[forum-prof] MEC autoriza criação de novos cursos de Direito e Medicina
lilia at ov.ufrj.br
lilia at ov.ufrj.br
Wed Jul 7 19:03:22 BRT 2004
http://www.radiobras.gov.br/
MEC autoriza criação de novos cursos de Direito e Medicina
18:29
Marina Domingos
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Educação, Tarso Genro, autorizou hoje quatro novos
cursos de Direito e dois de Medicina. Desde março, o Ministério da Educação
suspendeu a entrada de novos pedidos para evitar a proliferação indevida de
cursos de má qualidade". São 450 vagas nos cursos de Direito de Taboão da Serra
(SP), Santa Maria (RS), Eunápolis (BA) e Formosa (GO) e outras 180 nos cursos
de Medicina nas cidades de Colatina (ES) e Porto Velho (RO).
Foram critérios adotados com neutralidade política e natureza apenas técnica,
ressaltou o ministro. De acordo com ele, os cursos de Direito de Taboão da
Serra e Santa Maria também passaram pelas exigências da Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB).
Para definir os cursos que seriam liberados, o MEC utilizou novos critérios
como adequação da necessidade do curso à região onde será instalado, análise da
relação entre o número de profissionais de cada área por cada habitante,
incluindo a verificação do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da localidade
pretendida. A região de Colatina, por exemplo, é bem próxima do norte de Minas
Gerais e da Bahia, duas regiões pobres que carecem de cursos
e profissionais de medicina, explicou o ministro.
Dois cursos de Medicina, que haviam sido aprovados pelo Conselho Nacional de
Educação (CNE), vão ser reenviados para análise dos conselheiros porque não
passaram pela seleção do MEC. A intenção é realizar um seminário entre o MEC,
CNE e entidades da sociedade civil a fim de propor critérios comuns para
expansão da educação superior. Tivemos que atribuir um juízo de valor a cada
processo, explicou Tarso.
07/07/2004
+++++++
CNE quer que estados também regulem abertura de cursos superiores
07:56
Marina Domingos
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Conselho Nacional de Educação (CNE) pretende sugerir ao Ministério
da Educação (MEC) que os conselhos estaduais e as universidades públicas
(federais e estaduais) também participem da análise e regulação para abertura
de novos cursos superiores. O MEC é o único órgão com competência para
homologar novos cursos, mas depende do aval do CNE para analisar a documentação
encaminhada pelas instituições proponentes.
A intenção é propor ao ministério pequenas mudanças que possam desafogar o
conselho de funções burocráticas e ainda responder ao pedido do ministro da
Educação, Tarso Genro, de "mais agilidade" em suas ações. Os conselheiros
destacaram um grupo de trabalho, com a participação de três idirigentes: a
professora da Universidade de São Paulo, Marilena Chauí, o reitor Alex Fiúza
(Universidade Federal do Pará), e ainda o professor Arthur Roquete
(Universidade Estadual de São Paulo).
É importante o conselho assumir esse papel mais ativo e mais vocal para que
possa ter mais decisões de natureza doutrinária, de natureza
política-educacional e possa se dedicar à missões mais nobres, que as
estritamentes cartoriais", argumentou o presidente da Cãmara de Educação
Superior, professor Edson Nunes.
A posição também foi defendida pelo professor Roberto Frota Bezerra, que alegou
a necessidade de expansão do ensino superior prevista pelo Plano Nacional de
Educação (PNE). Até 2010, segundo o plano, pelo menos 30% dos brasileiros
deverão ter acesso à educação superior. A expansão com qualidade implica um
certo aparato regulatório de supervisão e avaliação, que seria de
responsabilidade do governo, ressalta o presidente.
De acordo com Bezerra, que foi reitor da Universidade Federal do Ceará (UFC),
serão necessárias modificações na legislação que determina as atribuições dos
conselhos, para definir a divisão de tarefas. A expectativa do professor é que
o trabalho comece por conselhos com mais experiência na área de avaliação, como
o do estado de São Paulo.
Bezerra disse acreditar que o sistema educacional superior esteja próximo de
uma crise. E argumentou que a expansão do setor público é financiada
indiretamente pela sociedade. "A capacidade de pagamento das famílias
brasileiras não garante a sustentação do processo de expansão", alertou.
07/07/2004
More information about the Forum-Prof
mailing list