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At 15:00 7/7/2004, you wrote:<br>
<blockquote type=cite class=cite cite="">Prezados colegas, o mais grave é
o CEG entender que deve <br>
suspender editais de transferência e mudança de curso por conta da <br>
greve de funcionários. Carlos
Frederico</blockquote><br><br>
<br>
<font color="#000080"><b>Sim, é certo.<br><br>
Mas existe uma probabilidade de que os pais deles tenham feito greve no
INSS, e deixado velhinhos na fila e na chuva sem dinheiro e assistencia
médica.<br>
Ou trabalhem na Polícia Federal e tenham congestionado os aeroportos e
atrapalhado a vida de milhares de pessoas.<br>
Ou trabalhem na rede pública hospitalar e deixado pobres e doentes sem
atendimento.<br>
Ou trabalhem na rede pública de ensino e deixado milhares de crianças sem
aulas pela periferia.<br>
Ou trabalhem no exército e tenham ido à Esplanada, segurando aquela faixa
que a gente viu nos jornais: "Vamos ficar com fome com armas
nas mãos ?".<br><br>
A coisa me parece muito mais complexa do que incorporar ou não GED.<br>
Do que fazer greve por um reajuste aritmeticamente mais correto ou
não.<br>
E não estamos vendo nada disso em discussão, nada disso na
pauta.<br><br>
Uma greve acadêmica não pode ser feita apenas por dinheiro.<br>
A seguir vou enviar cópia de uma entrevista que dei ao jornal da ADUFRJ
há uns dois meses atras, associando os problemas da universidade com a
questão dos transgênicos.<br>
Não é por nada não, mas apenas pra que nos conheçamos mutuamente melhor,
e há que aqui estamos.<br><br>
Minha hipótese é que há um desconforto geral entre os professores da
UFRJ.<br>
E que a maioria não é exatamente contra a greve.<br>
Mas que certamente existem bandeiras e estratégias mais sofisticadas e
éticas, mas que fogem desse rame-rame que nos envolve a todos, década
após década.<br><br>
Se soubermos fazer uso da internet, se exercitamos a tolerancia, se
pensarmos grande, se partirmos da defesa dos interesses permanentes da
universidade, lograremos êxito.<br><br>
Luiz Eduardo</font></b></body>
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