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Estamos falando de três casos. Ser eleito para uma sociedade científica
tem a ver com as posições políticas nacionais. Alguém que defenda a
democracia, o desenvolvimento científico, tecnológico e econômico do
Brasil, a luta contra as desigualdades sociais e a ecologia seria eleito,
como o Sala, o Goldenberg, o Pawan e muitos outros foram. Acredito que
defendiam sinceramente essas poisições, a SBPC foi um (desculpem o
jargão) baluarte da luta contra a ditadura, junto com a OAB e a
CNBB.<br><br>
Um segundo caso é ser o chefe de um equipamento de grande porte único no
Brasil, como o Sala foi no Pelletron da USP por quase 40 anos. Isto dá o
poder de decidir se uma pessoa vai ou não fazer o projeto que deseja não
só na USP mas no Brasil. No caso de um acelerador isto envolve primeiro
ter "tempo de feixe", ou seja, serem alocadas horas em que
poderá utilizar o acelerador. Além disso projetos de pesquisa envolvem o
uso de oficinas mecânicas para fazer peças, e há uma fila. Quando as
peças são colocadas no acelerador, todos os outros projetos são afetados
pois este em geral precisa ser desligado. Esses problemas são piorados
pois frequentemente não há recursos para tudo. Por mais participativo que
seja um chefe desses grupos de grande porte não agrada a todos. Já em
grupos que usam equipamentos de pequeno porte ou em grupos teóricos a
situação é muito mais tranquila. <br><br>
E há um terceiro caso que é a da participação em órgãos de fomento,
quando cientistas como o Pawan e o Tundisi optaram pelo dirigismo da
pesquisa e o fim do chamado "balcão", ou "editais
universais", que agora retornou em parte.<br><br>
São três aspectos separados, opiniões políticas nacionais e
internacionais, gestão de grupo com equipamento de grande porte e gestão
de órgãos de fomento, todas as combinações são possíveis. <br><br>
Abraços<br><br>
At 16:08 6/1/2010, Luiz Eduardo email wrote:<br>
<blockquote type=cite class=cite cite="">At 14:45 6/1/2010 -0200, you
wrote:<br>
<blockquote type=cite class=cite cite="">Esse é certamente um ponto
positivo dele, pois o Sala era um cacicão dos antigos, realizador mas
autoritário. O acelerador de partículas Pelletron, um equipamento de
grande porte, era o acelerador do Sala... Havia quase uma unanimidade de
professores contra ele no Departamento de Física Nuclear da USP. (A
Física Nuclear e a Física Atômica são áreas vizinhas, durante alguns anos
inclusive nos reuníamos num encontro anual. Essas brigas apareciam na
reunião de encerramento, quando ser amigo do Sala era quase uma
falha...)<br><br>
É interessante que conheço pessoas assim que foram professoras do IF e
chefes de grupo de pesquisa - muito autoritários com os professores mas
administradores razoáveis do pessoal técnico-administrativo. Conheço
também o reverso - muito simpáticos com os colegas mas deixando o pessoal
de apoio fazer o que deseja (ou não fazer nada). E conheço o meio termo,
chefes de grupo que tratam todos bem, sem demagogia nem
autoritarismo.</blockquote><br><br>
<br><br>
<br>
<b>Bem...<br>
<i>alguéns</i> o Oscar Sala com certeza tratava bem...<br><br>
Ou não se elegeria tão facilmente pra presidente da SBPC...<br>
nessa nossa comunidade politicamente fisiológica.<br><br>
<br>
L.E.<br><br>
<br><br>
</b>============================== <br>
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