[forum-prof] Haitinização do Brasil
JOSE RIBAS VIEIRA
jribas at puc-rio.br
Mon Jan 25 12:17:48 BRST 2010
>Vc tem toda razão, Leando, antes diriamos balcanização, africanização do
Brasil, estamos diante sim da haitinização do Brasil ribas
<p>Felipe,</p>
> <p>Muito oportunas as suas observações e também a divulgação da
> página com fotos da Faculdade de Medicina antes de 1918.</p>
> <p>Num paÃs que ainda insiste em lidar desrespeitosamente com a própria
> História, a nossa UFRJ não tem como escapar ilesa.</p>
> <p>Ainda mais com a missão se ser pública e de prover a alta qualidade
> acadêmica sem cobrar mensalidades de seus estudantes.</p>
> <p>Deparamo-nos portanto, com heranças históricas que nem sempre estão
> entre as melhores, frente à uma missão hercúlea e de especial
> relevância social, haja visto que até na China as universidades
> públicas cobram mensalidades de seus alunos.</p>
> <p>E está cada vez mais difÃcil prosseguir com essa missão, não
> importanto o quanto a financeirização da economia mundial tenha se
> revelado historicamente (e mais uma vez!) danosa. tanto do ponto de vista
> social como também do ambiental.</p>
> <p>O que mais me aborrece nesse contexto de reconhecida turbulência,
> justamente quando precisamos afirmar a autonomia acadêmica, no sentido
> que entendo como auto-aplicável e de acordo com os termos
> constitucionais, são os tais reinventores da roda, que a exemplo de
> Naomar pretendem discutir filigranas universitárias e importar
> canalhamente o sistema dos <em>colleges</em>, como se essas coisas
> representassem uma espécie de revolução copernicana.</p>
> <p>Como varejeiras que se locupletam da crescente podridão, esses
> diversionistas querem apenas ampliar os próprios espaços de poder, pouco
> se importanto se os seus podres poderes vão impulsionando a
> balcanização ou a haitinização do Brasil.</p>
> <p>Leandro</p>
> <p style="text-align: center;">Â </p>
> <p><br />Em 24/01/2010 21:24, <strong>coelho at if.ufrj.br</strong>
> escreveu:</p>
> <blockquote style="border-left: 2px solid #6868cc; margin: 0pt 0pt 0pt
> 0.8ex; padding-left: 1ex;"><br />Prezado Ribas e demais colegas<br /><br
> />Interessante o artigo do Naomar sobre tradições. Roupas tradicionais
> são a<br />meu ver um detalhe, na UFRJ até inventaram que cada centro
> tem uma cor. Agora<br />há essa proposta infantil de um hino. Como fazer
> um hino se desconhecemos e<br />desvalorizamos nossa história? Nessa
> situação falar em tradição me parece<br />brincadeira, a UFRJ teima em
> dizer que tem 88 anos e não 200! Confesso que<br />adoraria se
> tivéssemos um hino como o do Colégio Pedro II, mas este colégio<br
> />conhece a sua história e sua responsabilidade nacional, nós não
> conhecemos a<br />nossa. AÃ prefiro o Hino Nacional.<br /><br />A
> demolição do prédio da Medicina na Praia Vermelha, onde ela ficou 50
> e<br />poucos anos de 1918 a 1972, é um dos exemplos dramáticos dos
> absurdos. O mais<br />estranho no entanto foi que a Medicina ficara os
> 60 anos anteriores num prédio<br />belÃssimo da Santa Casa, na Rua
> Santa Luzia e esse prédio ainda está lá.<br />Sabe lá como escapou
> aos polÃticos, engenheiros, médicos e urbanistas que<br />demoliram o
> morro do Castelo com argumentos atrasados um século, pré-Pasteur!<br
> />Hoje fui no MAM e depois aproveitei e andei pelos corredores externos
> da Santa<br />Casa, que fica perto. Dentro do prédio parece que é
> lindo, inclusive tem a<br />Capela Imperial, usada pelo Imperador, que
> assistia aulas na Medicina, mas não<br />pude entrar.<br /><br />Duvido
> que alguém saiba onde ficaram todos os diversos prédios da UFRJ ao<br
> />longo da sua história. Já li que a UDF, que virou depois FNFi,
> ficava no<br />atual ISERJ, ex-Instituto da Educação. Depois a FNFi
> ficou na av. Marechal<br />âncora, em algum lugar desconhecido. A
> reitoria já teve diversos endereços<br />(não sei onde) e a FND
> surgiu da fusão de duas faculdades privadas de<br />direito, que
> também não
> sei onde ficaram. Ao invés de hino eu adoraria ver a<br />Reitoria
> apoiar uma coleção sobre a história de cada unidade e, depois de<br
> />identificá-los, colocar placas de bronze em cada um de nossos
> antigos<br />prédios.<br /><br />Abraços, Felipe<br />PS: Se alguém
> quiser ver umas fotos da Faculdade de Medicina antes de 1918 há<br
> />uma página legal, com texto e fotos:<br
> />http://www.historiaecultura.pro.br/cienciaepreconceito/lugaresdememoria/santacasa.pdf<br
> /><br />PS2: O Naomar não é o Reuni, ele é alguém que apresenta o
> modelo americano<br />que vem do século XIX como se fosse uma novidade.
> E na verdade esse modelo<br />americano vem da Faculdade de Artes
> medieval, que era um super ciclo básico,<br />então o Naomar quer a
> volta parcial à Idade Média, quando não havia o<br />Ensino Básico.
> Esse modelo americano/medieval tem coisas boas mas não podemos<br
> />importá-lo de olhos fechados. Hoje temos um Frankestein como
> modelo<br />universitário, f
> rancês/americano, mas que forma profissionais para as<br
> />"corporações de profissões liberais" de padrão fascista. Enquanto
> houver as<br />corporações a reforma universitária não avançará.<br
> /><br />PS3: A outra Faculdade de Medicina da época do Império era na
> Bahia, um de<br />seus professores é o Naomar, que agora reage contra o
> excesso de tradições.<br />Lá ele pode reclamar disso, aqui não temos
> nenhuma...<br /><br
> />----------------------------------------------------------------<br
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