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Essa afirmação do Cesar Maia é de uma canalhice sem tamanho. No mundo
inteiro há esquemas de aprovação automática, quando o estudante tem
dificuldade em algumas matérias e não em outras, só que o estudante tem
aulas de reforço nessas matérias onde apresentou dificuldades. Isso é
importante pa<br>
O Cesar Maia PROIBIU que as escolas municipais dêem aula de reforço,
ordenando que nos tempos sem aula - usados pelas escolas para esse
reforço -façam-se outras atividades curriculares. Ao mesmo tempo ordenou
que as escolas fechem os olhos aos estudantes analfabetos e que continuem
os aprovando até a nona série (antes parava na quinta).O prefeito, ao não
querer que os estudantes de famílias pobres e com baixo nível educacional
sejam recuperados (isto envolveria talvez horários extras e contratação
de mais professores) os está condenando a serem cidadãos de segunda
classe. A menção que faz ao ideário libertador dos pioneiros da educação
no Brasil tem a mesma sinceridade que teria Hitler elogiando o
judaísmo, seria deboche puro.<br><br>
<br>
At 09:53 11/9/2008, Ex-Blog do Cesar Maia (by way of wrote:<br>
<blockquote type=cite class=cite cite=""><div align="center">
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Ex-Blog do Cesar Maia 11/09/2008<br>
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<br>
</div>
REPROVAÇÃO AUTOMÁTICA? EXCLUSÃO OFICIAL? ESSA NÃO! NO RIO-CAPITAL,
NÃO!<br>
<br>
1. A aplicação dos mesmos critérios seletivos de ensino das escolas de
classe média alta, as escolas públicas em países com alta taxa de
desigualdade levaram educadores como Anisio Teixeira, Paulo Freire e
Darcy Ribeiro a adaptar no Brasil um sistema de uso em países
desenvolvidos: a progressão continuada, que visa a dar flexibilidade à
dinâmica das crianças que vivem num quadro de habitação precária, família
desintegrada, violência no entorno, pais sem instrução, famílias maternas
e uma alta taxa de anomia legal onde vivem.<br>
<br>
2. Dessa forma abandonaram o sistema de Reprovação Automática e adotaram
o Sistema de Progressão Continuada, hoje adotado em várias cidades
brasileiras com sucesso, como Belo Horizonte, por exemplo, tão
elogiado.<br>
<br>
3. O Rio-Capital adotou, há oito anos, um sistema de 9 anos de ensino
-hoje aconselhado pelo ministério da educação que prepara lei a respeito-
incluindo a antiga classe de alfabetização como primeira série. Em 2000
introduziu o sistema de Ciclos, com o Primeiro Ciclo das 3 primeiras
séries. Só quando este primeiro ciclo foi amadurecido é que os outros
dois ciclos foram implementados. São estes ciclos de 3 anos que servem de
período de trabalho e reforço para que as crianças e adolescentes em
situação de exclusão tenham chance de desenvolver o potencial de suas
inteligências nas escolas e não nas ruas. E não sendo possível, aí sim
permaneceriam no mesmo ciclo e não progrediriam.<br>
<br>
4. No censo de 2000 no Rio-Capital, 40% das crianças de 5 a 6 anos
estavam fora das escolas. No último PNAD são 6%. Levando em conta as mães
que só levam as crianças para a escola com 6 anos, aquelas crianças que
tem problemas de saúde, deficiência, outras que migraram na metade do
ano, e casos assim, que chamaremos de residuais, são 3%, que devem ser
zerados. Em números absolutos passamos de 160 mil crianças de 5 e 6 anos
fora da escola para 9 mil, incluindo os casos que chamamos
residuais.<br>
<br>
5. Em 1992 chegaram à oitava série -último ano na época- e concluíram seu
primeiro grau nas escolas em turnos normais - 20 mil adolescentes. Em
2008 serão 50 mil adolescentes, ou 30 mil a mais em escola diurnas.
Trinta mil adolescentes a menos que ficariam nas ruas que não são vistas
pelas câmeras, pois estão dentro das favelas na grande maioria.<br>
<br>
6. Além disso, o supletivo de primeiro grau, que era uma oferta estática,
foi transformado em PEJA -programa de educação de jovens e adultos-
noturno, onde se procura levar os alunos que estão completamente fora da
relação idade/série acoplando a programas de capacitação, inclusive
dentro do Favela-Bairro. Claro, integrando os adultos que querem seu
supletivo de primeiro grau. De 9 mil jovens e adultos, agora no PEJA, a
Prefeitura do Rio tem 50 mil alunos, sendo que 40% de jovens, integrados
e em situação de capacitação.<br>
<br>
7. No IDEB relativo a 2007 as escolas da Prefeitura do Rio obtiveram
entre as capitais o segundo e terceiro lugares em notas médias, na quarta
e oitava séries respectivamente, mostrando que a introdução do método
Paulo Freire/Darcy Ribeiro produziu um amplo efeito social sem qualquer
perda educacional quando comparada com grandes capitais do sudeste e sul,
como SP, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba...<br>
<br>
8. As afirmações de candidatos elitistas querendo votos e iludir os mais
pobres são deploráveis. E mais: é triste que um voto a mais valha uma
criança a mais nas ruas, agregando água ao lago da exclusão social e
educacional. E mais triste que sirva para a venda de jornais ao
público que mais se sacrifica para comprar os jornais em busca de
informação e não de desinformação. Triste de um lado. Mais triste ainda
de outro! Um voto a mais. Uma circulação a mais! Uma criança a menos!
Triste aritmética!<br>
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