-na, por
entender que ela ampliava as distorções existentes na carreira e aprofundava o
fosso existente entre pessoal da ativa e aposentados e professores de 1º 2º e
3º grau. Num contexto em que a Reforma da Previdência nos ameaça com a
possibilidade de que venhamos a nos aposentar sem gratificações, a depender de
como venha a ser regulamentada, aceitar tal proposta significaria não somente
renegar à indignidade os docentes que ajudaram a construir a universidade, mas
também apagar nosso próprio futuro.
Os docentes não se limitaram a dizer não à proposta de abril: construíram e
aprovaram, em suas assembléias, uma contra-proposta, que já significa uma
flexibilização da pauta inicial. Assim, admitimos que a incorporação das
gratificações se dê de acordo com um calendário, mas exigimos o respeito a
princípios que nos são caros: a isonomia e a paridade. Desta forma, a proposta
que protocolamos no MPOG e que o governo finge desconhecer é a seguinte:
a) Extinção da GED/GID e criação de gratificação emergencial não- produtivista
(desvinculada de avaliação de desempenho), garantida também aos aposentados,
que respeite os seguintes princípios:paridade entre ativos e
aposentados;isonomia entre os docentes do magistério superior e os de primeiro
e segundo graus;extensão aos professores substitutos.
b) Calendário para incorporação das gratificações - GAE e nova gratificação
não-produtivista;
c) A proposta salarial a ser elaborada deverá atingir uma concessão
remuneratória que não pode ser inferior à já apresentada pelo governo para cada
classe, nível, titulação e regime de trabalho e deverá ser retroativa a 1º de
maio.
Ou, seja, exigimos que o montante de recursos que o governo afirma que
empregaria no reajuste da GED fosse utilizado de modo a não aumentar as
distorções oriundas da implantação da GED/GID.
Ora, a proposta de abril do governo implicaria em um total de R$ 419
milhões de reais caso fosse implantada. Em reunião do ANDES com o MPOG,
ocorrida em 1º de julho, o próprio governo admitiu que não dispunha de R$ 419
milhões para os docentes, mas de somente R$ 231 milhões.
O que isto significa?
Que a proposta de abril do governo não passou de um blefe que o governo não
tinha a menor intenção de bancar. Exatamente como não bancou as propostas
apresentadas às demais categorias, fato que hoje a FASUBRA e outras federações
se encontram em greve pelo cumprimento do acordo assinado. Em outras palavras,
o governo não está cumprindo nem mesmo os acordos que ele assina e acha-se no
direito de soltar tabelas e acenar com propostas para logo em seguida, com toda
a desfaçatez, afirmar que não devem ser tomadas como válidas.
Nesta mesma reunião, o ANDES indagou ao MPOG se as tabelas apresentadas no
dia 21 de junho significavam uma proposta do governo, ao que este respondeu que
não: eram somente simulações. O governo nos metralha com uma série de tabelas
sem paternidade, que ele mesmo admite não significarem proposta nenhuma. Pode
isto ser chamado de negociação? Afinal, negociações existem com propostas ou
com tabelas apócrifas?
O ANDES convocou o GT Verbas em 28 e 29 de junho para este simular o
impacto financeiro da proposta elaborada pelos docentes . É mentira, portanto,
que os professores das universidades não têm proposta. Ao afirmar isto, o
governo procura confundir a categoria, como o vem tentando reiteradamente.
A situação está claramente posta. Não há por parte do governo a disposição
sequer de contemplar um segmento da categoria. O resultado do rebaixamento de
princípios não é o ganho para alguns, mas ganho algum para ninguém. Se o
governo não duvidasse que nossa unidade é nossa maior força, não insistiria
tanto em sua política divisionista.
A última Assembléia Geral da ADUFEPE-SSind aprovou o indicativo de greve
para o dia 12/7, porém, com vistas a fortalecer a unidade da categoria a nível
nacional, deliberou aceitar a data que viesse a ser aprovada nacionalmente.
Portanto cabe-nos construir a greve para o dia 27/7 aprovado pelo setor das
IFE’s na reunião do dia 3 de julho.
A resposta ao descaso do governo é Greve no dia 27/07. A esperança está na
luta.
Diretoria da ADUFEPE
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