RESAZ: [forum-prof] Segue a resistência contra a desinformação persistente e racista
Abraham Zakon
azakon2 at globo.com
Wed Jan 14 08:35:17 BRST 2009
-----Mensagem original-----
De: forum-prof-bounces at if.ufrj.br [mailto:forum-prof-bounces at if.ufrj.br] Em
nome de Giuseppe Cocco
Enviada em: quarta-feira, 14 de janeiro de 2009 00:19
Para: 'forum-prof'
Assunto: [forum-prof] [Fwd: Segue a resistência]
Material interessante
Caros,
segue a resistência entre os judeus. Cabe perguntar porque a mídia não
mostra isso. Por que a gloriosa TV Brasil não se comporta como uma
alternativa e não sai da sua preguiça jornalística para mostrar a nota
do ASA por exemplo? Talvez, na lógica das corporações de comunicação
seja melhor mesmo reduzir tudo a uma luta judeus x palestinos, e não a
uma luta anti fascista, ou simplesmente uma luta pela vida.
Abs,
Guéron
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Várias pessoas já responderam à nota da ASA, elaborada por quem nunca foi a
Israel e não conhece a sua realidade local, assim como vários membros da
presente lista de discussão, que deve falar da violência das favelas, sem
nunca ter entrado numa delas e convivido com as pessoas. E que não tem
nenhuma solução construtiva e pacífica para esses problemas senão a do
extermínio daquelas que combatem a violência da forma merecida.
De fato, a cada mensagem dos opositores de mais uma guerra de defesa de
Israel, fica evidente que alguns membros dessa lista da UFRJ detestam ou
odeiam judeus e querem pretexto para uma nova campanha anti-semita. Querem
importar o ódio dos islâmicos radicais para o Brasil. As evidências são
claras.
O fato de Israel defender-se - mesmo depois de vários anos sendo atacado
pelos racistas do Hamas, que lutam inicialmente contra judeus, mas também
não perdoam os cristãos - é inaceitável para aqueles que entendem que os
judeus devem continuar submissos aos outros povos, desde que o Império
Romano executou os fatos narrados no Novo Testamento Bíblico.
A resistência dos israelenses é aprovada por mais de 78% da população de
Israel que vive lá. Foi a primeira vez que os reservistas foram convocados,
com apenas uma deserção entre milhares que imediatamente se apresentaram ao
serviço. Eles realmente aprenderam a lição do outrora sul do Líbano, hoje
Estado Hizbulah (ou terceira área palestina).
O povo israelense é esclarecido e desfruta a única democracia do Oriente
Médio, onde os governantes são eleitos e se afastam do poder quando o povo
decide. Todos os soldados e soldadas receberam educação completa até o nível
secundário. Depois que servem o exército, viajam pelo mundo.
A mídia de Israel é copiada e traduzida pela mídia externa e retransmite os
protestos do mundo inteiro para seus cidadãos e para quem quiser consultar
seus noticiários. Quem quiser pode consultá-la e vão encontrar notícias e
comentários de toda a espécie, porque lá existe democracia.
A luta deles (israelentes) é contra o terrorismo teocrático apoiado pelos
fascistas daqui travestidos de humanistas e pacifistas, que não tem a menor
idéia do radicalismo islâmico do Hamas, Hizbulahh e da Fraternidade
Muçulmana e seus assemelhados como a Al Qaida.
Por outro lado, existem judeus como eu e alguns milhões que não conheceram
mais de 80% dos seus familiares mortos por ditaduras nazistas e fascistas, e
que souberam que alguns covardes faziam o papel de bedéis nos campos de
concentração para tentar - ilusoriamente - salvar sua própria pele. Meus
pais conseguiram sobreviver e quem disser que não existiu o Holocausto é
capaz também de dizer que Martin Luther King nunca existiu e foi invenção
dos judeus ou negros americanos.
Esses covardes existem em todos os lugares do mundo, no Canadá, no Brasil,
Argentina, Europa e querem que os judeus sejam estraçalhados em Israel pelas
bombas dos terroristas ou exércitos vizinhos para depois completar o serviço
que Hitler gostaria de fazer no mundo inteiro.
Aliás, Hitler tratava os outros povos como raças inferiores e as pessoas
aqui se esquecem dos brasileiros que foram lá na Europa acabar com esse
racismo que viceja em pequena escala no ambiente universitário, porque iria
alastrar-se para além da Europa e Norte da África.
Já que Vocês iniciaram essa discussão preconceituosa citando artigos de
outros autores, tenham a coragem de ler o que o analista abaixo
apresentou-nos na imprensa brasileira.
Abraham Zakon
Dê a Israel uma oportunidade
RAFAEL L. BARDAJÍ
especial para a Folha Online
Nenhuma nação sobre a Terra aceitaria ser bombardeada permanentemente por um
território vizinho e permanecer impassível. A atuação do castigo israelense
contra o Hamas em Gaza, não deveria ser, portanto, uma surpresa.
O que é verdadeiramente surpreendente é isso não ter acontecido muito antes.
Israel aguentou o que não se pode aguentar: mais de 4 mil foguetes
palestinos que, se não causaram mais mortes, foi em boa medida devido ao
imenso esforço realizado na proteção passiva --em forma de bunkers-- das
populações do sul de Israel.
Exigir que Israel pare suas operações militares é uma imoralidade, assim
como um gravíssimo erro estratégico. O objetivo político da União Europeia e
da comunidade internacional não deve ser um cessar-fogo, mas sim um fim ao
terrorismo que vem de Gaza.
A manipulação midiática a que nos acostumaram as facções palestinas,
terroristas ou não, está novamente em marcha, oferecendo as imagens do
sofrimento de seu povo, desgraçadamente inevitável em qualquer confronto
bélico.
Ela é tão hábil que faz esquecer o sofrimento que os terroristas palestinos
têm imposto a uma boa parte da população israelense. Até a retirada total de
Israel de Gaza em 2005, o Hamas justificava os ataques suicidas e por outros
meios como um instrumento necessário para lutar "contra a ocupação
israelense".
Pois bem, desde que Sharon decidiu deixar Gaza para os palestinos, o único
israelense na faixa foi o soldado Gilad Shalit, sequestrado faz dois anos
pelos militantes de Gaza. Sem exagero, o fato de Israel já não ser uma
"força ocupante" não diminuiu a ânsia por violência do Hamas e de outros
grupos palestinos em Gaza. Por uma razão muito simples: o que o Hamas quer
não é a solução de dois Estados convivendo pacificamente um junto ao outro.
O islamismo palestino aspira a um único Estado, palestino e islâmico. Por
isso não quer nem pode renunciar ao seu objetivo de eliminar Israel. E por
isso Israel se vê forçado a se defender. Se não o fizesse, simplesmente
deixaria de existir.
Como em toda a guerra, não faltaram os corifeus clamando aos céus por causa
da desproporção da resposta militar israelense. Não sabemos o que propunham
como alternativa, mas o que sabemos é que não apenas a atuação das Forças
Armadas Israelenses, a IDF, tem sido escrupulosa em relação ao direito de
guerra, mas também está sendo altamente eficaz quanto a discriminação de
seus alvos.
Certo, em toda ação bélica existe o risco de causar baixas civis inocentes,
mas, pelo que contam os observadores no local e a sacrossanta instituição
das Nações Unidas, talvez menos de 10% das vítimas poderiam ser consideradas
como vítimas inocentes. O resto, 90%, seriam membros e militantes do Hamas.
O que quer dizer, entre outras tantas coisas, que a execução dos ataques
israelenses foi mais bem preparada do que as ações da OTAN no Afeganistão,
por exemplo, onde a proporção de mortes por erro é bastante mais alta.
Em suma, Israel tem o direito de se defender e o faz da melhor forma
possível, com justiça, legitimidade e proporção. Enquanto luta contra os
terroristas de Gaza, permite que a ajuda humanitária flua até os palestinos
da região.
E é preciso lembrar que, se hoje Gaza está na situação precária em que se
encontra, isso se deve à péssima gestão dos líderes do Hamas, muito mais
interessados em aterrorizar os israelenses do que em criar oportunidades
para os seus eleitores.
Porque seria um erro estratégico pressionar Israel para que pare sua
ofensiva agora? Por uma razão muito simples: porque acabar com os arsenais e
os foguetes do Hamas não é suficiente e é isso o que os bombardeios da IDF
têm feito até agora.
Foi Douglas MacArthur quem disse que "na guerra não há substituto para a
vitória". Com a exceção da derrota, claro. E se há uma lição que devemos
aprender com os conflitos inacabados ou mal-acabados, como a guerra de
Israel contra o Hizbollah no verão de 2006, é que a ausência de uma vitória
clara e visível, isto é, a ausência de uma vitória decisiva, se torna
rapidamente uma derrota.
A sobrevivência do Hizbollah foi entendida pelos seus e por boa parte do
mundo árabe como uma derrota israelense. Correto ou não, isso é o de menos.
A imagem é o que importa. Por isso, acabar com os foguetes do Hamas não é
suficiente. Deve-se retirar dele por completo o sentimento de vitória e,
para isso, há que se conseguir com que eles desistam de seus planos.
Se a comunidade internacional dá esperanças aos dirigentes do Hamas de que,
se aguentarem um pouco, obrigarão Israel a parar suas ações, a única coisa
que se estará fazendo é alimentar seu sentimento de vencedor. Pior ainda, se
estará patrocinando diretamente os palestinos radicais em detrimento dos
moderados, aqueles com quem se pode falar de uma solução pacífica para
todos. Se o Hamas não sai derrotado politicamente, a Autoridade Palestina,
seu presidente, Abbas, e o governo de Salam Fayyad é que sairão derrotados.
Se o Hamas não for derrotado, pode vir a ter força para tentar um golpe na
Cisjordânia, similar àquele feito contra o poder em Gaza em 2007. Isso sim
seria o final de todo o processo de paz. Se o contrário ocorre, se o Hamas
sai claramente derrotado, será aberta uma nova oportunidade para que a
Autoridade Palestina retome seu papel na faixa de Gaza, que é hoje, de fato,
um Estado palestino separado.
Por último, não podemos esquecer que, apesar de Israel estar lutando para
defender a tranquilidade das populações vizinhas a Gaza, a derrota do Hamas
não só traria novas oportunidades para uma paz estável na região, mas também
representaria um grave revés para os desígnios do Irã na região.
Nesse sentido, não podemos esquecer que Israel não luta apenas por sua
segurança, mas também o faz pela nossa, europeus e ocidentais. Deter um Irã
cada dia maior, mais irresponsável, mais provocador e às portas de se tornar
uma potência atômica só pode beneficiar a paz internacional. Ou seja, nossa
paz e nossa segurança.
Rafael L. Bardají é membro sênior do GEES (Grupo de Estudos Estratégicos) e
ex-conselheiro executivo do ministro da Defesa espanhol de 1996 a 2002. O
GEES é um grupo de estudos independente com sede em Madri, Espanha, cujo
foco de trabalho e pesquisa recai principalmente sobre a segurança
internacional, os conflitos e o terrorismo.
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