[forum-prof] Puc-SP une direito e cinema e a ufrj?
JOSE RIBAS VIEIRA
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Sun Sep 7 10:44:00 BRT 2008
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São Paulo, domingo, 07 de setembro de 2008
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Curso da PUC une cinema e direito
Aulas começam no dia 16; estudantes verão filmes para discutir como
questões jurídicas aparecem na ficção
O curso de extensão terá docentes de várias áreas; debates trarão temas
como tribunal do júri, liberdade de expressão e pena de morte
FERNANDA CALGARO
DA REPORTAGEM LOCAL
Agora, só falta a pipoca. A sala de aula dará lugar a um auditório e as
carteiras, a poltronas acolchoadas. Inspirada no interesse que o cinema
desperta, a PUC-SP, uma das principais universidades da cidade, criou um
curso que pretende unir o mundo jurídico ao cinematográfico. A idéia é ver
como o direito aparece na ficção.
O curso de extensão universitária é voltado para profissionais do direito,
comunicação social e ciências sociais.
"O uso do cinema como recurso didático é corriqueiro, mas um curso de
especialização com esse enfoque é inédito", afirma Cláudio José Langroiva
Pereira, coordenador do curso recém-criado.
As inscrições para as aulas, que começam no próximo dia 16, ainda estão
abertas.
Os alunos assistirão a trechos de filmes com enredo relacionado ao
direito. Os longas servirão de estímulo para os debates, que abordarão
tópicos como segurança pública, erro judiciário, julgamento, tribunal do
júri, liberdade de expressão, pena de morte, racismo, poder judiciário
brasileiro e também direitos humanos.
Questões éticas
"Outro aspecto que o cinema impõe ao público são os questionamentos
éticos", diz Antônio Carlos Malheiros, desembargador e docente da PUC-SP.
"No filme "Justiça para Todos", por exemplo, o personagem vivido pelo
[ator] Al Pacino é um advogado idealista, que defende um juiz acusado de
estupro. Por [ser] um drama de consciência, ele entrega o próprio cliente
no julgamento. Eu me recordo que o [público do] cinema aplaudiu a cena.
Mas isso é uma tragédia. O advogado pode desistir de fazer a defesa de um
cliente, mas não pode traí-lo em pleno julgamento", analisa Malheiros, que
tem em casa mais de 3.000 títulos de DVDs. "Sou um verdadeiro aficcionado
por cinema."
"Mais do que entretenimento, o cinema é um recurso pedagógico muito útil.
Ensinar o conteúdo assim fica mais atraente", afirma Arnaldo Godoy,
professor de direito da Universidade Católica de Brasília e do Iesb
(Instituto de Educação Superior de Brasília).
Segundo o coordenador do curso da PUC, a intenção é mais debater as
situações do direito encontradas no filmes do que apontar erros. "As
imprecisões são cada vez menos freqüentes", afirma Langroiva Pereira.
Para a produtora de cinema Mariza Leão, manter-se fiel à realidade em
obras não-ficcionais é importante para dar veracidade ao enredo.
O filme mais recente produzido por ela foi "Meu Nome Não é Johnny", um dos
que serão usados pela PUC-SP. "Comprei os direitos autorais do livro
homônimo, li o processo do caso, com 600 páginas, e escrevi 14 versões
para o roteiro", conta. Para evitar incorreções, ela teve ao seu lado uma
equipe de consultores jurídicos. "É importante, inclusive, para saber como
posicionar os atores nas cenas de tribunal."
O corpo docente do curso oferecido pela PUC será interdisciplinar e
envolverá professores de direito, comunicação social, psicologia, educação
e economia, entre outros.
A carga horária de 96 horas será distribuída em duas aulas por semana, com
quatro horas cada uma, por três meses. O valor total do curso é de R$
3.512. À vista, fica em R$ 3.372.
A PUC-SP pretende que essa extensão vire um dos módulos do curso de
especialização em direito e comunicação social que deve começar a ser
oferecido no ano que vem. Os créditos da extensão serão computados.
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Serviço: "Direito e Cinema: A Imagem do Direito na Ficção", Cogeae/
PUC-SP, r. da Consolação, 881; 0/ xx/11/3670-3300; www.pucsp.br/cogeae ou
infocogeae at pucsp.br.
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