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Tue Jul 27 21:30:50 BRT 2004


Tres noticias: fim de greve em SP, greve de tecnicos administrativos 
atrapalhando estudantes e ode aa greve no final.

(e' preciso discutir a questao de cotas - voltarei a esse assunto em outra msg)

Lilia.
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27 de julho de 2004

27/07/2004 - 17h35m
Professores universitários aprovam indicativo de suspensão da greve

Roberto Samora - Globo Online

SÃO PAULO - A greve dos professores e funcionários das universidades públicas 
paulistas - USP, Unesp e Unicamp - pode acabar na próxima quinta-feira. Nesta 
terça-feira, dia em que o movimento completa 61 dias, várias assembléias de 
docentes aprovaram indicativo de suspensão da paralisação. 

O assunto voltará a ser discutido em detalhes nesta quarta-feira, em reunião do 
Fórum das Seis (entidade que reúne as categorias), em Campinas. Depois os 
representantes dos grevistas se reúnem com integrantes do Cruesp, que congrega 
os reitores. 

A paralisação, no entanto, deve continuar até quinta-feira, pelo menos, quando 
novas assembléias devem ocorrer para confirmar o fim da greve. Os docentes e os 
funcionários querem que os reitores se comprometam a não punir aqueles que 
fizeram greve, como condição para encerrar o movimento. Eles reivindicam que o 
calendário de reposição de aulas - que já estaria comprometido neste ano - seja 
unificado, nas três universidades. 

No início da greve, as universidades não ofereciam reajuste. Depois de 
suspenderem negociação, os reitores voltaram a oferecer um percentual de 2% de 
aumento, negado pelos grevistas. O indicativo de suspensão do movimento só foi 
aprovado pelos docentes da USP, Unicamp e parte da Unesp depois de os reitores 
oferecerem reajuste de 2% (retroativo a maio), mais 2,14% em agosto e também 
1,6% em janeiro, dependendo da arrecadação do ICMS. Com essa proposta, estariam 
repostas as perdas inflacionárias do período entre abril de 2003 e abril de 
2004. 
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folhadirigida
27/07/2004 Bruno Garcia 
A paralisação dos técnicos-administrativos das universidades federais começa a 
causar alguns transtornos. Na UFRJ, universitários enfrentaram problemas na 
última semana para efetuar as inscrições para as disciplinas do segundo 
semestre letivo. Com os funcionários em greve, as inscrições podiam ser feitas 
apenas pela internet. Mas o sistema da instituição, por motivos técnicos, não 
suportou a quantidade de acessos, deixando os estudantes preocupados e confusos 
em relação ao início do período. Somente na última sexta-feira, dia 23, no 
final da tarde, a situação foi normalizada e as inscrições, prorrogadas. 
Segundo informativo da reitoria, o problema se deu com os computadores da rede 
interna da UFRJ, onde os alunos digitam seu nome e uma senha para efetuar 
inscrição em disciplina, além de outros serviços, como verificar notas e 
créditos. Muitos estudantes pensaram que o Núcleo de Computação Eletrônica 
(NCE) estaria realizando as inscrições, mas funcionários da unidade explicaram 
que os alunos estavam apenas utilizando os computadores da biblioteca do núcleo 
para se inscrever. E, embora os funcionários tenham afirmado que a inscrição 
estava acontecendo normalmente e que poderia ser feita em qualquer computador 
com acesso à internet, os relatos dos alunos são diferentes. 
Tiago Coutinho, estudante do mestrado de Ciências Socias do Instituto de 
Filosofia e Ciências Sociais (IFCS), confirma que as inscrições em disciplinas 
estavam totalmente bloqueadas. "Isso está nos causando muito transtorno. Mesmo 
os funcionários estando em greve, é um problema para os alunos. É uma questão 
também de falta de informação, pois disseram que a inscrição podia ser feita de 
qualquer computador. Depois veio a notícia de que só os computadores da 
universidade poderiam ser utilizados. Por último, ficamos sabendo que todo o 
sistema estava fora do ar", conta. 
Já a estudante Marcela Soares teve que passar a madrugada para conseguir se 
inscrever. Aluna do curso de Serviço Social, Marcela fez a sua inscrição e para 
mais duas amigas à noite, pois este foi o único horário em que a rede estava 
operando. "Na quarta-feira, tentei várias vezes durante o dia e não consegui. 
Por isso resolvi tentar de madrugada, pois sabia que a rede estaria menos 
congestionada". 
Na última semana, o movimento dos técnicos-administrativos completou um mês de 
paralisação. Segundo informativo da Federação dos Sindicatos de Trabalhadores 
das Universidades Brasileiras (Fasubra), apenas duas instituições federais não 
aderiram ao movimento. Entre os alunos, a expectativa é de que a greve termine 
rapidamente, para não atrapalhar o início do segundo período letivo. "Se esta 
greve demorar muito, os professores podem acabar iniciando também sua 
paralisação e isso vai atrapalhar nossas aulas", avisa Tiago. 
Os servidores lutam pela implementação do plano de carreira da categoria. Pelo 
acordo firmado, o projeto deveria ter sido apresentado em meados de junho, mas 
isso não aconteceu. De acordo com o comando nacional da greve, a paralisação 
continuará até que o projeto seja enviado ao Congresso Nacional.

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http://www.andes.org.br

Fórum das Seis: Greve conquista reajuste e política salarial
27/7/2004        - Boletim da ADUNESP

Fórum das Seis: Greve conquista reajuste e política salarial
Nada como um dia após o outro e uma noite de real negociação no meio. Como 
disse o Prof. Trindade, em entrevista à Rádio Unesp, o movimento da greve 
estava "numa rua sem saída". Realmente sem saída, porém para os reitores. A 
forte greve levou o CRUESP a romper o acordo com Zeroaldo Alckmin. Os seis ZERO 
que recebemos tinham claramente o objetivo de impor aos trabalhadores das 
universidades a política de arrocho salarial dos servidores públicos estaduais, 
imposta pelo Zeroaldo. Mais que isso, nos mais de 62 dias de greve, ficou 
evidente a tentativa do Cruesp de desqualificação do movimento de greve em suas 
ações e estratégia de luta, buscando sempre responsabilizar os sindicatos pela 
falta de compromisso com a defesa da Universidade Pública, visto que o reajuste 
de salários dos trabalhadores não era "exeqüível" e que inviabilizaria a 
manutenção das Universidades. Oras, quem não estava valorizando o maior 
patrimônio das Universidades, seus trabalhadores, era o Cruesp. 
O Fórum das Seis, desde o início das negociações em 07/05/04, apontava para a 
recuperação da arrecadação do ICMS e, portanto, era viável discutir índice de 
reposição dos salários na data base, porém a frase do Cruesp que marcou nossa 
campanha foi que o Fórum das Seis fazia "futurologia" e não era viável qualquer 
reajuste na data base. Aos poucos, os reitores abriram a possibilidade de 
discutir política salarial que também apontava para um reajuste salarial ZERO%.
Contra o ZERO a GREVE foi deflagrada e TÍNHAMOS RAZÃO. A luta dos trabalhadores 
levou, gradativamente, os reitores a mudarem o discurso - buscar desculpas, 
impor condições -, pois a arrecadação se concretizava acima das previsões do 
Fórum; até se renderem a modificar o Zero% de forma significativa. A proposta 
de reajuste e de política salarial conquistada na negociação do dia 26/07/04 
reafirma a dignidade do movimento, consolida sua disposição de luta e demonstra 
aos reitores que contra a intransigência a GREVE se mostrou, mais uma vez, como 
um instrumento legítimo dos trabalhadores. Mais que isso, este movimento não 
ficou apenas colocando os reitores na parede. Convocou o Cruesp para estar ao 
lado do Fórum das Seis, porém isso não se efetivou na prática, durante a 
discussão da LDO na Assembléia Legislativa. Esta luta buscava ampliar os 
recursos para as Universidades Estaduais Paulistas, defendendo a Universidade 
Pública de Qualidade, sua manutenção e discordando radicalmente da filosofia 
que o Cruesp defendia na mesa de negociação que, neste momento, seria o arrocho 
salarial que bancaria as Universidades, que crescem num programa de expansão 
negociado politicamente com o Zeroaldo, sem amplo debate com a comunidade e nem 
garantias de financiamento futuro.
Fruto da GREVE, temos hoje uma proposta efetiva de reajuste e política salarial 
para ser avaliada pelas assembléias, aquém, é verdade, da nossa meta, porém, 
exeqüível e com perspectiva de repormos além da inflação. Desta forma, tomando 
como princípio a unidade das entidades do Fórum das Seis, torna-se necessário 
avaliarmos nosso movimento de greve neste novo contexto. Além disso, é 
fundamental garantirmos a discussão dos outros itens da pauta unificada 
(Assistência Estudantil, Contratação de Professores e Funcionários, Expansão de 
Vagas e Reforma Universitária) e iniciarmos a projeção do movimento no segundo 
semestre internamente no âmbito das Universidades, novamente na Assembléia 
Legislativa, durante a discussão e votação da LO e em nível federal na 
discussão da reforma Universitária e Sindical-trabalhista. No caso da Unesp, 
temos ainda o processo eleitoral além de todas as questões levantadas sobre a 
transparência das contas e o projeto de expansão. A avaliação das assembléias 
neste momento é decisiva para os próximos passos do movimento, visando a 
analisarmos as conquistas presentes e articularmos unificadamente ações para 
conquistas futuras. 
A Luta continua e é constante para aqueles que em seu dia-a-dia, raciocina, 
planeja, aplica, avalia e constrói a partir da realidade concreta a defesa da 
Universidade Pública.







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