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<p class=MsoNormal style='mso-margin-top-alt:auto;mso-margin-bottom-alt:auto;
background:#E6E6E6;vertical-align:top'><b><font size=1 color=black
face=Verdana><span style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;color:black;
text-transform:uppercase;font-weight:bold'>Embaixador brasileiro no Egito
explica a disputa no Oriente Médio<o:p></o:p></span></font></b></p>
<p class=MsoNormal style='background:#E6E6E6;vertical-align:top'><b><font
size=1 color=black face=Verdana><span style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;
color:black;font-weight:bold'>Cristine Gerk, Jornal do Brasil <o:p></o:p></span></font></b></p>
<p class=MsoNormal style='background:#E6E6E6;vertical-align:top'><font size=1
color=black face=Verdana><span style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;
color:black'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal style='background:#E6E6E6;vertical-align:top'><font size=1
color=black face=Verdana><span style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;
color:black'>RIO - Para um diplomata que já foi responsável pelas embaixadas
brasileiras no Irã e na Turquia, e atualmente representa o Brasil no Egito, a
análise sobre os ataques israelenses na Faixa de Gaza ganha contornos muito
mais amplos e profundos. Segundo Cesario Melantonio Neto, a paz na região, que
seria ajudada pela chegada de Barack Obama à Presidência dos Estados Unidos,
está novamente distante. </span></font><font size=1 color=blue face=Verdana><span
style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;color:blue'>Neste contexto de
confronto, o especialista atenta para a formação de dois eixos de poder na
região: um alinhado aos EUA, liderado por Egito e Arábia Saudita, e outro
crítico da influência americana, representado por Irã e Síria. Com a recusa do
Egito em receber os palestinos fugitivos dos ataques, o eixo do Irã ganha cada
vez mais popularidade. <o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal style='background:#E6E6E6;vertical-align:top'><font size=1
color=black face=Verdana><span style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;
color:black'>Nessa entrevista ao Jornal do Brasil, Melantonio fala ainda sobre
o papel que o Brasil pode ter nesse cenário caótico, além de abordar as
relações entre egípcios e brasileiros. <o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal style='background:#E6E6E6;vertical-align:top'><b><font
size=1 color=black face=Verdana><span style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;
color:black;font-weight:bold'><o:p> </o:p></span></font></b></p>
<p class=MsoNormal style='background:#E6E6E6;vertical-align:top'><b><font
size=1 color=black face=Verdana><span style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;
color:black;font-weight:bold'>Que repercussões esses ataques têm para a região?</span></font></b><font
size=1 color=black face=Verdana><span style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;
color:black'> <o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal style='background:#E6E6E6;vertical-align:top'><font size=1
color=black face=Verdana><span style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;
color:black'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal style='background:#E6E6E6;vertical-align:top'><font size=1
color=black face=Verdana><span style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;
color:black'>São péssimas. Todos estávamos esperando a posse de Obama, com
perspectiva de mudança no curso das negociações de paz na região. Mas, com
esses ataques, cria-se uma situação de enorme tensão no Oriente Médio. Isso
certamente dificultará o trabalho dos países que tentam promover esse diálogo.
Hillary Clinton e Obama terão um trabalho muito mais complicado porque muda
agora totalmente o quadro político e estratégico com o qual terão de lidar. O
ataque cria grandes problemas para o Egito, que é o maior país árabe, sede da
Liga Árabe e um dos únicos que reconhece o Estado de Israel. A comunidade árabe
critica o Egito por não apoiar a sua causa e não legitimar o Hamas. Enquanto
isso, o Irã vai buscar nesse momento de crise ser um protagonista retórico. Ao
contrário do Egito, o país tem se fortalecido muito na opinião pública dos
países islâmicos com o discurso em prol da causa. <o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal style='background:#E6E6E6;vertical-align:top'><b><font
size=1 color=black face=Verdana><span style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;
color:black;font-weight:bold'><o:p> </o:p></span></font></b></p>
<p class=MsoNormal style='background:#E6E6E6;vertical-align:top'><b><font
size=1 color=black face=Verdana><span style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;
color:black;font-weight:bold'>O Egito está disposto a receber os palestinos que
tentam fugir do conflito?</span></font></b><font size=1 color=black
face=Verdana><span style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;color:black'> <o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal style='background:#E6E6E6;vertical-align:top'><font size=1
color=black face=Verdana><span style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;
color:black'>Quase 90% dos egípcios não querem relação estreita com Israel e há
uma forte pressão para que o governo receba os palestinos que tentam escapar do
conflito fugindo para o Egito, nas cidades de fronteira, onde há comida e
remédios. Mas o governo provavelmente não fará isso. Eles são o segundo país da
região, atrás somente de Israel, que mais recebe ajuda financeira militar dos
EUA – US$ 1,2 bilhão por ano, apenas US$ 100 milhões a menos que Israel.
Se o Egito for para o outro eixo, há uma perda estratégica muito grande para os
EUA. Os americanos ficam em cima porque temem que a fraternidade islâmica tome
o poder do país e faça essa mudança. No governo, 20% dos acentos da oposição,
ou seja 88 cadeiras, ficaram com a Fraternidade, mas eles sofrem perseguição
grande, não acredito que consigam se sobrepor a essa força. O poder de Estado
lá é muito forte. Dos 80 milhões de habitantes, 7 milhões são funcionários
públicos – quase 10% da população. <o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal style='background:#E6E6E6;vertical-align:top'><b><font
size=1 color=black face=Verdana><span style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;
color:black;font-weight:bold'><o:p> </o:p></span></font></b></p>
<p class=MsoNormal style='background:#E6E6E6;vertical-align:top'><b><font
size=1 color=black face=Verdana><span style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;
color:black;font-weight:bold'>O que o Brasil pode fazer para ajudar este
Oriente Médio em guerra?</span></font></b><font size=1 color=black
face=Verdana><span style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;color:black'> <o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal style='background:#E6E6E6;vertical-align:top'><font size=1
color=black face=Verdana><span style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;
color:black'>O Brasil e os demais países latinos apóiam o processo de paz e a
intensificação do contato entre os principais países da região para lutar pelo
processo de conciliação, mas não ao ponto de ser um intermediário direto no
conflito. Há quase 12 milhões de brasileiros de origem árabe e meio milhão de
origem judaica. Isso é uma ponte étnica com o Oriente Médio. O Brasil agora
está organizando uma aproximação estreita com o mundo árabe. No dia 31 de
março, vai acontecer uma nova reunião da cúpula América do Sul - Países Árabes
(Aspa) organizada com apoio da Liga Árabe. A Aspa prevê uma aproximação
política, econômica e cultural entre as regiões. A nossa proposta é de
institucionalizar a Aspa e fazer reuniões de um futuro comitê executivo a cada
seis meses. <o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal style='background:#E6E6E6;vertical-align:top'><b><font
size=1 color=black face=Verdana><span style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;
color:black;font-weight:bold'><o:p> </o:p></span></font></b></p>
<p class=MsoNormal style='background:#E6E6E6;vertical-align:top'><b><font
size=1 color=black face=Verdana><span style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;
color:black;font-weight:bold'>Como funciona o jogo de poder na região?</span></font></b><font
size=1 color=black face=Verdana><span style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;
color:black'> <o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal style='background:#E6E6E6;vertical-align:top'><font size=1
color=black face=Verdana><span style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;
color:black'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal style='background:#E6E6E6;vertical-align:top'><font size=1
color=blue face=Verdana><span style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;
color:blue'>Há dois grupos que lutam pelo controle no Oriente Médio. Um eixo é
liderado por Irã e Síria. Embora os dois tenham divergências religiosas,
compartilham da mesma visão política – o ideal de que a região não seja
uma colônia dos Estados Unidos. Eles têm dado apoio financeiro e treinamento
militar ao Hezbollah, ao Hamas e à Fraternidade Islâmica. O outro eixo,
composto sobretudo por Egito e Arábia Saudita, é alinhado com os Estados
Unidos, embora isso esteja enfraquecendo com o tempo. Há competição entre os
dois países, a Arábia quer ocupar o lugar do Egito. <o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal style='background:#E6E6E6;vertical-align:top'><b><font
size=1 color=black face=Verdana><span style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;
color:black;font-weight:bold'><o:p> </o:p></span></font></b></p>
<p class=MsoNormal style='background:#E6E6E6;vertical-align:top'><b><font
size=1 color=black face=Verdana><span style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;
color:black;font-weight:bold'><o:p> </o:p></span></font></b></p>
<p class=MsoNormal style='background:#E6E6E6;vertical-align:top'><b><font
size=1 color=black face=Verdana><span style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;
color:black;font-weight:bold'>O que falta para a paz ser atingida entre
israelenses e palestinos?</span></font></b><font size=1 color=black
face=Verdana><span style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;color:black'> <o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal style='background:#E6E6E6;vertical-align:top'><font size=1
color=black face=Verdana><span style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;
color:black'>Não acredito que falte influência externa ou alguma intervenção
conciliadora de fora melhor sucedida. O problema é que é difícil uma negociação
entre dois países completamente divididos dar certo. Os palestinos são
divididos entre o Hamas e o Fatah. O governo de Ehud Olmert está de saída, e as
forças de poder são disputadas entre o Kadima, de Tzipi Livni, e o Likud, do
ex-premiê Benjamin Netanyahu. Neste momento crítico, a União Européia e os
Estados Unidos têm obrigação de intensificar os esforços de paz, ao invés de
abandonar o barco na tempestade. Essa região precisa encontrar estabilidade,
não pode continuar nessa montanha russa. Até porque ela concentra grande parte
da riqueza estratégica mundial, o que acontece lá influencia o mundo todo. <o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal style='background:#E6E6E6;vertical-align:top'><b><font
size=1 color=black face=Verdana><span style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;
color:black;font-weight:bold'><o:p> </o:p></span></font></b></p>
<p class=MsoNormal style='background:#E6E6E6;vertical-align:top'><b><font
size=1 color=black face=Verdana><span style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;
color:black;font-weight:bold'>Como é a relação entre o Egito e o Brasil hoje?</span></font></b><font
size=1 color=black face=Verdana><span style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;
color:black'> <o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal style='background:#E6E6E6;vertical-align:top'><font size=1
color=black face=Verdana><span style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;
color:black'>O Egito tem muito interesse nos programas sociais do Brasil, como
o Fome Zero. Lá, metade da população vive com 1 ou 2 dólares por dia. Vou à
Brasília na semana que vem e vamos oferecer um programa bilateral ou
multilateral com ajuda das Nações Unidas e do Banco Mundial, para intercâmbio
em ações de combate à pobreza e à fome entre os dois países. O Brasil está
apoiando a participação do Egito na cúpula do G8 (Canadá, França, Alemanha,
Itália, Japão, Rússia, o Reino Unido e os Estados Unidos) + G5 (África do Sul,
Brasil, China, Índia e México) em 2009, na Itália, e eles ficaram muito gratos
com o apoio brasileiro. <o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal style='background:#E6E6E6;vertical-align:top'><font size=1
color=black face=Verdana><span style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;
color:black'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal style='background:#E6E6E6;vertical-align:top'><b><font
size=1 color=black face=Verdana><span style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;
color:black;font-weight:bold'>E o Egito e o Irã? Como se relacionam? <o:p></o:p></span></font></b></p>
<p class=MsoNormal style='background:#E6E6E6;vertical-align:top'><b><font
size=1 color=black face=Verdana><span style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;
color:black;font-weight:bold'><o:p> </o:p></span></font></b></p>
<p class=MsoNormal style='background:#E6E6E6;vertical-align:top'><font size=1
color=black face=Verdana><span style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;
color:black'>Eles têm relações diplomáticas, mas não plenas. Não existem
embaixadas, e sim escritórios de representação de interesses em cada um. Isso
foi causado por um incidente mal resolvido. <b><span style='font-weight:bold'>Depois
de o presidente egípcio Anwar Sadat ter sido assassinado por manter relações
diplomáticas com Israel, o governo iraniano deu o nome do assassino a de uma
rua no país. <o:p></o:p></span></b></span></font></p>
<p class=MsoNormal style='background:#E6E6E6;vertical-align:top'><b><font
size=1 color=black face=Verdana><span style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;
color:black;font-weight:bold'><o:p> </o:p></span></font></b></p>
<p class=MsoNormal style='background:#E6E6E6;vertical-align:top'><b><font
size=1 color=black face=Verdana><span style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;
color:black;font-weight:bold'>[23:16] - 30/12/2008 - <a
href="http://jbonline.terra.com.br/extra/rsstrjbint.xml"><img border=0
width=16 height=16 id="_x0000_i1025" src="cid:image001.gif@01C970A5.82F50420"><font
color=black><span style='color:black;text-decoration:none'> RSS</span></font></a></span></font></b><font
size=1 color=black face=Verdana><span style='font-size:9.0pt;font-family:Verdana;
color:black'><o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=1 face="Times New Roman"><span style='font-size:
9.0pt'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>-----Mensagem original-----<br>
De: forum-prof-bounces@if.ufrj.br [mailto:forum-prof-bounces@if.ufrj.br] Em
nome de coelho@if.ufrj.br<br>
Enviada em: quarta-feira, 7 de janeiro de 2009 01:13<br>
Para: marccosta<br>
Cc: FORUM-prof<br>
Assunto: Re: [forum-prof] Professores repudiam ataque contra Universidade de
Gaza</span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>Oi Marcio,<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>respeito muito o Bernard Sorj e o Simon Schwartzman mas os números
deles<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>contradizem um pouco os do serviço estatístico de Israel. Este fala em
160<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>mil em 1949 que viraram 1,45 milhões em 2007 (aumento de um fator 9,0).<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>Com a expulsão de 600 mil não-judeus, os judeus, com 1 milhão em 1949,<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>ficaram em clara maioria em Israel. Em 2007 são 5,5 milhões de judeus<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>(aumento de um fator 5,5). O site é meio chatinho mas faz anos que o
tenho<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>"linkado": <o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>http://www1.cbs.gov.il/ts/databank/series_func_e_v1.html?level_1=2&level_2=1&level_3=1<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>A expulsão desses não-judeus claramente não resolveu o problema de ter
um<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>estado de maioria judia, pois evidentemente parte do crescimento da<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>população judia veio da imigração e outra parte da natalidade enquanto<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>todo o não-judeu veio da natalidade, mas mesmo assim o segundo é bem
maior<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>que o primeiro. Se (e esse é um grande "se") essa tendência
continuar em<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>cerca de um século Israel terá maioria não-judia. E isto sem considerar
a<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>população dos territórios ocupados que deveria ter ou nacionalidade<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>israelense ou nacionalidade palestina. Na verdade a proposta da OLP era
um<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>estado laico na antiga Palestina britânica, e Israel vai ter que se
tornar<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>isso em 100 anos. A natalidade dos não-judeus é maior do que a dos
judeus<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>pois os primeiros são mais pobres, isto ocorre no mundo todo. E nos
judeus<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>o crescimento maior é o dos judeus de origem árabe, os judeus
orientais,<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>que também são mais pobres que os judeus europeus.<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>Deve ser doloroso para inúmeros judeus progressistas e democráticos
verem<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>no que Israel se tornou. Concordo que Israel não fez genocídio em larga<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>escala como os nazistas mas aplica de forma controlada o terrorismo de<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>estado. Essa foi a estratégia do inglês Crommwel, que se denominava o<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>escolhido de Deus, ele conquistou a Irlanda no século XVII com um
exército<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>pequeno, simplesmente matando todos os habitantes de duas aldéias, 3
mil<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>pessoas, e gerando tal terror que todas as aldeias e cidades se
renderam a<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>ele. Duzentos e cinquenta anos depois os irlandeses recuperaram a<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>liberdade de uma colonização brutal, em que perderam todas as terras e
os<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>direitos civis. Os ingleses tentaram então um estado de ampla maioria<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>protestante na Irlanda do Norte. Hoje, 80 anos depois, a população da<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>Irlanda do Norte está dividida meio a meio e os protestantes de lá
também<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>foram obrigados pelo IRA e pela demografia a fazer a paz com os
católicos.<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>Se Israel quer durar precisa aprender das experiências do Crommwell e
do<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>"estado de maioria protestante", onde essa maioria se
evaporou em menos de<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>um século. No Líbano, criado pelos franceses para ter maioria cristã
essa<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>maioria também se evaporou em menos de um século. E quando se evapora,<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>precisa haver boa vontade entre as partes, como acabou acontecendo na<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>Irlanda do Norte, ou então se resolve na guerra civil, como no Líbano.<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>Torço para que Israel queira durar, pois muito da cultura mundial vem
do<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>judaísmo, mas tudo indica o contrário. Não só a decisão de matar 100<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>árabes para cada judeu (a idéia nazista usual) como pelas declarações
de<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>humor negro dos políticos israelenses de que estão matando os
palestinos<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>porque gostam deles mostra que eles não consideram os palestinos como<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>humanos. A última invasão do Líbano foi considerada em Israel um grande<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>fiasco pois esta relação ficou em 10 para 1. Claro que um nacionalismo<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>fascista desse, inclusive elegendo Begin e Sharon, gera nacionalismos<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>fascistas de contrapartida, a história européia tem vários exemplos.<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>Israel está gerando diversos nacionalismos tão radicais quanto o dela,<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>perdeu 15 anos em que se recusou a implementar o acordo de Oslo, e
agora<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>ela tem pouco tempo para fazer a paz e a autocrítica. E terá que fazer<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>isso com a presença cada vez mais intensa desses nacionalismos<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>intolerantes que gerou.<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>Só uma grande discordância com o Symon: o ultra-direitista Sharon não
foi<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>eleito devido ao terrorismo palestino mas devido a um massacre de<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>palestinos em Jerusalem, em protesto contra a presença desse genocida
na<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>parte árabe da cidade. Esse massacre levou a um protesto armado pois o<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>massacre não foi punido pelo governo. E não foi punido pois parte da<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>sociedade israelense aplaude matar árabes. Essa mesma sociedade depois<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>elegeu o Sharon, o que é bem condizente, mas muito preocupante.<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>Abraços<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>_______________________________________________<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>forum-prof mailing list<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>forum-prof@listas.if.ufrj.br<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoPlainText><font size=2 face="Courier New"><span style='font-size:
10.0pt'>http://webmail.if.ufrj.br/mailman/listinfo/forum-prof<o:p></o:p></span></font></p>
</div>
</body>
</html>