[forum-prof] Segundo o Financial Times

Prof. Luiz Eduardo luizeduardo at pharma.ufrj.br
Fri Jul 16 00:09:11 BRT 2004


>16/07/2004
>Palocci diz que vai dar autonomia ao BC após eleições no Brasil
>A dispendiosa legislação trabalhista e o corrupto sistema sindical são os 
>próximos alvos
>
>Raymond Colitt
>Em Brasília
>
>O governo do Brasil vai apresentar uma proposta polêmica até 2005 para 
>garantir a autonomia do Banco Central. A medida faz parte de uma onda de 
>reformas que o governo de esquerda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva 
>lançará depois das eleições municipais, em outubro. Outras medidas incluem 
>a desregulamentação do oneroso mercado de trabalho e a reorganização de um 
>sistema sindical corrupto, disse o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, 
>ao Financial Times.
>
>"Estou me concentrando nas medidas que vão preparar institucionalmente o 
>Brasil para crescer durante uma década ou mais sem interrupções", disse 
>Palocci. Na semana passada o Congresso aprovou uma reforma judiciária e 
>uma nova lei de falências.
>
>A proposta de autonomia do Banco Central foi abandonada no ano passado sob 
>críticas de membros da linha-dura do Partido dos Trabalhadores, no governo.
>
>Palocci afirmou que a autonomia de fato do banco precisa ser 
>"institucionalizada". A proposta daria aos diretores um mandato fixo e 
>autonomia para tentar cumprir as metas de inflação definidas pelo governo. 
>"É claro que haverá certa polêmica. Estou decidido a apresentar este 
>projeto de lei", ele disse.
>
>A nova confiança do governo se segue a fortes indicadores de crescimento 
>econômico nas últimas semanas. Palocci projeta um crescimento da economia 
>de 4% para este ano, superando as expectativas iniciais de 3,5%.
>
>"Na medida em que a política econômica mostrar resultados, como agora, 
>obviamente as críticas vão diminuir", ele disse, referindo-se a ataques 
>feitos por aliados do governo este ano.
>
>Além do forte crescimento das exportações e da agricultura, a produção 
>industrial em maio cresceu 7,8% em relação ao ano anterior. Esse índice 
>poderá chegar a 13% em junho, segundo o banco de investimentos CSFB. 
>"Estamos vendo um crescimento muito mais forte do que o esperado no 
>segundo trimestre", disse Nilson Teixeira, economista do CSFB.
>
>As instituições financeiras começaram esta semana a revisar as previsões 
>de crescimento até o final do ano. "Quatro por cento deverá se tornar um 
>novo consenso", informou a consultoria Tendências.
>
>Em relação a preocupações sobre investimentos em longo prazo, Palocci 
>insistiu que "haverá importantes anúncios de investimentos nos próximos 
>meses" e citou planos de expansão nos setores de aço, papel, mineração e 
>agricultura.
>
>O governo está negociando com fabricantes multinacionais de semicondutores 
>a instalação de uma fábrica no Brasil, ele disse. "Os investimentos 
>prometidos até agora são suficientes para elevar nossa capacidade de 
>crescimento a 5%."
>
>Palocci advertiu que haverá obstáculos à frente. O Supremo Tribunal 
>Federal poderia anular o imposto sobre as aposentadorias, aprovado no ano 
>passado para reduzir o déficit da Previdência Social. O imposto representa 
>R$ 36 bilhões (cerca de US$ 12 bilhões) em 20 anos.
>
>
>       Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves
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