[forum-prof] Re: [ABEDi] Os cientistas sociais e o pacto de 64 e os juristas na Comissão da Verdade

JOSE RIBAS VIEIRA jribas at puc-rio.br
Wed Jan 13 22:30:50 BRST 2010


>Obrigado a vc.  Ribas



 Ribas, suas observações foram, como sempre, precisas e coerentes. Obrigado
> pela sua lucidez.
> Abraços,
> Thiago Bottino
>
>
>   ----- Original Message -----
>   From: JOSE RIBAS VIEIRA
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>   Sent: Wednesday, January 13, 2010 8:08 AM
>   Subject: [ABEDi] Os cientistas sociais e o pacto de 64 e os juristas na
> Comissão da Verdade
>
>
>
>
>
>   Uma questão que precisa ser respondida é a respeito da presença de
> certos
>   cientistas sociais no debate da instituição da Comissão da Verdade no
>   Brasil. Há um pacto de uma certa "Ciências Sociais" com o regime de 64.
>   Pacto este que certos segmentos das Ciências Sociais foram beneficiados
>   com recursos de apoio de pesquisa. Sábado no Globonews compareceu um dos
>   "principes da Ciência Politica" no Brasil (muito ligado ao tucanato de
>   FHC) debatendo o assunto. Ontem no "entre aspas" também da Globonews
>   tivemos outro que foi muito ligado a estatisticas em nosso país. Hoje na
>   Coluna do Merval comparece um historiador da minha geração opinando
> sobre
>   a Comissão da Verdade. Finalmente na coluna de Opinição da Folha de São
>   Paulo de hoje depara-se com um dos "estudiosos" sobre Forças Armadas
>   abordando o tema da Camissão da Verdade. Compara as nossas Forças
> Armadas
>   com a transição da Argentina. De fato temos modelos de trãnsição
> política
>   diferenciados nos anos 80 na América Latina. De fato os militares
>   argentinos sairam derrotados e humilhados em consequência da Guerra das
>   Malvinas. Agora afirmar que os militares brasileiros sairam vitoriosos é
>   uma outra história. A história real é que a estrutura de poder montada
> em
>   64 se manteve na transição de 85 conforme a negociação de Tancredo
> Neves.
>   São essas mesmas forças politico-sociais que hoje resistem a qualquer
>   mudança de estrutura de poder no país. O "especialista" em Forças
> Armadas
>   no Brasil afirma ainda, creio que com certo tom de ironia, que levamos
> 25
>   para termos uma comissão da verdade. Tal fato não é demérito. Pelo
>   contrário, mostra como a estrutura poder advinda de 64 ela é bastante
>   forte e resistente notadamente via meios de comunicação
>   monopolizados.Afirma ainda o "especialista" que na Africa do Sul houve
> uma
>   comissão da verdade e da reconciliação. Por que só "falar em verdade" no
>   Brasil, indaga o articulista?. Este aspecto só justificaria o temor dos
>   militares no Brasil a respeito de um revanchismo. Mas é de certo domínio
>   de estudiosos os limites do que foi a Comissão da Verdade e
> reconciliação
>   na África do Sul. Por fim o "especialista" em Forças Armadas com o seu
>   texto na Folha de São Paulo de hoje observa que os militares podem
> alegar
>   terem travado uma "guerra justa". Guerra justa? Se eles tomaram o poder
> de
>   forma ilegitima? Enfim ao sintetizar a contribuição de determinados
>   cientistas sociais no Brasil, constata-se como foi sim vitorioso o
> projeto
>   de 64 em "renovar as bases das Ciências Sociais no Brasil". Interessante
>   notar que são os juristas, mesmo muitos com suas matrizes conservadores,
> é
>   que estão liderando o debate a favor da instituição da Comissão da
>   Verdade. Ribas
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