<html>
<body>
<b>Lilia,<br><br>
Você tem razão.<br>
Não é o número de doutores o problema.<br>
Estudar é sempre bom.<br>
Fica mais inteligente é sempre bom.<br>
Se pudermos ter milhares de doutores a mais, isso não pode ser visto como
negativo.<br>
(a menos que o dinheiro investido nisso esteja sendo retirado de um lugar
mais carente).<br><br>
O problema que vejo não é o número.<br>
Mas sim essa máquina fabricadora de comunicações cientificas, de teses e
de doutores, a partir de materia prima ruim.<br>
E não dá pra fazer purê de tomate de primeira linha a partir de tomate de
baixa qualidade, de tomate em estado avançadissimo de maturação, de
tomate já mofando.<br><br>
Eu vejo muito aluno, mas muito mesmo, saindo com doutorado, aqui nas
minhas vizinhanças, e que não têm nível intelectual sequer pra obter um
diploma de graduação.<br><br>
Esse é que é o problema.<br>
E o problema volta outra vez ao início: a prioridade é o ensino
médio.<br>
Nada deveria estar em discussão, na mesa, na frente do ensino do primeiro
grau.<br><br>
L.E.<br><br>
<br>
</b>At 20:02 6/1/2005, you wrote:<br>
<blockquote type=cite class=cite cite="">esta ja' ai'  a nossa midia
(e com a "aprovacao" dos academicos e de certas ADs,<br>
fazendo o papel historico da desvalorizacao da "excelencia
academico-numerica") ....<br>
 <br>
por que nao pensamos em densidade de doutores em relacao aa area do
pais?<br>
ou as areas se restringem pontualmente ao "eixo" sudeste
maravilha ou nordeste?<br><br>
novamente é  o caso de questionar se nao sao os projetos individuais
os capazes<br>
de criar novos grupos (onde nao havia nada) e novas mentalidades .
<br><br>
Mario Schenberg nao conseguiu, aa epoca que solicitou, convencer o gov
que<br>
estados solidos teria um futuro brilhante ... frustrou-se ... mas vejam
sua<br>
trajetoria.<br><br>
sao muitas as dificuldades de se comecar do "nada", mas
certamente resultara em<br>
historias bem mais interessantes e contextualizadas aa realidade do pais.
<br><br>
certamente as densidades locais de esquizofrenia elitista sao altas...
<br><br>
l.<br><br>
++++++++++++++<br>
6/1/2005<br>
Fonte: <x-tab> </x-tab><br><br>
Jornal do Brasil <br>
 <br>
Elite sem emprego<br><br>
<br>
Os planos do governo para até 2010 dobrar o número de doutores formados
esbarram<br>
num problema que vem preocupando representantes da comunidade científica:
evitar<br>
que a enxurrada de cientistas saídos dos programas de pós-graduação
engrossem a<br>
fila de desempregados brasileiros ou, no mínimo, acabem confinados à
dependência<br>
das poucas e disputadíssimas bolsas concedidas pelas agências de
fomento.<br><br>
O Brasil está preparado para absorver tanta gente? - perguntam-se
cientistas<br>
atentos às crescentes dificuldades que jovens e recém-doutores têm de
encontrar<br>
vaga no mercado de trabalho. No fim do primeiro ano de mandato do
presidente<br>
Lula, o JB questionou professores, estudantes, governo e a Sociedade
Brasileira<br>
para o Progresso da Ciência (SBPC) sobre o tema. Não ouviu números
precisos. Mas<br>
sobraram histórias de gente que dedicou anos de estudo no mestrado e
no<br>
doutorado e não achou emprego compatível com a formação. O problema
persiste, e<br>
não está somente no setor público.<br><br>
Especialistas afirmam que um dos nós está na pouca capacidade do setor
produtivo<br>
nacional de criar a chamada inovação, palavra repetida por nove entre 10
grandes<br>
empresários no Brasil, mas efetivamente pouco implementada. A
comunidade<br>
científica reclama, por exemplo, que os jovens cientistas
brasileiros<br>
dificilmente são chamados a contribuir para a inovação científica e
tecnológica<br>
nas empresas.<br><br>
Em outras palavras: para os cientistas, é boa a idéia do governo de
estimular<br>
áreas como engenharia, ciências e computação. Mas falta combinar com a
outra<br>
ponta da história: o empresariado. Sem estes, dizem estudiosos, a conta
não<br>
fecha. O problema, porém, não está no aumento do número de pessoas
com<br>
treinamento acadêmico qualificado, mas na ausência de cultura de
incentivo à<br>
pesquisa e inovação no mundo empresarial. Do total de brasileiros
formandos na<br>
década de 90, por exemplo, 68,8% dos doutores e 34,5% dos mestres foram
para as<br>
universidades. Enquanto isso, as empresas absorveram 21,1% dos mestres e
apenas<br>
5,9% dos doutores. <br><br>
<br><br>
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