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<BODY><!-- Converted from text/plain format -->
<P><FONT face=Verdana size=2><STRONG>Caríssimo colega Antonio
Carlos.<BR><BR></STRONG></FONT><FONT face=Verdana size=2><STRONG>O que Você
declara complementa-se (e não conflita) com o que Leandro, Respício, Luiz
Eduardo e outros colegas escreveram.<BR><BR>O que é estarrecedor é a nossa vida
acadêmica ser modulada ou governada por critérios publicionistas emanados do
ambiente da pós-graduação e pesquisa.</STRONG></FONT></P>
<P><FONT face=Verdana size=2><STRONG>A pós-graduação passou a ser mais
importante do que a graduação, e isso é nefasto.</STRONG></FONT></P>
<P><FONT face=Verdana
size=2><STRONG>-------------------------------------------------------------------------------</STRONG></FONT></P>
<P><FONT face=Verdana size=2><STRONG>Só tenho artigos publicados no Brasil, e
hoje prefiro publicar pouco, mas com qualidade aceitável pelo grande
público.<BR><BR>Não sei quando irei publicar no exterior, mas isso pesa muito no
curso de pós-graduação no curso em que leciono regularmente, no qual fui
descartado do corpo permanente para o de colaboradores, onde a
porodutividade é crucial. </STRONG></FONT></P>
<P><FONT face=Verdana size=2><STRONG>Quando, por motivos particulares, deixei de
conseguir bolsas para meus alunos, perdi oportunidades de orientação.
</STRONG></FONT></P>
<P><FONT face=Verdana size=2><STRONG>E esses números pesaram, além de depender
de verbas de pesquisa.</STRONG></FONT></P>
<P><FONT face=Verdana size=2><STRONG>Para concursos de professor titular e
outros níveis abaixo, pesa o número de publicações e de "pós-doc" e não
interessa se o docente é antigo e experiente.<BR></STRONG></FONT><FONT
face=Verdana size=2><STRONG></STRONG></FONT></P>
<P><FONT face=Verdana
size=2><STRONG>-----------------------------------------------------------------------------------
</STRONG></FONT></P>
<P><FONT face=Verdana size=2><STRONG>Desconheço se Você faz pesquisas
experimentais ou teóricas (que são menos onerosas, e, por vezes, dependem de
bons computadores).<BR><BR>Há também o caso de revistas que só aceitam
publicações se o autor - além de ser aceito pelo conteúdo - pagar pelo serviço
em dólares ou euros.<BR><BR>Entendo que publicar em revistas brasileiras, ou
patentear, equivale a publicar em nível internacional, porque somos muito
capazes de inovar e divulgar ótimas
contribuições.<BR><BR>--------------------------------------------------------------------------------------------</STRONG></FONT></P>
<P><FONT face=Verdana size=2><STRONG>Em dezembro de 2009, estudei alguns temas
de pesquisa consultando patentes da área de reciclagem e foi fácil perceber como
certas "tecnologias" aparentemente saneadoras, ainda são poluidoras ou
assassinas. </STRONG></FONT></P>
<P><FONT face=Verdana><FONT size=2><STRONG>Mas, o marketing empresarial é capaz
de blindar os perigos ambientais em várias áreas tecnológicas. Mas, há
docentes universitários que se preocupam com educação ou com a responsabilidade
dos seus trabalhos de pesquisa.</STRONG></FONT></FONT></P>
<P><FONT face=Verdana><FONT
size=2><STRONG>-------------------------------------------------------------------------------------------------<BR><BR>Certas
áreas de pesquisa favorecem o publicionismo e as dificuldades enfrentadas pelos
pesquisadores e educadores (nossa principal função
universitária</STRONG>).</FONT></FONT></P>
<DIV><FONT face=Verdana size=2><STRONG>Então, as distorções do estado de
espírito derivado do "publicionismo" são evidentes para alguns colegas, sem
demérito para os verdadeiros heróis que publicam em revistas internacionais e
conseguem a nossa admiração, porque aparentemente há uma bateria de "filtros
intelectuais" com malha fina, onde só passam os "nanoartigos" de qualidade
indiscutível.</STRONG></FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Verdana><FONT color=#0000ff
size=2><STRONG></STRONG></FONT></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Verdana><FONT
size=2><STRONG>Abraços.</STRONG></FONT></FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Verdana><STRONG><FONT size=2></FONT></STRONG></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Verdana><STRONG><FONT size=2>Abraham
Zakon</FONT></STRONG><BR></FONT><BR><BR><FONT size=2>-----Mensagem
original-----<BR>De: forum-prof-bounces@if.ufrj.br [</FONT><A
href="mailto:forum-prof-bounces@if.ufrj.br"><FONT
size=2>mailto:forum-prof-bounces@if.ufrj.br</FONT></A><FONT size=2>] Em nome de
A C Fernandes<BR>Enviada em: sexta-feira, 15 de janeiro de 2010 11:29<BR>Para:
leandrofilho@uol.com.br<BR>Cc: FORUM-prof@listas.if.ufrj.br<BR>Assunto: Re:
[forum-prof] Produtividade Neofascista<BR><BR>COLEGAS DO FORUM,<BR><BR>Assim não
é possível. Inventaram agora o conceito publicionismo.<BR><BR>Publicar em nível
internacional na minha opinião é retribuir a cooperação que recebemos de
inúmeros trabalhos internacionais que usamos<BR> diuturnamente para
realizar pesquisas avançadas, sejam elas acadêmicas, sejam elas
aplicadas.<BR><BR>Para mim, trata-se de uma das grandes conquistas da humanidade
poder trocar esta experiência de alto nível. É claro que segredos absolutos
demoram para aparecer, não são publicados, mas a fundamentação esta aí para
quem tiver competência e quiser aproveitar.<BR><BR>Quem tenta, sabe que
não é fácil publicar em revistas técnicas conceituadas. É muito mais difícil do
que ficar inventando conceitos diversionistas. Ao invés de chamar a pessoa que
publica (no Brasil onde faltam recursos e ambiente) de publicionista deveriam
chamar de herói.<BR><BR>Abrç<BR>ANTONIO
CARLOS<BR><BR><BR><BR><BR><BR>leandrofilho@uol.com.br escreveu:<BR>>
Prezados,<BR>><BR>> O relato abaixo na mensagem do Respício, é
simplesmente valioso,<BR>> justamente por retratar uma situação inaceitável
do ponto de vista<BR>> acadêmico.<BR>><BR>> Confesso que apesar das
minhas críticas ao modelo atualmente<BR>> consagrado de produtivismo
acadêmico, eu não imaginava que uma<BR>> aberração dessa estatura fosse
perpetrada em uma universidade pública.<BR>><BR>> É o predomínio ou a
absolutização da burocracia publicacionista sobre<BR>> o legítimo e notório
saber.<BR>><BR>> Guardadas as devidas proporções sócio-históricas, isso
significa que<BR>> Faraday estaria frito se precisasse de algum assento
acadêmico na COPPE.<BR>><BR>> <BR>><BR>>
Leandro<BR>><BR>><BR>> Em 13/01/2010 16:00, *Luiz Eduardo email
<<BR>> luizeduardo.email@yahoo.com.br >*
escreveu:<BR>><BR>><BR>> At 12:00 13/1/2010
-0200, you
wrote:<BR>><BR>> *Luiz
Eduardo,<BR>><BR>> Ha' uns
3 ou 4 anos, nao me recordo bem, o "CEPGuinho" da
COPPE<BR>> negou a
participacao de um professor da COPPEAD numa banca
de<BR>> Doutorado porque ele
nao havia publicado em
"revistas<BR>> internacionais
indexadas de alta pontuacao" (os tais
famosos<BR>> artigos "P1" na
linguagem da COPPE) nos ultimos
anos.<BR>> Entretanto, o tal
professor havia escrito nada mais nada
menos<BR>> que 4 livros,
outros muitos capitulos de livros,
orientado<BR>>
nao-sei-quantas dissertacoes e teses,
publicado/apresentado<BR>>
artigos em dezenas de congressos no Brasil e no exterior,
atuado<BR>> como
professor-palestrante da ESG, na Escola de Guerra
Naval,<BR>> etc., sendo
considerado um dos mais renomados na area
em<BR>> questao, inclusive
internacionalmente. E a COPPE negou ate'
o<BR>> fim a participacao
dele... porque o homem nao havia
publicado<BR>> nehum "P1"
recente!!!<BR>><BR>>
Concordo em genero, numero e grau c/ o que vc, o Leandro
e<BR>> outros têm escrito
aqui sobre essa tirania demente de
se<BR>> privilegiar e
enaltecer apenas os que publicam os tais
"P1".<BR>><BR>> Todo um
contexto precisa ser analisado, assim como a area
do<BR>> individuo, pois
existem areas que podem "publicar" muito
mais<BR>> (em numero, nao
necessariamente em qualidade!!!) do que
outras!!<BR>><BR>>
Abracos,<BR>>
Respicio<BR>>
-------------*<BR>><BR>><BR>><BR>><BR>><BR>><BR>>
Pois é, Respício...<BR>><BR>> tem muita gente,
muitas nações, muitos povos, que exigem ser
DIFERENTES.<BR>><BR>> E depois, quando são
tratados diferentemente, gritam, gemem e jogam<BR>>
bombas.<BR>><BR>> Não estamos aqui reprimindo quem
opta por se dedicar a produzir<BR>> artigos
P1.<BR>> Palmas para
eles.<BR>><BR>> Mas palmas igualmente para quem se
sacrifica na coordenação dos<BR>> cursos de
graduação<BR>> (jamais me pegarão pra isso... e
também por isso aplaudirei de pé<BR>> que
faz).<BR>><BR>> Esse é o
ponto.<BR>> Não estamos criticando que
publiquem.<BR>> Ou que desperdicem o escasso dinheiro
com ciclovias.<BR>><BR>> O problema não é a
burrice.<BR>> O problema é o
totalitarismo.<BR>><BR>> O problema é que eles
querem que todos sejam iguais a eles...<BR>><BR>>
o que também é mentira...<BR>> porque se todos fossem
iguais a eles...<BR>> então eles não conseguiri am as
bolsas diferenciadas do CNPq.<BR>><BR>><BR>>
Mas lógica... de totalitários ... quem há de conseguir
?<BR>><BR>><BR>> NÃO ESTAMOS FALANDO DE
CIENCIA.<BR>> ESTAMOS TRATANDO DE PODER E DE
POLÍTICA.<BR>> Estamos tratando de
liberdades.<BR>> E de
justiça.<BR>><BR>> o tempo
todo.<BR>><BR>><BR>>
L.E.<BR>><BR>><BR>>
------------------------------<BR>><BR>><BR>>
----------------------------------------------------------------------<BR>>
--<BR>><BR>> _______________________________________________<BR>>
forum-prof mailing list<BR>> forum-prof@listas.if.ufrj.br<BR>> </FONT><A
href="http://webmail.if.ufrj.br/mailman/listinfo/forum-prof"><FONT
size=2>http://webmail.if.ufrj.br/mailman/listinfo/forum-prof</FONT></A><BR><BR><FONT
size=2>--<BR>Antonio Carlos Fernandes, PhD<BR>Professor, COPPE/UFRJ<BR>Diretor
de Relações Internacionais, LabOceano Coordenador,
LOC<BR><BR><BR>tel.:<BR>+55-21-2562.8736 (UFRJ)<BR>+55-21-3867.6768
(LabOceano)<BR>+55-21-2562.8812 (LOC)<BR>+55-21-9627.0802
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(res.)<BR>_______________________________________________<BR>forum-prof mailing
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