<html>
<body>
<blockquote type=cite class=cite cite="">(please scroll down for the
abstracts of the conferences in English)<br>
<br>
Prezadas e prezados,<br>
Segue atachado o programa final do Seminário Internacional “Do
Atlântico ao Pacífico” com os resumos das apresentações em inglês e
português. Lembramos que haverá tradução simultânea (do inglês para o
português e vice versa) em todas as conferências e mesas a fim de que
possamos estabelecer um diálogo mais produtivo.<br>
Por fim, agradeceríamos se enviassem este programa para suas
listas. O seminário é gratuito e aberto a quem se interessar pelo tema.
Para quem quiser ter um certificado de participação, as inscrições já
estão abertas pelo nosso site
<a href="http://www.forum.ufrj.br/">www.forum.ufrj.br</a> ou diretamente
pelo email
<a href="mailto:atlanticoaopacifico@forum.ufrj.br">
atlanticoaopacifico@forum.ufrj.br</a>.<br>
Contamos com sua presença e apoio,<br>
<br>
Beatriz Resende,<br>
Coordenadora do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ<br>
<br>
Micael Herschmann,<br>
Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da
ECO/UFRJ<br>
<br>
Denilson Lopes,<br>
Superintendente de Difusão Cultural do Fórum de Ciência e Cultura da
UFRJ<br>
<br>
<br>
Dear,<br>
Here it goes the final program of the International Seminar “From
the Atlantic to the Pacific” with the abstracts of the conferences
both in Portuguese and English. <br>
We remember that there will be simultaneous translation(from
English to Portuguese and vice versa) for all sections so that we
all could establish a more fruitful dialogue.<br>
At last we would really appreciate if you resend the program for
your mailing lists. The seminar is free and opened to everyone who may be
interested. For those who would like to get some kind of certificate the
inscriptions are already opened at
<a href="http://www.forum.ufjr.br/">www.forum.ufjr.br</a> or directly to
<a href="mailto:atlanticoaopacifico@forum.ufrj.br">
atlanticoaopacifico@forum.ufrj.br</a>.<br>
Thanks for your presence and support.<br>
<br>
Beatriz Resende,<br>
Coordenator of Fórum de Ciência e Cultura of the Federal University of
Rio de Janeiro <br>
<br>
Micael Herschmann,<br>
Chair of Graduate Studies in Communication /UFRJ<br><br>
Denilson Lopes<br>
Superintendent of Cultural Action of Fórum de Ciência e Cultur/UFRJ<br>
<div align="center"> <br>
<b> <br>
SEMINÁRIO INTERNACIONAL: DO ATLÂNTICO AO PACÍFICO, 200 ANOS DA CHEGADA DA
FAMÍLIA REAL E 100 ANOS DE MIGRAÇÃO JAPONESA<br>
<br>
International Conference: From the Atlantic to the Pacific. 200
years since the arrival of the royal family and 100 years of Japanese
immigration<br>
</div>
<br>
Local/Location</b>: SALÃO DOURADO do Fórum de Ciência e Cultura da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (FCC-UFRJ)<br>
<br>
17 a 19 de setembro de 2008 / 17-19 September 2008<br>
<br>
<b>PROPOSTA<br>
</b>
Diversos eventos vão discutir o significado da vinda da Família Real em
1808 não só de forma celebratória, mas como uma forma de refletir a
entrada do Brasil no circuito global de mercadorias e idéias, não só como
fornecedor de matérias-primas para Europa, mas como um momento que fez do
Brasil centro provisório de um império colonial. Nesse sentido, a
abertura dos portos coincide com a criação de diversas instituições
culturais e acadêmicas, recolocando nosso lugar no mundo atlântico. <br>
Nossa
proposta seria não se ater a uma visão celebratória, mas nos
determos no presente, indagando qual seria a herança deste passado
atlântico, iniciado com as navegações do século XVI, marco do projeto
imperial europeu e base da civilização ocidental centrada nas forças das
armas, na fé cristã e nos ideários greco-latinos, e estendido no século
XIX, pelos naturalistas e viajantes letrados? Civilização atlântica que
deve ser pensada a partir do diálogo e conflitos instaurados pela
diáspora africana, pelos europeus transplantados e pelos indígenas
desterrados na sua própria terra.<br>
A
comemoração dos 100 anos da migração japonesa pode nos oferecer uma outra
pista para fechar nossa proposta, não apenas para adicionar mais uma
herança na desgastada imagem de cadinho multicultural ,que vem fraturando
nossa visão de um Brasil lusófono, ocidental, europeizante. Não se trata
apenas de redescobrir ou recontar um acontecimento do passado, mas olhar
um presente e a promessa de um diálogo que desejamos que seja maior
e multilateral.<br>
O Brasil, sobretudo pelas suas elites políticas e culturais tem uma longa
história de voltar mais seus olhos, mentes e corações para a Europa e
para os EUA. Mais recentemente, estamos redescobrindo a África, a América
Latina e o Caribe, mas o Oriente sempre nos pareceu longe demais, ainda
que os chineses tenham chegado à América em 1421, como se constata em
trabalhos recentes.<br>
Gradualmente estamos nos despertando para a importância da Ásia, seja
devido à comemoração dos 100 anos da migração japonesa, seja devido ao
crescimento econômico, primeiramente verificado no Japão, depois em
Taiwan, Coréia do Sul, Hong Kong e Singapura, e a partir dos nos 80, na
China. No entanto, o diálogo cultural ainda é precário. Há muitos
trabalhos jornalísticos, relatos de viagens e poucos trabalhos mais
substantivos. Este seminário não quer ser apenas mais um evento, mas uma
contribuição para o desenvolvimento de diálogos, convênios e um estímulo
para a criação de pesquisadores interessados nas relações entre América
Latina e Extremo Oriente.<br>
<br>
<br>
<b><u>PROGRAMA/PROGRAM<br>
</u></b> <br>
<br>
<b>DIA 17 DE SETEMBRO DE 2008 / 17 SEPTEMBER 2008<br>
</b> <br>
19h – <b>Abertura / Opening session<br>
<br>
Palestra/Keynote speech: Naoki Sakai</b>, Professor do Departamento de
Estudos Asiáticos da Universidade de Cornell, autor de <i>Translation and
Subjectivity</i> entre outros e editor de <i>Traces</i>.<br>
<b> <br>
Colonial Difference and Modernity<br>
</b>In this presentation on ‘colonial difference and modernity’ I will
conduct a historical analysis of the Eurocentric narrativisation of
‘modern,’ and examine the aspects of modernity that are closely
associated with the historical emergence of the West. But I will also
address those aspects of modernity which most effectively undermine and
disrupt the ‘colonial difference,’ the distinction of the West from the
Rest of the world sustained in the synchronous figuration of the West and
the Rest that I have elsewhere called “the co-figuration of the West and
the Rest.” In searching for a mode of modernism that eludes and
interrupts the colonial difference, I will refer to the problem of
contemporaneity.<br>
<br>
<b>Diferença colonial e modernidade<br>
</b>Nesta apresentação sobre a “diferença cultural e modernidade”,
conduzirei uma análise histórica da narrativização eurocêntrica do
“moderno” e examinarei os aspectos da modernidade mais estreitamente
ligados à emergência histórica do Ocidente. Mas também
<b>comentarei os </b>aspectos da modernidade que mais minam e quebram a
“diferença colonial” ou a diferenciação entre o Ocidente e o resto do
mundo, sustentada na figuração sincrônica do Ocidente e o “resto” que já
chamei de “<i>the co-figuration of the West and the Rest</i>”. Na
busca de um modo do modernismo que foge e interrompe a diferença
colonial, me referirei ao problema da contemporaneidade.<br>
<br>
<br>
<br>
<b>DIA 18 DE SETEMBRO DE 2008 / 18 SEPTEMBER 2008<br>
</b> <br>
<b>10h - Mesa-redonda: CIDADES E PERIFERIAS GLOBAIS <br>
Round Table:
GLOBAL PERIPHERIES AND CITIES<br>
<br>
Nicolau Sevcenko</b> é Professor da Universidade de São Paulo e autor de
<i>O Orfeu Extático na Metrópole </i>[Orpheus ecstatic in the
metropolis], entre outros. <br>
<b> <br>
Arquipélagos protendidos: o estigma do urbanismo do pós-guerra como
desafio para as cidades do séc. 21<br>
</b>A grande corrida tecnológica deflagrada ao redor da II Guerra
Mundial, resultou em um modelo urbanístico concebido como planejamento
reticular de focos concentrados de investimentos de capital, dispersão
espacial, gestão de fluxos e monumentalismo espetacular. Os efeitos
anti-sociais desse padrão foram ainda exacerbados pelo impacto da
revolução microeletrônica. A melhor inspiração para enfrentar esse
desafio provém dos primerios críticos desse modelo.<br>
<br>
<b>Stretched archipelagos: the stigma of post-war urban planning as a
challenge to cities of the 21<sup>st</sup> century<br>
</b>The great technology race unleashed around World War II gave rise to
a model of urban planning conceived as a grid of focused capital
investment, spatial dispersion, administration of flows and spectaclular
monumentality. The anti-social effects of this pattern were
exacerbated by the impact of the microeletronic revolution. The
best inspirations in facing this challenge are found in the model’s first
critics. <br>
<br>
<b> <br>
Carlos Vainer</b> é Professor do IPPUR [Institute of Urban and Regional
Research and Planning] – Universidade Federal do Rio de Janeiro e
co-organizador de <i>A Cidade do Pensamento Único </i>[The city of
neoliberal thinking], entre outros.<br>
<br>
<b>Cidades, cidadelas e a utopia do reencontro: uma reflexão sobre utopia
e urbanismo<br>
</b>Buscando pensar os fundamentos de uma utopia urbana que inclua a
cidade tolerante entre seus objetivos, sem fetichizar a história ou fazer
do futuro a reiteração <i>realista</i> do presente, o autor ressalta o
papel transformador dos sujeitos sociais que procuram fazer do direito à
cidade uma condição da existência social. A construção da cidade justa e
tolerante deverá fazer-se acompanhar, porém, do exercício da crítica dos
processos que engendram e reproduzem a cidade injusta e intolerante e do
exercício de encontros autênticos e irredutíveis ao simulacro do
<i>marketing</i> urbano.<br>
<br>
<b>Cities, citadels and the utopia of reencounter: reflections on utopia
and urban planning<br>
</b>Theorizing the basis of an urban utopia that has the tolerant city as
one of its objectives, without fetishizing history or making the future a
<i>realistic </i>reiteration of the present, the author highlights the
transforming role of social subjects that try to make the right to the
city a condition for social existence. The construction of a just
and tolerant city should be accompanied, however, by the critique of
processes that engender and reproduce the unjust and intolerant city and
of the exercise of authentic encounters that are not reducible to a
simulacrum of marketing.<br>
<b> <br>
<br>
Margareth Pereira</b> é professora da Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo - UFRJ e autora de <i>Le Corbusier e o Brasil</i>, entre
outros.<br>
<br>
<b>Com o globo em suas mãos: os panoramas-salon e o aprendizado das
cidades globais do primeiro liberalismo<br>
</b>Criticar, corrigir, amar cidades: a agenda de muitas culturas urbanas
no século XIX esteve envolvida neste processo. De Roma a Londres, do Rio
a Jerusalém, passando por Constantinopla os grandes panoramas urbanos em
360° renovaram a cultura visual moderna, criando uma comunidade
“internacional” que aprendeu a observar e comparar cidades. Com o globo
em suas mãos, citadinos de diferentes latitudes aprenderam, assim, a
reconhecer as cidades globais do passado e aquelas que, agora, pareciam
atualizar promessas de prosperidade e beleza.<br>
<br>
<b>With the globe in their hands: <i>salon</i> panoramas and learning in
the global cities of the first liberalism<br>
</b>Criticising, correcting, loving cities: the agenda of many urban
cultures in the 19<sup>th</sup> century was involved in this
process. From Rome to London, Rio to Jerusalem, by way of
Constantinople, the great urban 360° panoramas renewed modern visual
culture, creating an “international” community that learned to observe
and compare cities. With the globe in their hands, urbanites of
different lattitudes learned to recognize the global cities of the past
and those that seem, now, to make similar promises of prosperity and
beauty.<br>
<b> <br>
<br>
Ivana Bentes</b> é Professora da Escola de Comunicação - UFRJ e autora de
<i>A Periferia Global</i> (em preparação), entre outros.<br>
<br>
<b>Periferia Global<br>
</b>As periferias e favelas sempre foram o outro da cidade moderna: lugar
da miséria, dos guetos, dos deserdados, e simultaneamente espécie de
cartão-postal perverso, com suas reservas de "tipicidade". No
contexto global, com a emergência do cognitariado, as periferias
globais emergem como laboratório de experimentação no capitalismo
cognitivo e biopolítico, com a produção de outros modelos de cidade.
Cidades ersatz, substitutas, "duplos" da cidade formal
(Ersatzstadt), apontando para imagens –mundo e diferentes formas de
vida. Análise da produção audiovisual e midiática.<br>
<b> <br>
Global Periphery<br>
</b>Peripheries and favelas have always been the Other of the modern
city: places of poverty, ghettos, of the disinherited, and at the same
time a kind of perverse visiting card, with their reserves of
“typicality”. In the global context, with the emergence of the
cognitariate, global peripheries emerge as laboratories for the
experiments of cognitive capitalism and biopolitics, with the production
of different models for the city. Ersatz, substitute cities
(Ersatzstadt) that “double” for the formal city are examined, through the
analysis of audiovisual media, world-images and different ways of
life. <br>
<br>
<br>
Coordenação: Heloisa Buarque de Hollanda é Professora Titular da Escola
de Comunicação - UFRJ, autora e coordenadora de diversos livros, entre
eles <i>Pós-Modernismo e Política</i> .<br>
<br>
<br>
<br>
<b>15h - Mesa-Redonda: DIÁLOGOS ENTRE ÁSIA E AMÉRICA LATINA<br>
Round Table: DIALOGUES BETWEEN ASIA AND LATIN AMERICA<br>
<i> <br>
</i>Gonzalo Aguilar</b> é Professor da Universidade de Buenos Aires e
autor de <i>Otros Mundos</i> e <i>A poesia concreta</i>: as vanguardas na
encruzilhada modernista [Concrete poetry: vanguards at the modernist
crossroads].<br>
<br>
<b>ORIENTE GRAU ZERO: <i>HAPPY TOGETHER</i> DE WONG KAR WAI<br>
</b>En 1997, Wong Kar Wai chegou na Argentina para filmar Happy Together.
Este filme, segundo um escritor argentino, marca o início do novo cinema
argentino. Ainda que se trate de uma <i>boutade</i>, a partir dessa
afirmação investigarei as relações entre o cinema argentino e o “cinema
oriental” e a significação que teve esse filme no contexto da década de
90 do século passado.<br>
<br>
<b>The Orient Degree Zero: Wong Kar Wai’s Happy Togehter<br>
</b>Wong Kar Wai arrived in Argentina in 1997 to film Happy
Together. According to one Argentine author, this marked the
beginning of the new Argentine cinema. This witticism will be used
to investigate the relationship of Argentine cinema to “eastern cinema”
and the significance of Happy Together in the context of the 1990s.<br>
<b> <br>
<br>
Darci Kusano</b> é Livre-Docente pela Universidade de São Paulo e
autora de <i>Os Teatros Bunraku e Kabuki: Uma visada Barroca </i>[Bunraku
and Kabuki theater: a barroque perspective]; <i>Mishima: Homem de Teatro
e de Cinema</i> [Mishima: Man of the theatre and of the cinema], entre
outros.<br>
<br>
<b>Mishima no Brasil<br>
</b>Por que Mishima teria vindo ao Brasil em 1952? Abordagem da opereta
"Bom Dia, Sra.!", do conto "Mulheres Insatisfeitas" e
do drama "A Toca de Cupins", inspirados respectivamente no
carnaval do Rio, na estadia em SP e numa fazenda em Lins; bem como do
filme "Patriotismo", dirigido e interpretado por Mishima.<br>
<br>
<b>Mishima in Brazil<br>
</b>Why did Mishima come to Brazil in 1952? This paper analyses an
operetta, “Good Morning, Madam”, a short story, “Dissatisfied Women”, and
a play “The Termites Burrow”, inspired, respectively, in the carnival in
Rio, Mishima’s stay in São Paulo and a farm in Lins, as well as a film,
“Patriotism”, of which Mishima was both director and actor.<br>
<b> <br>
<br>
Italo Moriconi</b> é Professor da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro e Editor da EdUERJ. Autor de <i>A provocação
pós-moderna</i>, entre outros.<br>
<br>
<b>Pós-etnografia e globalização imaginada na recente literatura
brasileira.</b> <br>
A globalização transforma a relação etnográfica em relação política e
existencial entre sujeitos de identidades desestabilizadas. As narrativas
contemporâneas sobre o outro ou o até-há-pouco-exótico pertencem a essa
cena pós-etnográfica. Propõe-se aqui apontar para o apagamento da
identidade e a existência deslocada em dois textos recentes da prosa
ficcional brasileira: o romance Um sol se põe em S. Paulo, de Bernardo de
Carvalho, e a novela Rakushisha, de Adriana Lisboa, ambos publicados em
2007. <br>
<br>
<b>Post-ethnography and imagined globalization in recent Brazilian
literature<br>
</b>Globalization makes ethnographic relationshipsinto political and
existential relations between subjects with destabilized
identities. Contemporary narratives about the other or the
until-recently-exotic belong to this post-ethnographic scene. The
erasure of identity and shift in existential questions will be examined
in two recent pieces of Brazilian fiction: <i>Um sol se põe em São
Paulo</i> [A Sun Sets in São Paulo], by Bernardo de Carvalho, and the
novel <i>Rakushisha</i>, by Adriana Lisboa, both published in 2007.<br>
<br>
<br>
Coordenador e participante: <br>
<b>Eduardo Coutinho</b>, Professor Titular da Faculdade de Letras - UFRJ
e autor de <i>Literatura Comparada na América Latina,</i> entre
outros.<br>
<br>
<b>Heterogeneidade e Paisagens Transculturais Latino-Americanas: Algumas
reflexões<br>
</b>Reflexões sobre conceitos como os de “transculturação”,
“heterogeneidade cultural”, “hibridez”, “pós-ocidentalismo”, e
“geocultura da América Latina”, entre outros, à luz das contribuições
oriundas da nova Literatura Comparada e das novas paisagens
transculturais que vêm remapeando a cartografia do continente
latino-americano. <br>
<br>
<b>Heterogeneity and Latin American Transcultural Landscapes: Some
reflections<br>
</b>Reflections on the concepts of, among others, transculturation,
cultural heterogeneity, hybridity, post-occidentalism, and the geoculture
of Latin America, in light of recent contributions from Comparative
Literature and from the new transcultural landscapes that have redrawn
the map of the Latin American continent.<br>
<br>
<br>
<br>
<b>DIA 19 DE SETEMBRO DE 2008<br>
</b> <br>
1<b>0h - Mesa-Redonda: ENTRE O PACÍFICO E O ATLÂNTICO<br>
Round Table: BETWEEN THE ATLANTIC AND THE PACIFIC<br>
<br>
Francisco Carlos Teixeira</b> é Professor Titular do IFICS/UFRJ e
organizador de <i>O Mundo Latino e a Globalização</i> e <i>O Século
Sombrio </i>[The sombre century], entre outros. <br>
<br>
<b>Do Atlântico ao Pacífico através dos Andes<br>
</b>No momento que se comemora, com ênfase duvidosa, a chegada da Corte
Portuguesa ao Brasil temos uma boa oportunidade de refletir sobre as
relações entre o Brasil e seus vizinhos sul-americanos. As diferenças
institucionais ( repúblicas versus Império ) e o direcionamento até muito
recente das elites brasileiras para o eixo norte-atlântico (Europa e EUA)
permitem repensar o colonialismo cultural e a interiorização da Metrópole
pelas elites nacionais.<br>
<br>
<b>From the Atlantic to the Pacific Across the Andes<br>
</b>The commemoration, with dubious emphasis, the arrival of the
Portuguese Court in Brazil, is a good moment to reflect on the relations
between Brazil and its South American neighbors. Institutional
differences (republics versus Empire) and the orientation, until very
recently, of Brazilian elites to the North Atlantic axis (Europe and the
USA) permit us to rethink cultural colonialism and the internalization of
the Metropolis by national elites.<br>
<b> <br>
<br>
Guillermo Giucci</b> é Professor da Universidade Estadual do Rio de
Janeiro e autor de <i>Viajantes do Maravilhoso</i> [Travelers of the
marvellous) e <i>A Vida Cultural do Automóvel </i>[The cultural life of
the automobile], entre outros.<br>
<br>
<b>A revelação do fim do mundo: a Terra do Fogo<br>
</b> No início do terceiro milênio, não há mais o desconhecido
geográfico. Entretanto, o processo de descobrimento do mundo levou muitos
séculos para ser completado. A história da colonização da Terra do Fogo
apresenta um esplêndido laboratório para examinar o processo de revelação
de uma região do planeta denominada, desde o século XVI, “o Fim do
Mundo”.<br>
<br>
<b>The revelation of the end of the world: Tierra del Fuego<br>
</b>At the beginning of the third millennium, there are no more
geographical unknowns. However, the process of discovering the
world took several centuries to complete. The history of the
colonization of Tierra del Fuego is a splendid laboratory for examining
the process by which a region of the world known, until recently, as the
“end of the world”, was revealed.<br>
<br>
<br>
<br>
<b>Helion Póvoa Neto</b> é Professor do IPPUR/UFRJ, coordenador do NIEM
(Núcleo Interdisciplinar de Estudos Migratórios) e co-editor de <i>Mundos
em Movimento</i>.<br>
<br>
<b>Trânsitos e impedimentos oceânicos: espaços da fluidez, territórios do
controle<br>
</b>Mares e oceanos têm sido, ao longo da história, espaços de trânsito e
de intercâmbio, através dos quais se desenvolveram os grandes processos
migratórios entre os continentes. A intensificação das atitudes de
rejeição aos imigrantes nas áreas de chegada, a par das condições que
continuam incentivando e mesmo exigindo os movimentos de saída,
transformam esses espaços de trânsito em territórios sujeitos à
vigilância e sobre os quais se busca impor mecanismos de controle sobre
migrantes e refugiados. Mediterrâneo, Atlântico e Pacifico foram e são os
palcos dessa disputa entre fluidez e retenções, entre liberdade e
violência.<br>
<br>
<b>Ocean transit and obstructions: spaces of fluidity, territories of
control<br>
</b>Seas and oceans have been spaces of transit and exchange, over which
great intercontinental migratory flows have passed. Increasingly
intense rejection of immigrants at the points of arrival, together with
conditions that continue to stimulate or even require emigration, make
these spaces into territories subject to surveillance and mechanisms of
control over migrants and refugees. The Mediterranean, Atlantic and
Pacific were and are the scene of a dispute between fluidity and
retention, freedom and violence.<br>
<br>
<br>
<b>Jorge Fernandes da Silveira</b> é Professor Titular da Faculdade de
Letras - UFRJ e autor de <i>O Tejo é um Rio Controverso</i> [The Tagus is
a controversial river], entre outros.<br>
<br>
<b>O Tejo é um rio controverso<br>
<br>
</b>A partir das teses de António José Saraiva sobre Os Lusíadas – com
destaque para a que expõe a “contradição central” do poema –
considerações em torno da recepção da epopéia camoniana na forma de
expressão da consciência crítica do seu autor e na formação da identidade
cultural brasileira.<br>
<br>
<b>The Tagus is a controversial river<br>
</b>António José Saraiva’s theses about The Lusíadas, especially the one
about the “central contradiction of the poem, are the basis for
considerations on the reception of Camões’s epic as an expression of the
critical awareness of its author and of the formation of Brazilian
cultural identity. <br>
<br>
<br>
Coordenação: Liv Sovik é Professora da Escola de Comunicação - UFRJ e
autora de <i>Aqui Ninguém é Branco: tradição e utopia na música
popular</i> [Here no one is White: Tradition and utopia in popular music]
(em preparação).<br>
<br>
<br>
<b> <br>
15h - Mesa-Redonda: REPENSAR O MUNDO<br>
<br>
Gustavo Lins Ribeiro</b> é Professor Titular da Universidade de Brasília
e autor de <i>Postimperialismo</i> entre outros.<br>
<br>
<b>Repensando o mundo desde sua base: a globalização popular e o sistema
mundial não hegemônico<br>
</b>Existem mercados populares e fluxos de comércio que formam uma
globalização econômica não-hegemônica e que são considerados ilegais e
ilícitos pelos poderosos. Discuto o que está em jogo na
estruturação desses mercados e fluxos, e cunho a noção de sistema mundial
não-hegemônico, analiticamente dividido em duas esferas interconectadas:
o “crime organizado global” e a “globalização popular”. O sistema mundial
não-hegemônico, animado pela globalização popular, está composto de nós,
os mercados populares, e de fluxos entre estes nós, dinamizados por redes
de migrantes e diásporas.<br>
<b> <br>
Rethinking the world from the bottom up: people’s globalization and the
non-hegemonic world system<br>
</b>Street markets and trade flows form a non-hegemonic economic
globalization, while they are considered illegal and illicit by the
powerful. I discuss what is at stake in the structuring of these
markets and flows and put forward the notion of a non-hegemonic world
system, analytically divided into two interconnected spheres: “global
organized crime” and globalization from below or people’s
globalization. The non-hegemonic world system, animated by
globalization from below, is composed of nodes, street markets, and flows
between them, stimulated by migrant networks and diasporas. <br>
<br>
<b> <br>
Bruce Robbins</b>, Professor da Columbia University, autor de <i>Feeling
Global</i> e <i>Cosmopolitics</i>, entre outros.<br>
<br>
<b>Praise and Blame in the International Public Sphere<br>
</b>How can rhetoric be mapped onto geopolitics? Rhetoric is no stranger
to power. But attention to the effects of power on language, as in
"speaking for" or "speaking as" or "speaking
from," have largely been confined to questions of multiculturalism,
which is to say confined within a given national context. Cultural
critics have not focused in a theoretically sustained way on cosmopolitan
speech at the level of the so-called world system. That is the project I
will try to report on.<br>
<br>
<b>Elogio e culpa na esfera pública internacional<br>
</b>Como pode a retórica ser plasmada na geopolítica? A retórica
não é estranha ao poder. Mas a atenção aos efeitos do poder na
linguagem, como em “falar por” ou “falar enquanto” ou “falar a partir de”
têm sido restrita a questões de multiculturalismo e, portanto, a
contextos nacionais específicos. Críticos culturais não vêm
pensando, de uma forma amparada na teoria, sobre a fala cosmopolita no
“sistema mundo”. Este é o projeto que procuro relatar.<br>
<br>
<b> <br>
Raul Antelo</b> é Prof. Titular da Universidade Federal de Santa
Catarina. Entre seus livros recentes destacam-se <i>Crítica Acéfala</i> e
<i>Maria com Marcel Duchamp nos Trópicos</i>.<br>
<br>
<b>O globo, o quadro, o espelho: o símbolo pelo avesso<br>
</b>Levinas nos propôs o conceito de entre-tempo (1948) para definir uma
posição perante a transparência e transcendência fenomenológicas mas
também perante a imanência da semelhança e da imagem. Nos interstícios do
tempo, numa eterna e paradoxal, quando não vertiginosa, imobilidade da
duração, o tempo de uma obra consiste na sua singular duração no
intervalo. O conceito de entre-tempo (como mais tarde o de entre-lugar)
nos permite pensar um regime pós-autonômico, i.e. pensar por imagens.
<br>
<br>
<b>The globe, the frame, the mirror: the symbol inside out<br>
</b>Levinas proposes the concept of between-times (1948) to define a
position in the face of phenomenological transparency and transcendence,
but also in the face of the immanence of likeness and the image. In
the interstices of time, in an eternal and paradoxical, even vertiginous,
immobility of duration, the time of a work consists of its singular
duration in an interval. The concept of between-times (like, later
on, that of the in-between) allows us to think of a post-autonomous
regime, that is, to think in images.<br>
<br>
<br>
<b>Denilson Lopes</b> é Professor da ECO/UFRJ e autor de <i>A Delicadeza:
Estética, Experiência e Paisagens</i> [Delicacy: Esthetics, Experience
and Landscapes].<br>
<br>
<b>De volta ao Mundo<br>
</b>Se seguimos a provocação de Negri e Hardt que só uma resistência
global terá eficiência, como podemos pensar este debate na arte para além
das diásporas e hibridismos interculturais? A partir dos diferentes
sentidos na literatura, na música e, finalmente, no cinema que o termo
mundial e global assumem; faremos uma breve análise de “Até o Fim do
Mundo” de Wim Wenders e “O Mundo” de Jia Zhang-ke para refletirmos sobre
que é pensar o mundo e quem pode pensar o mundo hoje.<br>
<br>
<b>Around the world<br>
</b>If we follow the provocation of Negri and Hardt that only global
resistance will be effective, how can we think of the debate in art,
beyond diásporas and intercultural hybrids? Based on the different
meanings the terms “world” and “global” take on in literature, music and
cinema, brief analyses will be presented of Wim Wenders’ “Until the End
of the World” and Jia Zhang-ke’s “The World” in order to reflect on what
it is to conceive of the world and who can do that today. <br>
<br>
<br>
Coordenação: Beatriz Resende, Coordenadora do Fórum de Ciência e Cultura
da UFRJ e autora de <i>Lima Barreto</i> <i>e o Rio de Janeiro em
Fragmentos</i> [Lima Barreto and Rio de Janeiro in pieces] e
<i>Contemporâneos:Expressões da Literatura Brasileira no século XXI.</i>
[Contemporaries: Expressions of Brazilian Literature at the Twenty-First
Century], entre outros.<br>
<br>
<br>
<b>18h - Palestra de Encerramento/Closing Speech<br>
<br>
Silviano Santiago</b> foi professor da Universidade Federal Fluminense, é
escritor e ensaísta, autor de vários livros, entre os mais recentes
destacamos o romance <i>Heranças</i> [Inheritance] e o livro
de ensaios <i>O Cosmopolitismo do Pobre </i>[The cosmopolitanism of the
poor].<br>
<br>
<b>Destino: Universalismo. Atalho: nacionalismo. Recurso:
cordialidade<br>
</b>Trabalha-se universalismo e nacionalismo a partir da noção de crise,
como a define o paquistanês Kishmore Mahbubani (Can Asians think?). Deve
ser lida pelo ideograma chinês correspondente, que assimila dois
caracteres, que significam respectivamente perigo e oportunidade. Do
perigo globalizado nasce a oportunidade da transformação local, podendo o
resultado trazer o enriquecimento mútuo.<br>
<br>
<b>Destination: Universalism. Shortcut: nationalism.
Resource: cordiality<br>
</b>Universalism and nationalism are discussed from the standpoint of the
notion of crisis as defined by the Pakistani author Kishmore Mahbubani
(<i>Can Asians Think?</i>). Crisis should be understood by way of
its Chinese ideogram, composed of the characters meaning danger and
opportunity. The opportunity for local transformation is born of
globalized danger, and the result may bring mutual enrichment.<br>
</blockquote></body>
</html>