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<font color="#000080"><b>Me parece razoável trazer, para dentro desta
discussão sobre Associação Docente e Salários, algumas analogias sobre os
movimentos dentro de outras categorias profissionais.<br><br>
Sugiro, de início, observar como se dá a negociação dos reajustes
salariais dos militares.<br>
Ou dos diplomatas.<br>
Ou dos agentes da Polícia Federal.<br>
Ou dos Senadores.<br><br>
Comecemos pelos militares.<br>
Olhemos e correlacionemos como se comportam os Ministros do MEC e das
Forças Armadas.<br><br>
Os do MEC sempre pelo Governo, contra o professorado.<br>
Os das Forças Armadas sempre pela corporação, confrontando o
Governo.<br>
Ou faz assim, ou a corporação derruba (vide o Viegas aí ).<br><br>
Também por isso é que vem aí essa Reforma Universitária.<br>
Para o Governo, ela parece não ter outro objetivo que não seja dissociar
a carreira docente de todas as demais carreiras do Estado.<br><br>
Salários de recem-formados do Instituto Rio Branco, salários de
sargentos, salários de policial-rodoviário, agente da polícia federal,
tudo isso já ultrapassou ou está ultrapassando o salário de professores
no ápice da carreira.<br>
E vai passar muito mais, deixando só poeira.<br><br>
Pra legitimar essa, em breve, brutal diferença, é que vem aí a Reforma
Universitária.<br><br>
A gente vê é professor de aluguel procurando patrocinador, professor
usando boné da Pfizer, da Monsanto, do Fome Zero (que libera uma graninha
pra professor via Fundação Roberto Marinho)...  e quem exerce função
pública, como deve ser, não tem o patrocínio da sociedade (o Governo é só
um repassador de recursos, e precisa ser colocado no lugar
dele).<br><br>
Essa zorra na Faculdade de Direito já medrou para todas as areas da
universidade pública, ainda que com outra cara, outro nome, outro
boné.<br><br>
A luta não é apenas por salário.<br>
E não estamos vendo isso em pauta nenhuma.<br><br>
Luiz Eduardo</font></b></body>
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