Schnitzler esta descrevendo o top da sociedade Vienense 'fin de siecle'<br>e as discussoes envolvem judeus e não judeus, todos muito civilizados, ordeiros<br>e cultos (musicos, escritores, medicos, políticos ...) <br>
Alias, foi gracas à tal civilização que foi possivel burocratizar o exterminio.<br>Muitos dos comentários ácidos partem das proprias bocas judias (como é o caso<br>daquele sobre a anedota).<br>O livro é simplesmente genial.<br>
<br><div class="gmail_quote">Em 27 de maio de 2011 14:46, Abraham Zakon <span dir="ltr"><<a href="mailto:azakon2@globo.com">azakon2@globo.com</a>></span> escreveu:<br><blockquote class="gmail_quote" style="margin:0 0 0 .8ex;border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex;">
<div link="blue" vlink="purple" lang="PT-BR"><div><p class="MsoNormal"><b><span style="font-size:11.0pt">A judia Clarice Lispector disse/escreveu: não existem problemas; existem pessoas.</span></b></p><p class="MsoNormal">
<b><span style="font-size:11.0pt"> </span></b></p><p class="MsoNormal"><b><span style="font-size:11.0pt">O que Você escreveu equivale ao famoso preconceito: preto de alma branca.</span></b></p><p class="MsoNormal"><b><span style="font-size:11.0pt"> </span></b></p>
<p class="MsoNormal"><b><span style="font-size:11.0pt">Responda rapidinho: </span></b></p><p class="MsoNormal"><b><span style="font-size:11.0pt"> </span></b></p><p class="MsoNormal"><b><span style="font-size:11.0pt">1º - por que a Rainha Elizabeth foi à Irlanda fazer as pazes?</span></b></p>
<p class="MsoNormal"><b><span style="font-size:11.0pt"> </span></b></p><p class="MsoNormal"><b><span style="font-size:11.0pt">2º - por que sunitas e shiitas se odeiam e se matam e matam os que não forem islâmicos?</span></b></p>
<p class="MsoNormal"><b><span style="font-size:11.0pt"> </span></b></p><p class="MsoNormal"><b><span style="font-size:11.0pt">Esses preconceitos – com motivos e roupagens diferentes – estão ocorrendo entre alunos de engenharia química e química industrial, sabias?</span></b></p>
<p class="MsoNormal"><b><span style="font-size:11.0pt"> </span></b></p><p class="MsoNormal"><b><span style="font-size:11.0pt">Clarice foi mais perspicaz e viveu no Rio de Janeiro, antes da sua favelização desenfreada.</span></b></p>
<p class="MsoNormal"><b><span style="font-size:11.0pt"> </span></b></p><p class="MsoNormal"><b><span style="font-size:11.0pt">Essas estórias antropológicas provavelmente ocorreram nos guetos europeus onde as pessoas não podiam interagir com a diversidade humana que Clarice e nós, aqui no Brasil, pudemos realizar.</span></b></p>
<p class="MsoNormal"><b><span style="font-size:11.0pt"> </span></b></p><p class="MsoNormal"><b><span style="font-size:11.0pt">Espero que não destruam essa convivência com manifestações capciosas, pois as tragicomédias não são exclusividade de qualquer grupo humano.</span></b></p>
<p class="MsoNormal"><b><span style="font-size:11.0pt"> </span></b></p><p class="MsoNormal"><b><span style="font-size:11.0pt">AZ</span></b></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:11.0pt;color:#1F497D"> </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size:11.0pt;color:#1F497D"> </span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:11.0pt;color:#1F497D"> </span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:11.0pt;color:#1F497D"> </span></p>
<p class="MsoNormal"><b><span style="font-size:10.0pt">De:</span></b><span style="font-size:10.0pt"> <a href="mailto:forum-prof-bounces@if.ufrj.br" target="_blank">forum-prof-bounces@if.ufrj.br</a> [mailto:<a href="mailto:forum-prof-bounces@if.ufrj.br" target="_blank">forum-prof-bounces@if.ufrj.br</a>] <b>Em nome de </b><a href="mailto:lilia@astro.ufrj.br" target="_blank">lilia@astro.ufrj.br</a><br>
<b>Enviada em:</b> sexta-feira, 27 de maio de 2011 13:30<br><b>Para:</b> forum-prof<br><b>Assunto:</b> [forum-prof] Antropologia Schnitzleriana (judeus segundo um judeu)</span></p><p class="MsoNormal"> </p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom:12.0pt">
DOIS trechos de 'O Caminho para a Liberdade' - Arthur Schnitzler </p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom:12.0pt">===============<br> (comentário de um personagem sobre uma anedota – anexo abaixo - judia)</p>
<p class="MsoNormal">...<br> <span style="font-size:13.5pt">‘’Ela [a anedota] abre a vista para a tragicomédia do judaísmo contemporâneo. Ela exprime a verdade eterna de que um judeu jamais respeita de verdade um outro. Jamais. Tão pouco quanto prisioneiros em território inimigo respeitam aos outros de verdade.... </span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size:13.5pt">Inveja, ódio, mesmo admiração, Às vezes, ao final das contas até amor, pode existir entre eles, mas respeito, jamais. Pois todas as relações sentimentais sucedem em uma atmosfera de intimidade, na qual o respeito é obrigado a morrer sufocado.’’</span></p>
<p class="MsoNormal"> </p><p class="MsoNormal">+++++++++++++++++++++</p><p class="MsoNormal">(a anedota citada )</p><p class="MsoNormal"> </p><p class="MsoNormal"> ... ‘’o judeu polonês ... está sentado com um desconhecido em um compartimento do trem, </p>
<p class="MsoNormal">todo cheio de maneiras... Até chegar a conclusão ... de que ele também é judeu, ao que </p><p class="MsoNormal">imediatamente estica as pernas sobre o banco da frente com um ‘ora pois’, de libertação.’’</p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom:12.0pt">...</p><p class="MsoNormal">(outro trecho)<br>===============<br>...<br>- E, aliás - acrescentou o velho doutor... resignado – o senhor...com<br>certeza sabe que todos os judeus são parentes uns dos outros.<br>
<br> Georg sorriu amavelmente. Na verdade ... ele estava enervado.<br>Achava que não havia qualquer necessidade de também o velho doutor...<br>lhe fazer um comunicação oficial de seu pertencimento ao judaísmo.<br>Ele sabia disso muito bem, e não levava o médico a mal por isso.<br>
<br>Aliás, não levava ninguém a mal por isso;<br>mas por que é que eles começavam sempre a falar, eles mesmos, desse assunto?<br><br>Para onde quer que ele fosse, encontrava apenas judeus<br>que se envergonhavam de ser judeus,<br>
ou judeus que tinham orgulho de ser judeus,<br>e tinham medo de que eles acreditassem que eles sentiam vergonha.<br>...<br>===============<br><br><br></p></div></div></blockquote></div><br><div style="visibility: hidden; left: -5000px; position: absolute; z-index: 9999; padding: 0px; margin-left: 0px; margin-top: 0px; overflow: hidden; word-wrap: break-word; color: black; font-size: 10px; text-align: left; line-height: 130%;" id="avg_ls_inline_popup">
</div>