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Prezados colegas<br><br>
Pelo que diz no boletim da ANDES, que a Lilia repassou, me parece que a
ANDES age como aquele princípio de guerra do Mao: "Quando o inimigo
recua nós avançamos, quando o inimigo avança nós recuamos." Ou como
disse o presidente da Coca-Cola quando a Pepsi mudou a fórmula da Pepsi:
"The other guy blinked." que traduziria como "O
outro cara vacilou". A ANDES interpretou o recuo do governo,
após as propostas da ANDES serem derrotadas nas maiores universidades,
como a chance de atacar um inimigo totalmente desmoralizado e
desbaratá-lo.... <br><br>
Só que os pensamentos militar ou mercadológicos não se aplicam à
universidade. Quem queremos derrotar, os alunos? Os vestibulandos? Os
contribuintes? O governo? A sociedade? Que produto a ANDES quer
vender, a "derrota do neoliberalismo, da globalização e do Banco
Mundial"? Essa foi a tese de doutorado de educação na USP de nosso
colega Lehrer, ex-presidente da ANDES, mas acho que poucos compraram esse
produto na sociedade brasileira, é só ver as votações recentes.<br><br>
Sem:o paliativo do GED, sem uma carreira decente que promova quem
trabalha e que permita a demissão dos casos mais dramáticos de
inadimplência, ou sem pelo menos a coragem política de propor transformar
em horistas os professores de 20, de 40 horas e de DE que apenas dão
algumas horas de aula semanais, as universidades públicas federais
serão inviáveis em 2005. Cursos noturnos podem ser esquecidos, cobrar o
cumprimento das 8 horas semanais da LDB também. A ANDES sabe disso mas
quer derrotar o governo, como se estivesse numa guerra ou numa disputa
comercial contra um concorrente. <br><br>
Repasso abaixo o último boletim do governo. <br><br>
Um abraço, Felipe<br>
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Edição Especial<br><br>
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Governo propõe reajuste a professores universitários<br><br>
Os professores das instituições públicas de educação superior têm prazo
até quarta-feira, 28, para se manifestar sobre a proposta de reajuste
salarial apresentada ontem, 22, pelos ministérios do Planejamento e da
Educação ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino
Superior (Andes), entidade que representa a categoria. Para atender esse
reajuste, o governo federal vai investir R$ 372 milhões anuais.<br>
A proposta estabelece a isonomia salarial entre ativos, aposentados e
instituidores de pensão, extingue a Gratificação de Estímulo à Docência
(GED) e cria uma Gratificação com Valor Fixo (GVF). A GVF obedece a um
escalonamento que leva em conta a carga horária exercida dedicação
exclusiva, 40 horas e 20 horas semanais e a qualificação do professor:
graduação, aperfeiçoamento, especialização, mestrado ou doutorado.<br>
Por exemplo, pela proposta de reajuste oferecida pelo governo, um
professor com dedicação exclusiva e doutorado, na ativa ou aposentado,
receberia uma GVF de R$ 2.222,88; já um professor que tem apenas a
graduação receberia R$ 533,45 (ver tabelas).<br>
Além da proposta para análise da categoria, os ministérios do
Planejamento e da Educação ofereceram ao Andes uma tabela com simulações
de aumento para os professores com dedicação exclusiva e que representam
cerca de 80% da folha das universidades públicas federais.
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<font face="arial" size=2><a href="http://www.mec.gov.br/acs/pdf/proposta1.pdf" eudora="autourl">http://www.mec.gov.br/acs/pdf/proposta1.pdf</a></font></body>
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