[forum-prof] Vida e morte de um recurso Severino

Luis Paulo Vieira Braga lpbraga at im.ufrj.br
Thu Jan 4 14:06:50 BRST 2007


Vida e morte de um recurso Severino


	Vale o chavão, o importante não é chegar, mas a caminhada. No afã da 
aprovação açodada das normas internas para progressão ao nível de associado, 
recorri contra a decisão do Conselho de Coordenação do CCMN de 18/09/2006, 
que não incluiu no perfil de atuação desejado do Grupo II – Produção 
Intelectual – o item livro.   O recurso foi encaminhado no dia 25/09/2006 
diretamente ao gabinete do Reitor porque o CCMN já havia aprovado as normas e 
as mesmas seriam ratificadas pelo CONSUNI.
	A Comissão de Legislação e Normas (CLN) do CONSUNI entendeu que o 
Conselho de Coordenação do CCMN deveria se manifestar a respeito e no dia 
28/09/2006 encaminhou o processo para o Centro. Essencialmente a manifestação 
do Centro, em 25/10/2006, consistiu em descrever que os procedimentos 
adotados respeitaram as decisões das Congregações de Unidades e que o item 
livro por estar elencado no perfil adicional poderia até valer mais que um 
artigo internacional.
	A CLN do CONSUNI se declarou satisfeita com as explicações dadas, 
ressaltando que foram decisões democraticamente tomadas e que não feriam a 
legislação pertinente. Ressaltou, entretanto, que dado que a pontuação do 
item livro hipoteticamente poderia ou não ser valorizada, recomendou que o 
item livro fosse avaliado positivamente nos moldes da manifestação expressa 
no parecer do Centro e que, no futuro, o Centro considerasse a possibilidade 
de inclui-lo no  perfil desejado do Grupo II. O parecer data de 9/11/2006. Em 
23/11/2006 o CONSUNI aprova o parecer da CLN excluindo as duas últimas 
recomendações.
	De lá para cá muita água rolou, um grupo de professores do CCMN, que 
se julgaram prejudicados pelas pontuações atribuídas pelas bancas, 
recorreram, e ganharam o direito à progressão. Um dos dirigentes de Unidade 
do Centro admitiu, publicamente, que os critérios estavam restritos demais. 
E, agora, de posse da pontuação da banca que avaliou os candidatos de meu 
departamento no IM, constato que um professor recebeu 63,33 pontos no item 
artigos internacionais ! Enquanto que no item livro nenhum dos candidatos 
recebeu mais do que 3,33 pontos.  Exatamente a tendência que eu pressentia, e 
que foi hipoteticamente negada na manifestação do Centro, e cabalmente 
desmentida pelos fatos.
	Decisões, hipoteticamente, tomadas, democraticamente, não estão 
isentas de tendenciosidade, inconsistência ou erro. Senão não haveria 
necessidade da lógica, nem do experimento, o que parece ter faltado no caso. 
Finalmente, mas não menos importante, é a crítica ao corporativismo de 
quarteirão que se pratica na UFRJ, que relega a segundo plano princípios e 
estratégias. Este pensamento pequeno está reduzindo o país e suas 
instituições maiores a uma feira de Caruarú.   


Prof. Luis Paulo
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