[forum-prof] Talvez a saída para a UFRJ inclua midias não-convencionais de marketing...

Felipe Coelho coelho at if.ufrj.br
Mon Jul 19 10:45:54 BRT 2004


Prezado colega

Num tom light, afinal esta semanas é de quase recesso, acabei de ver uma 
notícia de que a Escola de Samba Tradição vai ter um enredo defendendo a 
soja brasileira, em especial a transgênica. A escola vai ser apoiada pela 
Monsanto e pelo grupo Maggi (de propriedade do governador de Mato Grosso, 
do PPS). Os enredos de escola de samba estão disponíveis para aluguel para 
temas cada vez mais esdrúxulos. E pensar que a Tradição foi fundada por 
pessoas que reclamavam da desvirtuação da Portela! A soja propicia alianças 
políticas que até Deus duvida... No ano passado a Escola de Samba do 
Jacarezinho teve um enredo sobre a vida e obra de Augusto Motta, o fundador 
da SUAM (Sei disso porque um dos compositores do Jacarezinho é funcionário 
do IF.) A Império da Tijuca já teve um enredo sobre a ciência no Brasil (o 
ministro do MCT foi na quadra da escola).

Entrando no clima, quando é que vamos ter um enredo sobre a UFRJ, sobre um 
de nossos grandes nomes da UFRJ ou sobre o biodiesel (uma patente 
fundamental para a produção do mesmo veio do PEQ/COPPE/UFRJ)? Cadê a 
Minerva Assanhada, apoiada pelo professor Lessa? E fazer merchandizing em 
novela da Globo, também podia ser uma... A glória seria quando algum 
(alguma) adolescente da novela das 7 dissesse que não ia poder ir a uma 
festa porque naquele estava muito ocupado(a) estudando para o Vestibular da 
UFRJ ou que estava terminando de redigir a tese dele na COPPE/UFRJ. A saída 
para a UFRJ talvez  passe por marketing em canais não convencionais...

Um abraço, Felipe
PS: Os exemplos são um pouco exagerados, mas precisamos fortemente de ter 
marketing do nome UFRJ. Na nossa universidade quando há uma coisa boa o 
mérito é do laboratório X, do pesquisador Y ou da unidade Z. Quando 
acontece uma coisa ruim o problema é sempre da UFRJ.
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Soja vai ser enredo no carnaval carioca

Rio, 19 de Julho de 2004 - Os principais produtores de soja do Brasil vão 
usar o carnaval do Rio de Janeiro para divulgar seu produto aos mais de 60 
países que estarão ligados na festa de Momo no ano de 2005

A idéia é mostrar a capacidade do Brasil na área e a qualidade do produto, 
depois que sua imagem foi afetada este ano por um conflito com a China.

A norte-americana Monsanto e o Grupo Maggi, este último do governador de 
Mato Grosso, Blairo Maggi, serão os principais patrocinadores do enredo, 
que será desenvolvido pela Tradição e deverá custar em torno de R$ 3 
milhões, segundo o presidente da escola, Nésio Nascimento. No entanto, nem 
a Monsanto nem o grupo Maggi confirmaram a informação de que vão patrocinar 
a escola de samba.

Marketing

"O Carnaval se tornou uma divulgação estupenda para o mundo. Mais de 250 
milhões de pessoas assistem ao vivo (pela TV), e o Maggi se contagiou com o 
sucesso que foi o álcool", disse Nascimento à Reuters. O combustível foi 
tema do Salgueiro neste ano, dentro da estratégia dos usineiros de 
transformar o produto em uma commodity internacional.

No caso da soja, a idéia é mostrar o produto desde a sua descoberta na 
China e sua vinda para o Sul do Brasil, com os imigrantes, até a posterior 
expansão do plantio para o Centro-Oeste e o caminho de volta para a China, 
agora em forma de exportação.

A soja foi em 2003 o principal produto da pauta de exportação do Brasil, 
que é o segundo maior produtor e exportador do grão - atrás apenas dos 
Estados Unidos. A expectativa do setor para este ano é exportar US$ 9,8 
bilhões.

"A (imagem da) soja brasileira sofreu um pouco este ano, com o desgaste da 
China", afirmou uma fonte do setor exportador, referindo-se ao embargo 
imposto pelos chineses a partir de maio aos grãos brasileiros após o 
registro de sementes tratadas com fungicida em carregamentos do Brasil. O 
impasse com a China, o maior importador mundial de soja, deixou 
virtualmente paralisado o comércio bilateral. Para exportadores 
brasileiros, o embargo foi motivado por questões comerciais.

Nascimento afirmou que o samba-enredo vai fazer menção também à soja 
geneticamente modificada. Segundo ele, o produto "já é uma realidade hoje" 
e, por isso, "não pode ficar de fora". A soja transgênica teve seu plantio 
liberado no Brasil pela primeira vez, com restrições, no ano passado, por 
meio de Medida Provisória editada pelo Executivo.

Nova oportunidade

Filho de Natal, fundador da Portela, Nascimento está confiante na força do 
empresariado para subir algumas posições no ranking da Liga das Escolas de 
Samba (Liesa). Nos últimos anos, o melhor resultado da Tradição no Carnaval 
carioca foi o oitavo lugar em 2001.

Neste ano, mesmo com a reedição de um samba da Portela, Contos de Areia, a 
escola ficou em 12º lugar entre as 14 do Grupo Especial. "Vamos investir 
mais 50% do que no ano passado (R$ 2 milhões) e queremos nos firmar como 
uma escola média", afirmou, lembrando que a escola de apenas 20 anos 
concorre com as tradicionais e quase centenárias Mangueira e Portela.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 11)(Denise Luna/Reuters)
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