[forum-prof] Em Gaza as mentiras também tem pernas curtas...
Abraham Zakon
azakon2 at globo.com
Sat Jan 24 00:07:03 BRST 2009
Para os colegas que acreditam que Papai Noel existe, remeto a tradução
abaixo.
O artigo original foi extraído ontem à noite do endereço eletrônico do
jornal italiano Corrierre della Sera.
Desejo-lhes boas reflexões e menos sentimentos de racismo à distância.
Os europeus já não se deixam levar levianamente por fatos parcialmente
relatados.
As manifestações que se observam nos países europeus são predominantemente
constituídas por emigrantes dos países africanos ou asiáticos... que foram
para lá para tentar melhorar suas condições de sobrevivência.
Abraham Zakon
_____
dÚVIDAS SOBRE O nÚmero de vitimAS: PODERIAM SER 600 e nÃO 1.300
«Assim, os rapazes do Hamas nos utilizaram como escudos»
Habitantes de Gaza acusam os militantes islamicos: « Nos impediam de deixar
as casas e de lá disparavam»
* NOTICIAS CORRELATAS
* MULTIMIDIA: video e audio da Faixa
<http://www.corriere.it/esteri/09_gennaio_04/multimedia_gaza_a0ce1386-da97-1
1dd-a7f8-00144f02aabc.shtml?fr=correlati?fr=correlati%09%09%09%09%09%09%09%0
9> de Gaza
<http://www.corriere.it/esteri/09_gennaio_04/multimedia_gaza_a0ce1386-da97-1
1dd-a7f8-00144f02aabc.shtml?fr=correlati?fr=correlati%09%09%09%09%09%09%09%0
9>
GAZA - «Vão embora, vão embora, fora daqui! Voces querem que os israelenses
nos matem a todos? Voces querem ver morrer sob as bombas as nossas crianças?
Levem embora as vossas armas e os mísseis», gritavam muitos dos habitantes
da faixa de Gaza aos milicianos do Hamas e aos seus aliados da Jihad
islamica. Os mais corajosos se organizaram e tinham fechado as portas de
acesso aos seus "cortili", fechado assim os dos palácios, bloqueado "in
fretta" e fúria as escadas pelos tetos mais altos. Mas por mais que
pedissem, a guerrilha não escutava ninguém. «Traidores. Colaboradores de
Israel. Espiões do Fatah, covardes. Os soldados da guerra santa vão vos
punir. E em qualquer caso voces morrerão todos, como nós. Combatendo os
judeus sionistas estamos todos destinados ao paraiso, contentes de morrer
juntos?». E assim, gritando furiosos, quebravam portas e janelas, e
escondiam-se em andares altos, nos "orti", usavam as ambulancias , faziam
barricadas perto de hospitais, esolas, edifícios da ONU.
Em casos extremos disparavam contra quem procurava bloqueá-los na estrada
para salvar as próprias famílias, ou batiam selvagemente. «Os milicianos do
Hamas buscavam provocar os israelenses. Eram frequentemente rapazes, de 16
ou 17 anos, armados de metalhadora. Não podiam fazer nada contra tanques ou
jatos. Sabiam que eram muito mais fracos. Mas queriam que disparassem sobre
nossas casas para acusá-los depois, de criminosos de guerra», sustem Abu
Issa, 42 anos, habitante do bairro de Tel Awa. «Praticamente todos os
palácios mais altos de Gaza que foram atingidos pelas bombas israelenses,
como o Dogmoush, Andalous, Jawarah, Siussi e tantos outros tinham em seus
tetos as rampas de lançamento, ou pontos de observaçao do Hamas. As haviam
colocado também perto do grande depósito da ONU, depois em chamas. E o
mesmo vale para os vilarejos ao longo da linha de fronteira depois mais
devastados pela fúria louca e punitiva dos sionistas», lhe faz eco a prima,
Um Abdallah, 48 anos. Usam os sobrenomes de familia. Mas fornecem detalhes
bem circunstanciados. Foi difícil obter estes testemunhos. Em geral
triunfa o medo do Hamas e imperam os tabús ideológicos alimentados desde um
século de guerras com o «inimgo sionista».
Quem conta uma versão diferente da narrativa imposta pela «muhamawa» (a
resistência) é automaticamente um «amil», um colaborador e arrisca a vida.
Ajuda porém o recente encontro fratricida entre Hamas e OLP. Se Israel ou
Egito tivessem permitido aos jornalistas estrangeiros entrar logo teria
sido mais fácil. Aqueles lugares são ameaçados frequentemente pelo Hamas.
«Não é um fato novo, no Médio Oriente, entre a sociedade árabe falta a
tradição cultural dos direitos humanos. Ocorria baixo o regime de Arafat che
a imagem viesse perseguida e censurada. Com Hamas é ainda pior », sustem
Eyad Sarraj, conhecido psiquiatra da cidade de Gaza. E há um outro dado
que está emergindo cada vez mais evidente visitando clínicas, hospitais e as
famílias das vítimas do fogo israelense. Na realidade o número deles aparece
muito mais baixo dos quase 1300 mortos, além de cerca de 5.000 feridos,
relatados pelos homens do Hamas e repetidos por oficiais da Onu e da Cruz
Vermelha local. «Os mortos podem ser não mais do que 500 ou 600. Na
maioria rapazes entre 17 e 23 anos recrutados das filas do Hamas, que os
enviou literalmente ao massacre», nos diz um médico do hospital de Shifah
que não quer ser citado de forma nenhuma, com risco de vida . Um dado
também confirmado por jornalistas locais: «Já assinalamos aos chefes do
Hamas. Porque insistem em aumentar as cifras das vítimas? É também estranho
que as organizações não governamentais, também ocidentais, as reportam sem
verificação. No final a verdade poderia vir à tona. E poderia ser como em
Jenin em 2002. Inicialmente falou-se de 1.500 mortos. Depois veio a tona
que eram apenas 54, dos quais, pelo menos 45 guerrilheiros caídos em
combate».
Como se chegou a estes valores? «Tome-se o caso do massacre da família Al
Samoun do bairro de Zeitun. Quando as bombas golpearam suas casas,
reportaram que haviam ocorrido 31 mortes. E assim foram registrados pelos
oficiais do Ministério da Saúde controllado pelo Hamas. Mas depois, quando
os corpos foram efetivamente recuperados, a soma total foi dobrada para 62
e assim foram passados ao computo dos balanços totais», explica Masoda Al
Samoun de 24 anos. E ainda há um detalhe interessante: «Para confundir as
versões foram também incluídos os pelotões especiais israelenses. Os homens
deles estavam disfarçados de guerrilheiros do Hamas, tanto com faixa verde
amarrada na fronte com a escrita típica: não há outro Deus a não ser
Allah e Maomé é seu Profeta. Se infiltravam nos " vicoli"para criar o
caos. A nós ocorreu gritar para que eles fossem embora, temiamos as
represálias. Mais tarde entendemos que eram israelenses». Basta visitar
qualquer hospital que as contas não batem. Muitos leitos estão livres no
Hospital de Europeu de Rafah, um daqueles que deveriam estar mais
envolvidos com as vítimas da guerra dos túneis. O mesmo vale para o
Nasser de Khan Yunis. Somente 5 leitos dos 150 do Hospital privado
Al-Amal estão ocupados. na cidade de Gaza foi evacuado o Wafa, costruido
com as doações «beneficientes islâmicas» da Arabia Saudita, Qatar e outros
países do Golfo, e bombardeado por Israel em fins de dezembro. O Instituto
é sabidamente conhecido como quartel "roccaforte" do Hamas, aqui se
recuperaram os seus combatentes na guerra civil com Fatah em 2007. Os
outros estavam no Al Quds, por sua vez bombardeado no meio da segunda semana
de janeiro.
Narra este fato Magah al Rachmah, 25 anos, habitante a poucas dezenas de
metros dos quatro grandes palácios do complexo de saúde hoje seriamente
danificado. «Os homens do Hamas haviam-se refugiado sobretudo no palácio
que hospeda os oficias administrativos do Al Quds. Usavam as ambulâncias e
haviam obrigado os motoristas e enfermeiros a tirarem os uniformes com os
símbolos dos paramédicos, assim podiam confundir-se melhor e fugir aos
cercos israelenses». Isto tudo reduziu da mesma forma, o número de leitos
disponíveis entre os institutos de Saúde de Gaza . Até o Shifah, o maior
hospital da cidade, está muito de longe de registrar que tudo está revelao.
Ao em vez disso, parecem densamente ocupados os seus subterrâneos. «O Hamas
havia escondido alí as células de emergência e a sala de interrogatórios
para os prisioneiros do Fatah e da frente laica de esquerda que haviam sido
evacuados da prisão bombardeada de Saraja», dizem os militantes da Frente
Democrática pela Libertação da Palestina. Foi uma guerra interna entre
Fatah e Hamas. As organizações humanitárias locais, por mais que fossem
controladas pela OLP, contam que ocorreram «dezenas de execuções, casos de
tortura, raptos nas últimas tres semanas» perpetrados pelo Hamas. Um dos
casos mais notáveis é o de Achmad Shakhura, 47 anos , habitante de Khan
Yunis e irmão de Khaled, braço direito de Mohammad Dahlan (ex chefe dos
serviços de segurança de Yasser Arafat hoje em exílio) que foi raptado por
ordem do chefe de polícia secreta local do Hamas, Abu Abdallah Al Kidra,
assim torturado , teria tido o olho direito extirpado, e por fim, teria sido
morto em 15 de janeiro.
Lorenzo Cremonesi
21 janeiro 2009(última modificação: 22 janeiro 2009)
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