[forum-prof] esquizofrenia elitista

lilia at ov.ufrj.br lilia at ov.ufrj.br
Thu Jan 6 20:02:08 BRST 2005


esta ja' ai'  a nossa midia (e com a "aprovacao" dos academicos e de certas ADs,
fazendo o papel historico da desvalorizacao da "excelencia academico-numerica") ....
 
por que nao pensamos em densidade de doutores em relacao aa area do pais?
ou as areas se restringem pontualmente ao "eixo" sudeste maravilha ou nordeste?

novamente é  o caso de questionar se nao sao os projetos individuais os capazes
de criar novos grupos (onde nao havia nada) e novas mentalidades . 

Mario Schenberg nao conseguiu, aa epoca que solicitou, convencer o gov que
estados solidos teria um futuro brilhante ... frustrou-se ... mas vejam sua
trajetoria.

sao muitas as dificuldades de se comecar do "nada", mas certamente resultara em
historias bem mais interessantes e contextualizadas aa realidade do pais. 

certamente as densidades locais de esquizofrenia elitista sao altas... 

l.

++++++++++++++
6/1/2005
Fonte: 	

Jornal do Brasil 
 
Elite sem emprego


Os planos do governo para até 2010 dobrar o número de doutores formados esbarram
num problema que vem preocupando representantes da comunidade científica: evitar
que a enxurrada de cientistas saídos dos programas de pós-graduação engrossem a
fila de desempregados brasileiros ou, no mínimo, acabem confinados à dependência
das poucas e disputadíssimas bolsas concedidas pelas agências de fomento.

O Brasil está preparado para absorver tanta gente? - perguntam-se cientistas
atentos às crescentes dificuldades que jovens e recém-doutores têm de encontrar
vaga no mercado de trabalho. No fim do primeiro ano de mandato do presidente
Lula, o JB questionou professores, estudantes, governo e a Sociedade Brasileira
para o Progresso da Ciência (SBPC) sobre o tema. Não ouviu números precisos. Mas
sobraram histórias de gente que dedicou anos de estudo no mestrado e no
doutorado e não achou emprego compatível com a formação. O problema persiste, e
não está somente no setor público.

Especialistas afirmam que um dos nós está na pouca capacidade do setor produtivo
nacional de criar a chamada inovação, palavra repetida por nove entre 10 grandes
empresários no Brasil, mas efetivamente pouco implementada. A comunidade
científica reclama, por exemplo, que os jovens cientistas brasileiros
dificilmente são chamados a contribuir para a inovação científica e tecnológica
nas empresas.

Em outras palavras: para os cientistas, é boa a idéia do governo de estimular
áreas como engenharia, ciências e computação. Mas falta combinar com a outra
ponta da história: o empresariado. Sem estes, dizem estudiosos, a conta não
fecha. O problema, porém, não está no aumento do número de pessoas com
treinamento acadêmico qualificado, mas na ausência de cultura de incentivo à
pesquisa e inovação no mundo empresarial. Do total de brasileiros formandos na
década de 90, por exemplo, 68,8% dos doutores e 34,5% dos mestres foram para as
universidades. Enquanto isso, as empresas absorveram 21,1% dos mestres e apenas
5,9% dos doutores. 






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