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SIGCOLOR="30975">
<DIV><FONT style="BACKGROUND-COLOR: #feebd4">Cara Maria Silvia e demais
colegas,</FONT></DIV>
<DIV><FONT style="BACKGROUND-COLOR: #feebd4"></FONT> </DIV>
<DIV><FONT style="BACKGROUND-COLOR: #feebd4">O assunto surgiu de uma observação
do Felipe: "<FONT style="BACKGROUND-COLOR: #ffffff">Acho que o Consuni e a
Reitoria devem lançar um processo de Estatuinte da UFRJ, aproveitando as
discussões da Reforma Universitária, a crise da FND, o problema <BR>do número
excessivo de professores substitutos no CLA (atualmente quase 50%
[...]"</FONT></FONT></DIV>
<DIV><FONT style="BACKGROUND-COLOR: #feebd4"><FONT
style="BACKGROUND-COLOR: #ffffff">Aproveitei para mencionar o problema da
linguística que me preocupa há muito tempo. É um problema invisível, se nós da
linguística não o mencionarmos. Quer dizer, não há apenas o problema de 50% de
substitutos no CLA, mas também o da área da
linguística... </FONT></FONT></DIV>
<DIV><FONT style="BACKGROUND-COLOR: #feebd4"><FONT
style="BACKGROUND-COLOR: #ffffff"></FONT> </DIV></FONT>
<DIV><FONT style="BACKGROUND-COLOR: #feebd4">Concordo com você qdo diz "O
inverso é que não se aplica, ou seja, considerar a Lingüística como base
prioritária da grade curricular do curso. Seria o mesmo que tomar a Pedagogia
como pilar da avaliação do ensino" [veja abaixo]. </FONT></DIV>
<DIV><FONT style="BACKGROUND-COLOR: #feebd4"></FONT> </DIV>
<DIV><FONT style="BACKGROUND-COLOR: #feebd4">Claro que a linguística é a base
teórica (mas não curricular) de quem quer refletir sobre língua, qualquer língua
humana, inclusive latim e grego. Não há</FONT><FONT
style="BACKGROUND-COLOR: #feebd4"> nenhum aspecto de línguas que não
interesse à linguística e se algum fenômeno "morfológico e/ou semântico"
existe em alguma língua e que as teorias não dão conta de explicar, estendem-se
as teorias. É assim que as teorias se desenvolvem na linguística. Mas
não creio que deva constar do curso de letras como 4 disciplinas introdutórias
aos vários cursos. Deveriam vir mais adiante, talvez no meio do curso - depois
de um ciclo básico de 2 anos - pq os alunos não estão conseguindo seguir as
abstrações próprias da linguística. O resultado é pior do que não ter nenhuma
linguística. O mesmo se passa com fonoaudiologia para quem oferecemos mais
cursos do que para letras (7 disciplinas obrigatórias).</FONT></DIV>
<DIV><FONT style="BACKGROUND-COLOR: #feebd4"></FONT> </DIV>
<DIV><FONT style="BACKGROUND-COLOR: #feebd4">O fato de v. citar Bakhtin, um
autor do início da século passado interessado em literatura e com alguns
interessantes insights sobre a fala em interação, em relação à linguística
bem mostra como sua (dela) "imerção'" na área de letras tem contribuído para
misturar modelos e escamotear as questões que ocupam os linguistas. Em outras
palavras, o que reinvidico é um espaço acadêmico próprio para a linguística. Não
quero ter que defender um espaço que a linguística já ocupa no primeiro mundo
desde as primeiras décadas do século passado. No mais estamos de
acordo.</FONT></DIV>
<DIV><FONT style="BACKGROUND-COLOR: #feebd4"></FONT> </DIV>
<DIV><FONT style="BACKGROUND-COLOR: #feebd4">Um abraço da colega</FONT></DIV>
<DIV><FONT style="BACKGROUND-COLOR: #feebd4">Lucia Q.</FONT></DIV>
<BLOCKQUOTE
style="PADDING-RIGHT: 0px; PADDING-LEFT: 5px; MARGIN-LEFT: 5px; BORDER-LEFT: #000000 2px solid; MARGIN-RIGHT: 0px">
<DIV style="FONT: 10pt arial">----- Original Message ----- </DIV>
<DIV
style="BACKGROUND: #e4e4e4; FONT: 10pt arial; font-color: black"><B>From:</B>
<A title=maria.a.dasilva@terra.com.br
href="mailto:maria.a.dasilva@terra.com.br">Maria A. Silva</A> </DIV>
<DIV style="FONT: 10pt arial"><B>To:</B> <A title=luciaq@superig.com.br
href="mailto:luciaq@superig.com.br">Lucia Q.</A> </DIV>
<DIV style="FONT: 10pt arial"><B>Cc:</B> <A title=forum-prof@listas.if.ufrj.br
href="mailto:forum-prof@listas.if.ufrj.br">forum-prof@listas.if.ufrj.br</A>
</DIV>
<DIV style="FONT: 10pt arial"><B>Sent:</B> Saturday, January 01, 2005 2:57
PM</DIV>
<DIV style="FONT: 10pt arial"><B>Subject:</B> Re: [forum-prof] Algumas
propostas para a UFRJ...</DIV>
<DIV><BR></DIV>
<TABLE id=INCREDIMAINTABLE cellSpacing=0 cellPadding=2 width="100%"
border=0><TBODY>
<TR>
<TD id=INCREDITEXTREGION
style="PADDING-RIGHT: 0px; PADDING-LEFT: 0px; FONT-SIZE: 12pt; PADDING-BOTTOM: 0px; CURSOR: auto; PADDING-TOP: 0px"
vAlign=top width="100%">
<DIV>
<P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><FONT color=#000000>Boa
tarde, colegas do forum-prof. E que tenham, todos, um excelente
2005.</FONT></P>
<P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><o:p><FONT
color=#000000> </FONT></o:p></P>
<P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><FONT color=#000000>Andei
afastada das discussões por encontrar-me em licença médica, para
tratamento fisioterápico. Não tenho usado muito o computador, mas o
e-mail da colega Lucia me incita a apresentar alguns comentários. Não
sei bem como surgiu o assunto, não recebi outras mensagens a respeito.
Então falo apoiando-me no que pude apreender do texto.</FONT></P>
<P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><o:p><FONT
color=#000000> </FONT></o:p></P>
<P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><FONT color=#000000>Olha,
Lucia, está havendo algum problema de interpretação. Em primeiro
lugar, o número expressivo de pesquisas de IC e teses em Lingüística
desmente a suposição de que,
na Letras, ela seja apenas "secundária", um
mero suporte. Pelo contrário. Muitos docentes nossos, tanto
de Vernáculas quanto dos departamentos de línguas estrangeiras, têm
formação pós-graduada na área. O inverso é que não se aplica, ou
seja, considerar a Lingüística como base prioritária da grade
curricular do curso. Seria o mesmo que tomar a Pedagogia como pilar da
avaliação do ensino. Nenhuma área deve prevalecer sobre as demais, o que
se deve pensar urgentemente é um meio eficaz de gerenciamento e
aplicação prática das disciplinas. Elas deveriam integrar saberes em vez
de compartimentá-los.</FONT></P>
<P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><o:p><FONT
color=#000000> </FONT></o:p></P>
<P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><FONT color=#000000>O que
dizer, por exemplo, da análise do discurso, tão em voga, que utiliza
base lingüística atrelada à fundamentação teórica da crítica literária?
Sim, porque, como bem lembra minha colega Silvia Cárcamo, as teorias
bakhtinianas (por exemplo) citadas nos estudos dessa área têm a
literatura como objeto de análise, não a linguagem ou a língua em
si.</FONT></P>
<P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><o:p><FONT
color=#000000> </FONT></o:p></P>
<P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><FONT color=#000000>A
Lingüística nos fornece meios objetivos para a compreensão do
funcionamento estrutural da linguagem e por isso é importante para o
estudo das línguas em sua dinâmica. Mas não vejo porque eliminar o latim
e o grego da grade curricular de Letras – se esta é a proposta -, pois,
apesar de “mortos”, estão na origem de muitos idiomas, entre eles o
nosso. Existem aspectos morfológicos e semânticos nessas línguas que a
lingüística, apenas, não saberia contemplar. E isso, um futuro
profissional em Letras, sobretudo aquele que irá lecionar português, tem
que saber.</FONT></P>
<P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><o:p><FONT
color=#000000> </FONT></o:p></P>
<P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><FONT
color=#000000>Outros cadáveres preocupam mais... O péssimo desempenho
dos vestibulandos na prova de redação é um sintoma alarmante. Alguém da
lista mencionou que as provas de redação deveriam ser corrigidas por
profissionais de Comunicação e não de Letras. Mas para se comunicar é
preciso, antes de mais nada, entender e se fazer entender sem equívocos.
Ninguém desprovido do domínio de sua própria língua poderá fazê-lo.
</FONT></P>
<P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><o:p><FONT
color=#000000> </FONT></o:p></P>
<P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><FONT
color=#000000>Abraços,</FONT></P>
<P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><FONT color=#000000>Maria
A. Silva</FONT></P>
<P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><FONT
color=#000000>Neolatinas – Fac. Letras UFRJ</FONT></P></DIV>
<DIV> </DIV>
<DIV id=IncrediOriginalMessage><I>-------Original
Message-------</I></DIV>
<DIV> </DIV>
<DIV id=receivestrings>
<DIV dir=ltr style="FONT-SIZE: 11pt"><I><B>From:</B></I> <A
href="mailto:luciaq@superig.com.br">Lucia Q.</A></DIV>
<DIV dir=ltr style="FONT-SIZE: 11pt"><I><B>Date:</B></I> 01/01/05
12:42:33</DIV>
<DIV dir=ltr style="FONT-SIZE: 11pt"><I><B>To:</B></I> <A
href="mailto:lilia@ov.ufrj.br">Lilia Irmeli Arany Prado</A>; <A
href="mailto:coelho@if.ufrj.br">Luiz Felipe de Souza Coelho</A></DIV>
<DIV dir=ltr style="FONT-SIZE: 11pt"><I><B>Cc:</B></I> <A
href="mailto:forum-prof@listas.if.ufrj.br">forum-prof@listas.if.ufrj.br</A></DIV>
<DIV dir=ltr style="FONT-SIZE: 11pt"><I><B>Subject:</B></I> Re:
[forum-prof] Algumas propostas para a UFRJ...</DIV></DIV>
<DIV> </DIV>
<DIV>Caro Felipe,</DIV>
<DIV>O que não faz sentido no CLA é linguística, que está longe de ser
letras, ou</DIV>
<DIV>outra área qualquer a não ser a antropologia ou as ciências da
cognição, que</DIV>
<DIV>não temos na UFRJ. Hoje acha-se dividida (graças à gloriosa
revolução e ao</DIV>
<DIV>autoritarismo que imperou na UFRJ) em 2 partes, 1 na Letras e 1 no
MN, na</DIV>
<DIV>Antropologia Social. A linguística, que tem potencial de ser um
curso 7 e de</DIV>
<DIV>se ocupar do seu campo de estudos, fica enxugando gelo na Letras,
prestando</DIV>
<DIV>serviço aos cursos de Letras (tal como a matemática faz p/ outros
cursos),</DIV>
<DIV>que não se interessam em sua maioria pelas questões da
linguística.</DIV>
<DIV>As outras áreas de Letras vêem a linguística como uma disciplina
ancilar de</DIV>
<DIV>português, que não entendem e não querem entender. (Podemos
continuar dando</DIV>
<DIV>apoio a essas áreas, mas como disciplinas optativas, já que o aluno
e o</DIV>
<DIV>professor de letras, via de regra, não aceitam o modelo da
linguística para</DIV>
<DIV>as lingua(gem)s humanas. Preferem manter um "latim genérico"e um
"grego</DIV>
<DIV>genérico'" no currículo, com 2 anos obrigatórios, que supostamente
dariam</DIV>
<DIV>aos alunos um modelo para pensarem línguas. Ou seja, gostam do
modelo</DIV>
<DIV>medieval de línguas).</DIV>
<DIV>Isso, em um país com mais de 200 línguas indígenas que não 'cabem
no modelo</DIV>
<DIV>latino" e muitíssimas línguas européias e asiáticas faladas como
língua</DIV>
<DIV>materna. É um descalabro!</DIV>
<DIV>Enquanto tentamos em vão "desemburrar" alunos de letras,
estrageiros do SIL,</DIV>
<DIV>Novas tribos, CEU, CIMI e sei lá que mais estão ativos nas
tribos</DIV>
<DIV>brasileiras convertendo índios! E o governo brasileiro dá graças a
deus por</DIV>
<DIV>termos um país com uma só língua e uma só cultura. É de
chorar.</DIV>
<DIV>Bom, como desabafo de fim de ano chega. Bom 2005 para todos
nós.</DIV>
<DIV>Lucia Q.</DIV>
<DIV> </DIV></TD></TR>
<TR>
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<TD id=INCREDIANIM vAlign=bottom
align=middle></TD></TR></TBODY></TABLE></TD></TR></TBODY></TABLE></BOD Verdana
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<P>
<HR>
<P></P>No virus found in this incoming message.<BR>Checked by AVG
Anti-Virus.<BR>Version: 7.0.298 / Virus Database: 265.6.7 - Release Date:
30/12/2004<BR></BLOCKQUOTE></BODY></HTML>