[forum-prof] novo ranking de universidades

Luis Paulo Vieira Braga lpbraga at im.ufrj.br
Mon Sep 8 23:40:36 BRT 2008


Melhores instituições de ensino superior são privadas, diz MEC
Novo índice condensa desempenho de graduação e de pós; USP e Unicamp não se 
submeteram à avaliação

SÃO PAULO - O Ministério da Educação divulgou seu ranking provisório das 
instituições brasileiras de ensino superior, com notas em uma escala que 
varia de 0 a 500, e conceitos que vão de 1 a 5. Das dez primeiras 
instituições, só aparecem duas públicas: o ITA, em quinto lugar, e Unifesp, 
ocupando o sétimo. As quatro primeiras escolas da relação são privadas; três 
da FGV (Rio e São Paulo) e uma de Campinas, a Faculdade de Odontologia São 
Leopoldo. USP e Unicamp não tomaram parte na avaliação. 
 
Esse é um quadro diferente do costuma aparecer nas avaliações oficiais, e 
que pode ter sido causado pelo desempenho dos cursos de pós-graduação. A 
avaliação, que está sendo chamada de Índice Geral de Cursos (IGC), condensa 
conceitos atribuídos tanto a cursos de graduação quando aos de mestrado e 
doutorado, em valores contínuos e em faixas que vão de 1 a 5. 

No total, nove instituições tiveram conceito 1 (uma de São Paulo, Faculdade 
de Desenho Industrial de Mauá), 445 tiveram conceito 2 (116 de São Paulo), 
852 tiveram conceito 3 (217 de São Paulo), 121 tiveram conceito 4 (121 de 
São Paulo) e 21 tiveram conceito 5 (10 de São Paulo).

Estão na lista 1.837 instituições, sendo 389 sem conceito. No total, foram 
21 instituições na faixa de nota que corresponderia a 5. 

Será com base no resultado final do Índice Geral de Cursos (IGC), que só 
estará pronto daqui a um ano, que o Ministério da Educação (MEC) vai 
promover um novo credenciamento das instituições de ensino superior. As 
instituições com notas baixas poderão ser descredenciadas. O índice 
divulgado nesta segunda-feira, 8, é provisório e o indicador de qualidade 
das instituições será definitivo somente após a visita in loco dos 
especialistas do MEC a todas as 173 universidades, 131 centros 
universitários e 1144 faculdades isoladas e integradas que receberam 
conceitos do MEC. As visitas serão feitas ao longo dos próximos 12 meses. 

"Esse indicador serve de guia tanto para os estabelecimentos quanto para os 
especialistas do MEC que vão fazer as visitas in loco. A nota divulgada 
agora vai servir de guia, de orientação para as visitas", disse ontem o 
ministro da Educação, Fernando Haddad, ao divulgar o ranking das melhores 
universidades e faculdades do País. "O MEC tem 12 meses para recredenciar 
todas as instituições. O objetivo desse indicador é melhorar a qualidade do 
ensino superior", completou.

Daqui a um ano, as instituições que receberem notas 1 e 2 terão de assinar 
termo de compromisso com o MEC comprometendo-se a melhorar nos itens 
considerados ruins. Se a instituição teve nota baixa, por exemplo, por ter 
um corpo docente com poucos doutores, ela poderá comprometer-se a contratar 
professores com mais títulos acadêmicos. "A instituição assina o termo de 
compromisso de que vai sanear a deficiência. No limite, ela poderá ser 
privada de sua autonomia ou até descredenciada", explicou o ministro. As 
instituições que obtiveram notas acima de 3 vão ser todas visitadas pelo MEC 
e terão seu credenciamento renovado. 

Na avaliação do ministro Haddad, um dos motivos para as instituições 
federais terem um bom desempenho deve-se ao corpo docente. "Infra-estrutura 
é um elemento importante que é levado em conta para compor o ICG, mas não é 
o único. A valorização do professor talvez explique a melhor performance das 
federais", disse o ministro. 

Pelo IGC provisório, a maioria das universidades recebeu nota 3. "Isso é 
normal. As instituições grandes tendem a convergir para a nota 3, enquanto 
as menores ficam com notas 1 e 2, ou então, com notas 4 e 5. São nas 
instituições com um só curso que vamos encontrar mais notas 4 e 5", afirmou 
Reynaldo Fernandes, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas 
Educacionais. 

Segundo o ministro Haddad, o MEC já esperava que as faculdades isoladas 
ficassem com o maior percentual de notas 1 e 2. "É natural que as 
instituições com mais tradição apresentem os melhores indicadores", 
disse. "Agora não tem cabimento comparar o indicador de uma universidade com 
o de uma faculdade que tem um único curso", ponderou Haddad.

O IGC servirá também de base para o MEC decidir se concede ou não a criação 
de novos cursos para as instituições de ensino superior. "Se uma determinada 
instituição tem cinco cursos e recebeu uma nota baixa do IGC e pede a 
abertura de um novo curso, o MEC não tem motivos para conceder essa nova 
autorização", disse Haddad. "O grande desafio é ampliar a atividade mantendo 
a qualidade", concluiu.

(Com Eugênia Lopes, de O Estado de S. Paulo)



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