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<font size=3> O artigo teve que ser reduzido para se adequar ao
padrao da secao de Opiniao, mesmo assim ele atinge ao objetivo de tentar
esclarecer a estrategia de Israel no conflito.<br><br>
Para quem estiver interessado basta clicar no liame: <br><br>
<a href="http://www.opovo.com.br/opovo/opiniao/850047.html">
http://www.opovo.com.br/opovo/opiniao/850047.html</a><br><br>
Marcelino Pequeno<br><br>
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<img src="http://www.opovo.com.br/imagens/logo-portal.jpg" width=305 height=55 alt="[]">
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</font><h2><b><a href="http://www.opovo.com.br/opovo/opiniao/">Opinião</a>
</b></h2><font size=3>Artigo<br><br>
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<div align="center"><h2><b>As razões de
Israel</b></h2><font size=3>Marcelino Pequeno<br>
17 Jan 2009<br><br>
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Quando, em 2005, Ariel Sharon ordenou unilateralmente a retirada dos
assentamentos da Faixa de Gaza surpreendeu ao mundo. Tal atitude não se
coadunava com o homem que se notabilizou por suas atitudes de extrema
ferocidade e que perpetrou o extermínio de 2.000 palestinos nos campos de
refugiados de Sabra e Shatila em 1982, por ocasião da invasão de Israel
ao Líbano, quando era ministro da Defesa. Atual ofensiva de Israel sobre
a Faixa de Gaza parece esclarecer a estratégia adotada pelo
Primeiro-Ministro Ariel Sharon em 2005 Acreditar na justificativa oficial
de que Israel está agindo apenas em defesa de seus cidadãos que são
atingidos por ineficientes foguetes lançados a esmo parece ser bastante
ingênuo. <br><br>
O partido Kadima continua no poder e a Ministra das Relações Exteriores,
Tzipi Livni, presidente do partido, é candidata nas próximas eleições. É
a política visionada por Sharon que está sendo levada a efeito. A
ofensiva tanto atende a interesses imediatos eleitorais do partido Kadima
quanto leva a cabo a política de Israel para a convivência dos dois
Estados. O Estado da Palestina precisa está fraco e disperso. <br><br>
Isto explica porque, sob o pretexto de estar desarmando o Hamas, Israel
de fato está destruindo toda a infra-estrutura da cidade de Gaza.
Fornecimento de água e luz foi cortado, destroem-se hospitais e escolas,
e toda a economia de Gaza está em colapso.Quando Israel retirou os
assentamentos da Faixa de Gaza trouxe de volta 8.000 colonos judeus, ao
mesmo tempo que assentava 12.000 novos colonos na Cisjordânia. <br><br>
A vida nos Territórios Ocupados é insuportável para os palestinos, após a
retirada dos assentamentos, Israel impôs um bloqueio na Faixa de Gaza.
Tal bloqueio, em realidade, sitia a cidade e arruína a economia
Palestina. Tudo tem que ser contrabandeado através de uma rede de túneis
que foi construída na fronteira com o Egito. São estes túneis que Israel
agora está destruindo alegando que os túneis são usados para armar o
Hamas. <br><br>
Isto é verdade, mas são os mesmos túneis que garantem a sobrevivência da
população de 1,5 milhões de habitantes na cidade sitiada. O Hamas alega
que é para forçar o levantamento do bloqueio que são lançados os foguetes
em Israel.Israel parece reeditar a política praticada em 1982 na guerra
que impetrou contra o sul do Líbano visando expulsar a OLP de Yasser
Arafat. Não por coincidência, Ariel Sharon era o então Ministro da Defesa
e foi o idealizador e pessoalmente comandou os ataques. Pouco mudou de
1982 para cá, Israel se prepara sim para a criação dos dois estados, mas
sob suas condições e escolhe seus interlocutores. Em 1982, Israel não
aceitava a OLP de Yasser Arafat, atualmente não aceita o Hamas,
esquecendo que o Hamas como partido foi democraticamente eleito em Gaza
em 2006. <br><br>
<b>MARCELINO PEQUENO - Professor da Universidade Federal do Ceará (UFC)
<br>
marcelino.pequeno@gmail.com</b> <br>
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