[forum-prof] tentativa de tumul tuar a realização da AG de fundação do PROIFES
Lilia Prado
lilia at ov.ufrj.br
Mon Sep 8 17:32:33 BRT 2008
==========================================
Fracassa tentativa de tumultuar a AG de fundação do PROIFES-Sindicato.
Como já noticiado, o credenciamento para a AG de fundação do Sindicato de
Professores do Ensino Superior Público Federal (Universidades Federais) ficou
aberto, no local do evento, das 8h às 12h e das 14h às 15h. Havia duas mesas
disponíveis.
Até as 14h45 nenhum docente vinculado à ANDES se apresentou para
credenciamento. Aproximadamente 15 minutos antes do início da AG, entretanto,
um conjunto de pessoas se postou à porta da entidade. Foi informado então a
essas pessoas que o credenciamento estava aberto e que, após a constatação da
qualidade de professor de universidade federal, iriam ter acesso ao auditório.
Um professor apresentou contracheque e identidade e subiu para o auditório da
CUT, onde se realizaria a AG, constatando a maciça presença de cerca de 120
professores de todo o Brasil. Outros oito docentes vinculados à ANDES, na
seqüência, também se credenciaram. Após isso, por ordens recebidas dos que
estavam fora, parte dessas pessoas se retirou.
É importante registrar, a este ponto, que é falsa qualquer afirmativa (como a
já feita pela ANDES em notícia recém divulgada) de que houve impedimento de
entrada de docentes portadores de documentos comprobatórios. Essa tentativa de
enganar a opinião pública pode ser desmascarada com facilidade, pois a
histórica fundação do PROIFESSindicato foi filmada por várias câmaras, cujas
imagens demonstram exatamente o contrário.
A técnica utilizada pelos apoiadores da ANDES, numa tentativa desesperada de
impedir golpistamente a realização da AG, foi a de comparecer minutos antes do
seu início ao local anunciado no Edital, com um grupo de pessoas que constava
muito provavelmente de umas poucas dezenas de professores, acompanhados de
militantes de partidos políticos bem como de lideranças estudantis
(possivelmente as mesmas usadas pela entidade como massa de manobra para
invadir reitorias contra o REUNI) e de outros movimentos.
Pondere-se que, se desejassem mesmo participar, os professores interessados
teriam vindo muito antes, sabendo, como cidadãos informados que o são, que
seria necessário chegar à AG com tempo suficiente para que fosse verificada,
um a um, a sua condição de professores universitários federais.
Por qual razão obscura dirigiram-se ao local do evento pouco antes do seu
início e, coincidentemente, todos de uma vez?
A resposta é simples: a intenção não era a de participar, já que, em número
muito inferior, iriam apenas legitimar a AG de fundação.
A maior demonstração objetiva de que o número de professores vinculados à
ANDES era bem inferior aos cerca de 120 docentes que votaram presencialmente a
favor da fundação do PROIFES-Sindicato é que, em Reunião do Setor das Federais
convocada pela ANDES para os dias 5 e 6 de setembro, por coincidência na
cidade de São Paulo, reunião essa que terminou às 12h do dia 6, estiveram
presentes menos de 80 professores federais.
Portanto, o verdadeiro motivo é o seguinte: inferiorizados numericamente, e
sabedores disso, os professores vinculados à ANDES dirigiram-se ao local
minutos antes do início da AG, fazendo-se ruidosamente acompanhar de seus
colegas de partidos políticos e movimentos populares, os mesmos que se
beneficiam da apropriação da máquina da ANDES por esses grupos.
Tratou-se, pois, de uma tentativa de impedir a realização da AG ou de invalidá-la.
A tática adotada tinha possivelmente, como um de seus objetivos, o de
conseguir que, no meio da confusão instalada, pessoas não pertencentes à
categoria entrassem na AG, invalidando o evento, ao votar sem ser professores.
Não sendo isso permitido, poder-se-ia então alegar que houve impedimento da
entrada dos professores presentes essa é a provável linha de raciocínio
adotada.
A organização da AG de fundação, evidentemente, tinha a obrigação e o dever
de, a bem da lisura e da legalidade das votações, exigir a comprovação da
condição de professores universitários dos que viessem a entrar. E isso foi
feito, com toda a tranqüilidade.
Logo depois saírem do local da AG os participantes da tentativa infrutífera de
desestabilização do evento realizaram um ato público no meio da rua, com
assinaturas apostas em uma ata improvisada que não tem nenhum valor jurídico
e tão pouco qualquer credibilidade. Tanto é verdade que no grupo que se postou
à frente da porta da CUT estava muita gente que não era professor
universitário é que, nesse ato público, discursaram, por exemplo, lideranças
estudantis do Conlute e o presidente da Conlutas, José Maria de
Almeida, do PSTU, ex-candidato derrotado a presidente da república.
Finalmente, é importante ressaltar que a ANDES falta com a verdade em vários
trechos de seu documento publicado ontem, 7 de setembro de 2008, entre os
quais destacamos o que se refere ao fato de que a mesa organizadora proibiu
qualquer manifestação. Isso não aconteceu, conforme demonstram as imagens
gravadas. Ridícula também é a reclamação de que o evento foi submetido a
filmagem procedimento absolutamente natural e desejável (como faz sempre a
ANDES, por exemplo). E patética é a declaração de que a exigência de
apresentação de identidade e contracheque, necessária à comprovação da
condição de professor universitário federal, bem como a qualificação dos
votantes (exigida para registro civil da entidade, em cartório), constituíram
uma série de impedimentos e constrangimentos.
A tentativa de tumultuar a realização da AG de fundação do PROIFES redundou,
pois, num retumbante fracasso.
===================================================
More information about the Forum-Prof
mailing list